William Edmondstoune Aytoun
William Edmondstoune Aytoun FRSE (Edimburgo, 21 de junho de 1813 – Elgin, Moray, 4 de agosto de 1865) foi um advogado e poeta escocês.
William Edmondstoune Aytoun | |
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William Aytoun, gravura na Illustrated London News, 1865 | |
Nascimento | 21 de junho de 1813 Edimburgo |
Morte | 4 de agosto de 1865 (52 anos) Elgin |
Sepultamento | Cemitério de Dean |
Cidadania | Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda |
Alma mater |
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Ocupação | linguista, poeta, juiz, tradutor, professor universitário, escritor, advogado, romancista, humorista |
Distinções |
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Empregador(a) | Universidade de Edimburgo |
Obras destacadas | Homer |
Juventude
editarNascido em Edimburgo, Aytoun era o filho único de Joan Keir[1] (morta em 1861) e de Roger Aytoun (morto em 1843), um solicitor (figura típica do sistema jurídico de common law), e tinha parentesco com o poeta Robert Aytoun (1570–1638). De sua mãe, uma mulher culta, ele herdou desde cedo o gosto pela literatura (incluindo a poesia medieval), as preferências políticas, e a admiração pela Casa de Stuart. Com a idade de onze anos, foi enviado para a Academia de Edimburgo, e de lá para a Universidade de Edimburgo.[2][1]
Em 1833, Aytoun passou alguns meses em Londres com a intenção de estudar Direito, porém, em setembro do mesmo ano foi morar em Aschaffenburg, onde permaneceu até abril de 1834, dedicando-se com entusiasmo ao estudo da literatura alemã.[1] Depois disso, retomou seus estudos jurídicos no escritório de advocacia de seu pai, foi admitido como solicitor em 1835, e cinco anos mais tarde recebeu o certificado de advogado escocês. Sua primeira publicação — um volume intitulado Poland, Homer, and other Poems, no qual ele expressou seu grande interesse pela Polônia — foi lançado em 1832.[2]
Literatura
editarNos meses em que passou na Alemanha, Aytoun fez uma tradução em versos brancos da primeira parte de Fausto; porém, nunca chegou a publicá-la. Em 1836, fez suas primeiras contribuições para a Blackwood's Magazine, traduções de poemas de Johann Uhland, e a partir de 1839 até sua morte, fez parte do quadro de funcionários da Blackwood's.[2]
Nesse periódico foi publicada a maioria de suas histórias engraçadas em prosa, tais como: The Glenmutchkin Railway; How I Became a Yeoman e How I Stood for the Dreepdaily Burghs. Na mesma revista surgiu sua principal obra poética, Lays of the Scottish Cavaliers, e um romance, em parte autobiográfico, Norman Sinclair.[2]
Em 1841, Aytoun tornou-se muito amigo do poeta, biógrafo, e tradutor escocês Theodore Martin, e em associação com este escreveu uma série de artigos humorísticos sobre as modas e as loucuras daquele tempo, em que foram intercalados os versos que depois se tornaram a popular Bon Gaultier Ballads (1855).[2]
Outro trabalho foi Firmilian, a Spasmodic Tragedy (1854), sob o pseudônimo de T. Percy Jones, com a intenção de satirizar um grupo de poetas e críticos, entre eles: George Gilfillan, Sydney Thompson Dobell, Philip James Bailey e Alexander Smith, e dois anos depois publicou seu Bothwell, a Poem.[2]
Sua fama como poeta é baseada principalmente em Lays of the Scottish Cavaliers (1848). Em 1845, foi nomeado professor de Retórica e belles lettres na Universidade de Edimburgo. Suas palestras atraíram um grande número de alunos, crescendo de 30 em 1846 para 1.850 estudantes em 1864.[1] Sua prestação de serviços de apoio ao partido Tory, especialmente durante os graves distúrbios decorrentes da aprovação das Corn Laws em 1815, recebeu oficial reconhecimento com a sua nomeação (1852) como xerife das Órcades e Shetland.[2]
Entre seus outros trabalhos literários está uma "Coleção das Baladas da Escócia" (1858), uma tradução dos "Poemas e Baladas de Goethe", produzidos em cooperação com seu amigo Martin Theodore (1858), um pequeno volume sobre a "Vida e os Tempos de Ricardo I" (1840), escrito para a Family Library. Em 1860 Aytoun foi eleito presidente honorário das Sociedades Associadas da Universidade de Edimburgo.[2]
Em 15 de abril de 1859, Aytoun perdeu sua primeira esposa, Jane Emily Wilson, filha mais nova do escritor John Wilson (Christopher Norte), com quem se casou em abril de 1849, e este foi um duro golpe para ele.[1] Sua mãe morreu em novembro de 1861, e sua própria saúde começou a enfraquecer. Buscou alívio no trabalho duro, mas a vida para ele tinha desde então perdido muito de seu entusiasmo. Sem ter filhos, sua solidão tornou-se insuportável, e em dezembro de 1863 Aytoun se casou com Fearnie Jemima Kinnear.[1] Mas a essa altura sua saúde estava seriamente abalada, e em 4 de agosto de 1865 morreu em Blackhills, perto de Elgin, para onde tinha ido passar o verão na esperança de recuperar sua saúde.[1] Foi sepultado na seção sul do cemitério de Dean em Edimburgo.
Referências
Fontes
editar- Chisholm, Hugh, ed. (1911). «Aytoun, William Edmonstoune». Encyclopædia Britannica (em inglês) 11.ª ed. Encyclopædia Britannica, Inc. (atualmente em domínio público)
- John William Cousin (1910). «Aytoun, William Edmonstone» (em inglês). . A Short Biographical Dictionary of English Literature. Londres: J. M. Dent & Sons.
- Rosaline Masson, Pollock and Aytoun. Edimburgo: Oliphant, Anderson and Ferrier, 1898, ("Famous Scots Series")
Ligações externas
editar- Obras de W. E. Aytoun (em inglês) no Projeto Gutenberg
- «William Edmonstoune Aytoun» (em inglês). nas Bibliotecas da Universidade de Toronto.