Xeque-Mate (banda)
Xeque-Mate é uma banda portuguesa de Heavy Metal formada em Setembro de 1981 no Porto.
Xeque-Mate | |
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Informação geral | |
Origem | Porto |
País | Portugal |
Gênero(s) | Hard rock, heavy metal |
Período em atividade | 1979 - 1989, 2007 - atualidade |
Editora(s) | ENRR |
Integrantes | Xico Soares Joaquim Fernandes José Queirós Paulo Barros Artur Capela Tiago Costa |
Ex-integrantes | António Soares (falecido) Aurélio Santos Kim Fernando Vilela |
Página oficial | http://www.xeque-mate.com.pt https://www.facebook.com/XequeMateOfficial |
Formados em 1979, na cidade da Maia, os XEQUE-MATE são referenciados como fundadores do heavy metal em Portugal, chegando mesmo a ser rotulados pelos mídias como sendo “os pais do heavy metal nacional”.[1]
Membros
editar- Xico Soares (vozes, 1979 - atualidade)
- Joaquim Fernandes (bateria, 1979 - atualidade)
- José Queirós (guitarra, 1985 - atualidade)
- Paulo Barros (guitarra, 1985 - atualidade), também dos Tarantula
- Artur Capela (guitarra, 2015 - atualidade), também dos Unnyverse
- Tiago Costa (guitarra, 2020 - atualidade), também dos Eoten, Firemage e Unnyverse
- António Soares (guitarra, 1979 - Falecido em 2013[2])
- Aurélio Santos (baixo, 1979 - 1984)
- Kim (bateria, final dos anos 80)
- Fernando Vilela (guitarra, 2014), dos Maria Sem Pecado, ex-Fórmula, ex-Hardness
Biografia
editarCorria o ano de 79, ainda se viviam os resquícios de uma revolução mal acabada, quando Xico Soares (voz), António Soares (guitarra), Aurélio Santos (baixo) e Joaquim Fernandes (bateria) se juntam para formarem os XEQUE-MATE. O chamado “boom do Rock Português” – com o surgimento duma catadupa de bandas a cantarem em português e a gravarem discos – ainda estava por acontecer (80-81).
A 1.ª maqueta é gravada no estúdio Rangel (Porto) – esta possibilita um contrato com editora Metro-Som, que tinha já em carteira bandas com algum renome a nível nacional, como UHF (banda), Jafumega ou Aqui d'el-Rock. É deste modo que surge o 1.º disco da banda – um single com os temas “Vampiro da Uva” e “Entornei o Molho…”, lançado no mercado discográfico em Maio de 81.
Não obstante as péssimas condições de gravação, produção, edição e promoção, o disco consegue um razoável sucesso, figurando nos tops de vários programas de rádio (de destacar o do famoso “Rock em Stock”). Em consequência surgem vários concertos ao vivo e participações em programas de rádio (são repetentes na “A Febre de Sábado de Manhã”) e de televisão (“Passeio dos Alegres” e mais uns quantos).
O tema “Vampiro da Uva” dá-lhes o mote. Fruto da sua fusão entre o hard rock e o heavy metal, são rotulados pelos media como “Pais do Heavy Português” – título algo sumário, no entender da banda. Em 83 mudam de baixista, entrando José Queirós para o lugar. É com essa formação que descem a Lisboa para entrarem novamente em estúdio. É no Angel Studio que, por conta própria, com a preciosa ajuda de Álvaro Azevedo (reputado musico portuense) na produção, gravam, produzem e masterizam em apenas uma semana o material que viria a dar origem, em 1985, ao seu primeiro e único albúm: "Em Nome do Pai, do Filho e do Rock 'n' Roll".[3]
É nessa altura que entra para a banda como 2.º guitarrista Paulo Barros, futuro fundador dos Tarantula. O objectivo era reforçar o som ao vivo, conferindo mais peso à banda.
O disco tem a honra de ser interditado pela beata Rádio Renascença, mas o “Às do Volante” é tema obrigatório de todos os programas radiofónicos de música pesada. Vão surgindo alguns grande concertos, abrindo para grandes nomes internacionais como Wilko Johnson e Diamond Head.
Em 1985 gravam o seu primeiro e único LP, apesar contudo este não obtém muito sucesso devido à fraca divulgação.
Em 1997 a Metro-Som lança uma compilação que inclui o single "Vampiro da Uva" e o tema inédito e nunca lançando "A Música Vai Estourar".
Em 2016 a banda voltou a estúdio com alguns novos integrantes, para a gravação de um novo álbum onde para além de novos temas, houve também a regravação de temas antigos.
Em 2019 é lançado o single "Não Consigo Manter a Fé".
Em 2020 o histórico álbum Em Nome do Pai, do Filho e do Rock'N'Roll fez 35 anos e foi reeditado em CD (digipack), remasterizado, incluindo ainda o single do Vampiro da Uva de 1981 na totalidade e um tema previamente não editado em 1985, na sua versão original gravada na época, Eles Rondam Isto, o qual fez parte do album de 2016 com nova roupagem. Esta reedição foi possível e concretizada através da Larvae Records. No dia 27 de setembro, apesar da pandemia vivida, foi possível realizar-se com sucesso o concerto de aniversário dos 35 anos do álbum, no Fórum Maia, seguindo-se todas as indicações da DGS, no qual o álbum foi tocado na íntegra, incluindo os temas do single de 1981 e a Eles Rondam Isto.
Discografia
editar- Vampiro da Uva (Single, 1981, vinil)
- Em Nome do Pai, do Filho e do Rock 'N' Roll (LP, 1985)
- Grande Geração do Rock - Histórico 1 (Compilação, 1997, CD)
- Æternum Testamentum (Álbum, 2016, CD)
- Não Consigo Manter a Fé (Single, 2019, em plataformas digitais)
- Em Nome do Pai, do Filho e do Rock 'N' Roll (Álbum, 2020, reedição em CD remasterizado, inclui todo o single Vampiro da Uva e um tema previamente não editado de 1985)
Referências
- ↑ «Banda de heavy-metal Xeque-Mate volta com "muito power"». Consultado em 15 de maio de 2019
- ↑ «Morreu António Soares, dos Xeque Mate». Consultado em 15 de maio de 2019
- ↑ «Em Nome do Pai do Filho...E do Rock 'n' Roll». Consultado em 15 de maio de 2019