Xi Zhongxun
Xi Zhongxun (chinês: 习仲勋, pinyin: Xí Zhòngxūn; 15 de outubro de 1913 – 24 de maio de 2002) foi um revolucionário comunista e posteriormente um político da República Popular da China. É considerado parte da primeira geração de lideranças da China pós-revolução. Suas contribuições para a Revolução Chinesa e para o desenvolvimento da República Popular, desde a fundação de bases guerrilheiras no noroeste da China nos anos 30, até a iniciação da liberalização econômica no sul da China nos anos 80, são amplas e numerosas. Foi conhecido por sua moderação política e pelos contratempos que enfrentou ao longo de toda sua carreira, tendo sido aprisionado e expurgado diversas vezes. Seu segundo filho é Xi Jinping, atual Secretário-Geral do Partido Comunista da China.[1]
Xi Zhongxun 习仲勋 | |
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Xi Zhongxun | |
Vice-Presidente do Comitê Permanente do Congresso Nacional do Povo | |
Período | 10 de setembro de 1980 a
15 de março de 1993 |
Presidente | Wan Li |
1º Secretário-Geral do Conselho de Estado | |
Período | setembro de 1954
janeiro de 1965 |
Primeiro-Ministro | Zhou Enlai |
Antecessor(a) | Li Weihan |
Sucessor(a) | Zhou Rongxin |
14º Chefe do Departamento de Propaganda do Comitê Central do Partido Comunista da China | |
Período | janeiro de 1953
julho de 1954 |
Presidente do Partido | Mao Zedong |
Antecessor(a) | Lu Dingyi |
Sucessor(a) | Lu Dingyi |
Dados pessoais | |
Nascimento | 15 de outubro de 1913 Fuping County, Xianxim, República da China |
Morte | 24 de maio de 2002 (88 anos) Pequim, República Popular da China |
Nacionalidade | Chinês |
Cônjuge | Hao Mingzhu (1935 - 1944) Qi Xin (1944 - 2002) |
Filhos(as) | Xi Jinping Xi Yuanping Qi Qiaoqiao Xi An'an Xi Gan-ping Xi Heping Xi Zheng-ning |
Partido | Partido Comunista da China |
Serviço militar | |
Lealdade | Partido Comunista da China República Popular da China |
Serviço/ramo | Exército de Libertação Popular Exército Vermelho dos Operários e Camponeses Chinês Exército Nacional Revolucionário |
Conflitos | Guerra Civil Chinesa Segunda Guerra Sino-japonesa |
Infância e educação
editarXi nasceu no dia 15 de outubro de 1913, filho de uma família de proprietários rurais do Condado de Fuping, Xianxim.[2] Ingressou na Liga da Juventude Comunista da China em maio de 1926, participando de manifestações estudantis na primavera do mesmo ano. Sua atividades no movimento estudantil acabaram levando-o a ser preso pelas autoridades nacionais.[2] Ingressou no Partido Comunista da China no ano de 1928, durante o tempo em que esteve na prisão.[2]
Carreira
editarExército Vermelho
editarNo início de 1930, Xi foi escalado pelo partido para trabalhar no Exército Nacionalista de Yan Hucheng.[3] Em março de 1932, liderou uma revolta dentro desse exército em Liangdang, Gansu, mas não obteve sucesso.[4][2] Posteriormente, juntou-se às guerrilhas comunistas ao norte do Rio Wei.[2] Em março de 1933, juntou-se a Liu Zhidan e outros na fundação da Área Soviética na Fronteira Xianxim–Gansu (Shaangan), e tornou-se o líder da área enquanto liderava as missões de resistência guerrilheira às incursões nacionalistas e de expansão da área soviética.[2] Em 1935, a Área Soviética na Fronteira Xianxim–Gansu e a Área Soviética de Xianxim fundem-se e formam a Área Base Revolucionária do Noroeste, e Xi torna-se um dos líderes dessa nova área.[2] Acaba sendo preso, junto com Liu Zhidan e Gao Gang, em 1935, durante uma campanha de alinhamento esquerdista dentro do partido.[2] De acordo com seu próprio depoimento, estava a quatro dias de ser executado quando Mao Zedong chegou ao local e ordenou que ele e seus camaradas fossem libertos.[5] A base de Xi no noroeste serviu de abrigo para Mao Zedong e para os demais do centro do partido, possibilitando que eles concluíssem a Grande Marcha. É dito que "a Área da Base Revolucionária do Noroeste liderada por Xi salvou o núcleo do partido e o núcleo do partido salvou os revolucionários do Noroeste".[5] A área eventualmente tornou-se o Soviete de Yan'an, quartel-general dos comunistas até 1947.
Guerra Sino-Japonesa
editarXi Zhongxun | |||||||
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Chinês simplificado: | 习仲勋 | ||||||
Chinês tradicional: | 習仲勳 | ||||||
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Durante a Segunda Guerra Sino-Japonesa, Xi permaneceu no Soviete de Yan'an para gerenciar questões civil e militares, desenvolver a produção econômica no Soviete, e implementar as políticas do partido.[2] Ele ficou conhecido por avaliar as políticas pautando-se em numa análise empírica da situação, muitas vezes resistindo ao extremismo "esquerdista" na implementação das diretivas partidárias.[2] No 7º Congresso Nacional do Partido Comunista da China, realizado em agosto de 1945, foi nomeado membro suplente do Comitê Central e tornou-se vice-diretor do departamento de organização do partido, encarregado de tomar decisões de pessoal.[2] Conforme a Segunda Guerra Mundial foi chegando ao fim, ele derrotou o ataque dos Nacionalistas ao Soviete de Yan'an Soviet em Futaishan e colaborou na fuga da Brigada 359 de Wang Zhen das Planícies do Norte da China.[2]
Guerra Civil Chinesa e transição pós-guerra
editarCom a explosão em larga escala da guerra civil entre Comunistas e Nacionalistas no início de 1947, Xi permaneceu no noroeste da China para coordenar a proteção e depois retomar o Soviete de Yan'an.[2] Como comissário político, Xi e o Comandante Zhang Zongxun derrotaram os Nacionalistas a oeste de Yan'an na Batalha de Xihuachi em março de 1947.[2] Após Yan'an ser tomada por Hu Zongnan em 19 de março 1947, Xi trabalhou na equipe de Peng Dehuai nas batalhas para recuperar Yan'an e conquistar o noroeste da China.[2]
Dirigiu o trabalho político do Bureau de Assuntos Políticos e Militares do noroeste, o qual foi encarregado de estabelecer a governança comunista para as áreas recém capturadas da região.[2] Nesse aspecto, Xi ficou reputado por suas políticas moderadas e pelo uso de meios não militares para pacificar áreas rebeldes.[2]
Em julho de 1951, após os comunistas derrotarem os exércitos da Facção Ma em Qinghai, grupos remanescentes dos senhores de guerra muçulmanos incitaram rebeliões entre as tribos tibetanas.[6] Entre os que pegaram em armas estava Xiang Qian, chefe da tribo Nganglha, no leste de Qinghai.[6] Quando o Exército Popular de Libertação enviou tropas para reprimir a revolta, Xi interveio para buscar uma solução política. Diversos emissários, incluindo Geshe Sherab Gyatsoand e o próprio Panchen Lama, foram enviados para as negociações.[6] Embora Xiang Qian tenha rejeitado dezenas de ofertas e o Exército Popular de Libertação tenha conseguido capturar suas vilas, Xi continuou a buscar uma solução política. Assim, ele libertou os membros das tribos que haviam sido capturados, ofereceu termos generosos a Xian Qian e perdoou todos os que haviam participado das revoltas.[6] Em julho de 1952, Xiang Qian retornou de seu esconderijo nas montanhas, prometeu sua lealdade à República Popular e foi convidado por Xi para participar da cerimônia de formatura da Faculdade das Nacionalidades, em Lanzhou.[6] Em 1953, Xiang Qian tornou-se o chefe do Condado de Jainca. Mao comparou o tratamento hábil de Xi em relação a Xiang Qian à conciliação de Zhuge Liang e Meng Huo no Romance dos Três Reinos.[7]
Também em 1952, Xi Zhongxun suspendeu a campanha de Wang Zhen e Deng Liqun para implementar a reforma agrária e a ideia de luta de classes nas regiões pastoris de Xinjiang.[8] Xi, baseado em sua experiência na Mongólia Interior, se mostrou contrário à atribuição de rótulos e agitação de luta de classes entre os pastores, mas foi ignorado por Wang e Deng que que dirigiram a apreensão de gado dos proprietários de terras e terras das autoridades religiosas.[8] Tais políticas inflamarem uma insurreição nas regiões pastoris ao norte de Xinjiang, onde o levante de Ospan Batyr havia sido reprimido.[8] Com o apoio de Mao, Xi reverteu essas políticas e libertou mais de mil pastores da prisão.[8]
Quando o 14º Dalai Lama visitou Pequim em 1954 para diversos meses de reuniões políticas e estudos de chinês e marxismo, Xi passou um tempo com o líder tibetano, que carinhosamente recordaria de Xi como sendo "muito amigável, comparativamente mente aberta e muito legal".[9] Como presente, o Dalai Lama deu a Xi um relógio Omega.[10] Quando o irmão do Dalai Lama visitou Pequim no início dos anos 80, Xi ainda usava o relógio.[10]
Carreira política em Pequim e expurgo
editarEm setembro de 1952, Xi Zhongxun tornou-se chefe do departamento de propaganda do partido e supervisor de políticas culturais e educacionais.[11] No 8º Congresso Nacional do Partido Comunista da China, realizado em 1956, foi eleito como membro do Comitê Central.[11] Em 1959, passou a ser vice-primeiro-ministro e trabalhou com Zhou Enlai dirigindo a legislação do Conselho de Estado e em funções de pesquisa política.[11]
Em 1962, Xi foi acusado de liderar uma facção anti-partido por apoiar a obra "Biografia de Liu Zhidan", sendo expurgado de todas suas posições de liderança.[11] A biografia, escrita por Li Jiantong (李建彤) para homenagear o antigo camarada de Xi que havia morrido como um mártir do partido em 1936, foi acusada de tentar subverter o partido ao reabilitar Gao Gang, outro ex-camarada de Xi que havia sido expurgado em 1954. Xi Zhongxun foi forçado a fazer uma autocrítica e em 1965 foi rebaixado ao cargo de vice-gerente de uma fábrica de tratores em Luoyang.[12] Durante a Grande Revolução Cultural Proletária, foi perseguido, preso e passou um longo período no confinamento em Pequim.[12] Obteve a liberdade em maio de 1975 e foi designado para outra fábrica em Luoyang.[12]
Carreira política em Cantão e reabilitação
editarApós a Revolução Cultural, Xi foi completamente reabilitado na Terceira Sessão Plenária do 11º Comitê Central do Partido Comunista da China em dezembro de 1978.[11] De 1978 a 1981 desempenhou variadas funções de liderança na província de Cantão, sucessivamente como segundo e depois primeiro secretário provincial, governador e comissário político da Região Militar de Cantão.[11] Em Cantão, estabilizou o governo provincial e deu início ao processo de liberalização da economia.[12]
Quando chegou em Cantão, o governo provincial estava lutando para conter a maré de residentes da província que tentavam fugir para Hong Kong desde 1951.[13] Nesse período, a média de salário diário em Cantão era de 0.70 yuan, cerca de 1/100 dos salários pagos em Hong Kong. Xi entendeu a disparidade nos padrões de vida e buscou uma liberalização econômica de Cantão.[13] Para isso, precisou vencer o ceticismo dos líderes do partido em Pequim acerca da economia de mercado. Em reuniões em abril de 1979, Xi convenceu Deng Xiaoping a permitir que Cantão fizesse sua própria política de comércio exterior e passou a convidar investimentos estrangeiros para projetos em áreas experimentais ao longo da fronteira provincial com Hong Kong, Macau e Shantou, que possuía uma grande diáspora além-mar.[14] Quanto ao nome das áreas experimentais, Deng disse, "vamos chamá-las de 'zonas especiais', [afinal, a sua] Área da Fronteira Xianxim–Gansu também começou como uma 'zona especial'".[14] Deng seguiu: "O Governo Central não possui fundos, mas nós podemos te dar algumas políticas favoráveis." Empregando uma frase dos seus dias de guerrilha, Deng disse a Xi: "Você precisa encontrar uma forma para enfrentar um caminho sangrento".[14] Xi submeteu uma proposta a respeito da criação das zonas especiais, mais tarde renomeadas zonas econômicas especiais, e em julho de 1979, o centro do partido e o Conselho de Estado aprovaram a criação das quatro primeiras zonas econômicas especiais da China.[13]
Aposentadoria
editarEm 1981, Xi voltou para Pequim e foi eleito Vice-Presidente do Comitê Permanente do Congresso Nacional do Povo e também para a chefia do comitê de questões legais.[2] Nessa posição, supervisionou a elaboração de inúmeras leis.[2] Em setembro de 1982, foi eleito para o Politburo e para o Secretariado do Partido Comunista da China.[2] Em 1987, Deng Xiaoping e o poderoso veterano Chen Yun estavam insatisfeitos com a inclinação liberal de Hu Yaobang, e pediram uma reunião para forçar Hu a renunciar de sua posição de Secretário-Geral. Xi foi o único a defender Hu. Retirou-se do serviço público em abril de 1988, e passou a maior parte dos seus anos de aposentadoria em Shenzhen.[2][13]
Vida pessoal e morte
editarEm 1936, Xi casou-se com Hao Mingzhu, sobrinha do guerrilheiro revolucionário Wu Daifeng, em Xianxim. O casamento durou até 1944, e o casal teve três filhos: um filho, Xi Fuping (também conhecido como Xi Zhengping), e duas filhas, Xi Heping e Xi Ganping.[15] De acordo com os registros oficiais, Xi Heping morreu durante a Revolução Cultural devido a perseguição, o que de acordo com historiadores possivelmente signifique que ela cometeu suicídio enquanto aprisionada.[16] Pouco se sabe sobre Xi Ganping, exceto que ela se aposentou por volta de 2013 e aparece com certa frequência em encontros dos chamados "príncipes vermelhos do partido". Xi Zhengning, enquanto isso, foi um pesquisador do Ministério da Defesa e posteriormente seguiu uma carreira burocrática, morrendo em 1998.[15]
Em 1944, Xi Zhongxun casou-se com Qi Xin, sua segunda esposa, com que teve quatro filhos: Qi Qiaoqiao, Xi An'an, Xi Jinping e Xi Yuanping. Xi Jinping tornou-se Secretário-Geral do Partido Comunista da China e Presidente da Comissão Militar Central em 15 de novembro de 2012, e Presidente da República Popular da China em 15 de março de 2013.
Xi Zhongxun morreu em 24 de maio de 2002.[11] Seu funeral e subsequente cremação no Cemitério Revolucionário Babaoshan em 30 de maio teve a presença por líderes veteranos do estado e do partido. Suas cinzas foram enterradas em um cemitério nomeado em sua homenagem no condado Fuping.[2][17]
Seu obituário oficial o descreve como um "um excepcional revolucionário proletário", "um grande soldado comunista" e "um dos principais fundadores e líderes das áreas de bases revolucionárias na região fronteiriça de Xianxim-Gansu".
Referências
editarCitações
editar- ↑ «XI Jinping, (born June 1953), General Secretary, Central Committee, Communist Party of China, since 2012; President, People's Republic of China, since 2013 (Vice-President, 2008–13); Chairman, Central Military Commission, since 2013 (Vice-Chairman, 2010–13)». Oxford University Press. Who's Who. 1 de dezembro de 2013
- ↑ a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v Cui, Xiaomin; Wen, Ruogu; Cui, Limin (junho de 2013). «《习仲勋的故事》». Consultado em 12 de janeiro de 2023
- ↑ «《习仲勋的故事》_共产党员网». fuwu.12371.cn. Consultado em 13 de janeiro de 2023
- ↑ «两当兵变的特点和历史地位-两当|兵变|特点|历史地位-每日甘肃-陇南日报». web.archive.org (em chinês). 11 de maio de 2019. Consultado em 13 de janeiro de 2023
- ↑ a b «英雄一世,坎坷一生"的习仲勋» (em chinês). Consultado em 19 de fevereiro de 2013
- ↑ a b c d e «张绍武 & 郭素强 "昂拉平叛与争取项谦的经过" 黄河文化经济网» (em chinês). Via Wayback Machine em 09-09-2011. Consultado em 4 de março de 2016. Arquivado do original em 26 de abril de 2017
- ↑ «"毛泽东夸赞习仲勋:"你比诸葛亮还厉害!"» (em chinês). Consultado em 16 de novembro de 2011. Arquivado do original em 26 de abril de 2017
- ↑ a b c d «"王震新疆镇反被撤职幕后"» (em chinês). Via Wayback Machine em 07-07-2009. Consultado em 17 de agosto de 2011
- ↑ «Does China's next leader have a soft spot for Tibet?». Reuters (em inglês). 1 de setembro de 2012. Consultado em 13 de janeiro de 2023
- ↑ a b Times, Hindustan. «Tibet's conquest of China's Xi Jinping family - Hindustan Times». http://www.hindustantimes.com/. Consultado em 13 de janeiro de 2023
- ↑ a b c d e f g «习仲勋的故事(全本)前中央书记处书记习仲勋的战斗一生 - 第1章 习仲勋生平» (em chinês). Consultado em 19 de fevereiro de 2012
- ↑ a b c d «习仲勋蒙受不白之冤». Via Wayback Machine. Consultado em 19 de fevereiro de 2012
- ↑ a b c d «"习仲勋:我要看着深圳发展"» (em chinês). Xinhua. Consultado em 25 de agosto de 2010
- ↑ a b c «谷梁 "习仲勋主政广东的历史功绩:改革开放天下先» (em chinês). Consultado em 21 de janeiro de 2012
- ↑ a b Verfasser., Andrésy, Agnès. Xi Jinping : Red China, the next generation. [S.l.: s.n.] OCLC 1083925293
- ↑ Buckley, Chris; Tatlow, Didi Kirsten (24 de setembro de 2015). «Cultural Revolution Shaped Xi Jinping, From Schoolboy to Survivor». The New York Times (em inglês). ISSN 0362-4331. Consultado em 13 de janeiro de 2023
- ↑ «Dozens Detained in Bid To Visit Grave of Chinese President's Father». Radio Free Asia (em inglês). Consultado em 13 de janeiro de 2023
Fontes
editarChina's New Rulers: The Secret File, Andrew J. Nathan and Bruce Gilley, The New York Review Book
The Origins of the Cultural Revolution, Vol. 3 : The Coming of the Cataclysm, 1961-1966 (Columbia University Press, 1997)Ligações externas
editar- Biography of Xi Zhongxun, China Vitae
- (chinês) Biography of Xi Zhongxun
Notas
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