Yaxchilan
Yaxchilan ("pedras verdes" em maia, historicamente por vezes designada pelos nomes Menché e Cidade Lorillard) é uma antiga cidade maia situada na margem do rio Usumacinta no actual estado mexicano de Chiapas. O nome antigo da cidade provavelmente era Pa' Chan.[1][2]
Yaxchilan Menché Cidade Lorillard | |
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Localização atual | |
Mapa do México | |
Coordenadas | 16° 54′ 00″ N, 90° 58′ 00″ O |
País | México |
Estado | Chiapas |
Dados históricos | |
Civilização maia | |
Notas | |
Instituto Nacional de Antropologia e História do México (INAH) | |
Acesso público |
A antiga Yaxchilan
editarYaxchilan era um grande centro, importante durante o período clássico e potência dominante na região do rio Usumacinta. Dominou centros menores como Bonampak e durante muito tempo esteve aliado com Piedras Negras (na actual Guatemala) e pelos menos temporariamente com Tikal; era rival de Palenque com quem esteve em guerra em 654. Yat-Balam, fundador de uma longa dinastia, ascendeu ao trono em 2 de Agosto de 320, ainda Yaxchilan era um centro menor. A cidade-estado cresceu até tornar-se capital regional e a dinastia durou até ao início do século IX.[2]
Yaxchilan é conhecida pela grande quantidade de excelentes esculturas ali encontradas, tais como as estelas monolíticas talhadas e os relevos narrativos talhados nas pedras dos linteis das portas dos templos.[3]
Redescoberta e história moderna
editarA primeira menção publicada sobre o sítio parece ter sido uma referência breve de Juan Galindo em 1833. O professor Edwin Rockstoh do Colégio Nacional da Guatemala visitou o local em 1881 e publicou um outro curto relato. Os exploradores Alfred Maudslay e Désiré Charnay chegaram quase simultanemente a Yaxchilan em 1882 e publicaram relatos mais detalhados das ruínas com desenhos e fotografias. Charnay baptizou as ruínas de "Cidade Lorillard" em honra de Pierre Lorillard que contribuiu para o pagamento das despesas da sua expedição à área maia. Teoberto Maler visitou repetidamente o local entre 1897 e 1900, publicando uma descrição detalhada em dois volumes de Yaxchilan e sítios vizinhos em 1903.[1]
Em 1931 Sylvanus Morley liderou uma expedição da Carnegie Institution a Yaxchilan, procedendo à cartografia do sítio e à descoberta de mais monumentos.[1]
O Instituto Nacional de Antropologia e História do México (INAH) levou a cabo investigações arqueológicas em Yaxchilan em 1972-1973 e de novo em 1983 e no início da década de 1990.[1]
Chegar a Yaxchilan foi durante muito tempo difícil. Até há pouco tempo não existia qualquer estrada num raio de 100 km e as únicas formas de chegar ao local eram pequenos aviões ou um percurso de centenas de quilómetros por barco. Desde a construção de uma estrada fronteiriça pelo governo mexicano no início dos anos 90, tornou-se possível a visita do local por turistas. Para chegar a Yaxchilan é agora apenas necessária uma viagem de barco pelo Usumacinta com duração de uma hora desde Frontera Corozal.[1][2]
Principais estruturas
editarAs principais estruturas de Yaxchilan são a Grande Praça, a Grande Acrópole e a Pequena Acrópole.
Galeria de imagens
editar-
Estela 18 de Yaxchilan em exibição no Museu Nacional de Antropologia, Cidade do México.
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Templo 33 de Yaxchilan.
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Relevo visto na subida para a acrópole.
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Lintel 53 de Yaxchilan, em exibição no Museu Nacional de Antropologia, Cidade do México.
Notas
editar- ↑ a b c d e Graham, Ian (1982). «Yaxchilan». Peabody Museum of Archaeology & Ethnology. Harvard University. (em inglês). Consultado em 19 de julho de 2023
- ↑ a b c Gracht, Carlos Rosado van der (17 de maio de 2021). «Yaxchilán, the beautiful and mighty Usumacinta capital of the Maya». Yucatán Magazine (em inglês). Consultado em 19 de julho de 2023
- ↑ Nikolai Grube &, Simon Martin (2000). Chronicle of the Maya Kings and Queens. London: Thames & Hudson Ltd. pp. 117, 125. ISBN 0-500-05103-8
Ver também
editarReferências
editar- Martin, Simon (2004) "A broken sky: the ancient name of Yaxchilan as Pa' Chan" The PARI Journal 5(1):1-7.
- Tate, Carolyn E. (1992) Yaxchilan, The Design of a Maya Ceremonial City. University of Texas Press, Austin. ISBN 0-292-77041-3