Zózimo Barrozo do Amaral

jornalista brasileiro

Zózimo Bráulio Barrozo do Amaral (Rio de Janeiro, 28 de maio de 1941Miami, 18 de novembro de 1997) foi um dos mais prestigiados jornalistas do Brasil na segunda metade do século XX.

Zózimo
Nome completo Zózimo Bráulio Barrozo do Amaral
Nascimento 28 de maio de 1941
Rio de Janeiro, Distrito Federal, Brasil
Morte 18 de novembro de 1997 (56 anos)
Miami, Estados Unidos
Nacionalidade brasileiro
Ocupação jornalista

Biografia

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Nasceu Zózimo no bairro do Humaitá, filho do magnata Boy Barrozo do Amaral, ingressando no jornalismo em 1959, no jornal O Globo. Ali colaborou na coluna de Carlos Swann, até fevereiro de 1964 quando se transferiu para o diário Jornal do Brasil, então um dos maiores do país. Teve sua biografia lançada em 2016, com o título "Enquanto houver champanhe, há esperança",[1] de autoria do também jornalista Joaquim Ferreira dos Santos.

Apesar de praticamente desconhecido, foi anunciado como uma grande aquisição pelo jornal, e aos poucos passou a imprimir à sua coluna o estilo bem-humorado e diversificado: não limitava-se a falar apenas da alta sociedade, mas também dos bastidores da política - o que lhe valeu a prisão em mais de uma ocasião, durante a ditadura militar de 1964.

Em sua coluna também comentava notícias sobre economia e, como editor, foi responsável pelo chamado "Caderno B" e também editorava o "Informe JB".

Em 1993 finalmente voltou para O Globo, assinando sua própria coluna. Ali permaneceu até o ano de sua morte, por câncer de pulmão, no Hospital Mount Sinai, em Miami, Estados Unidos, onde tinha ido tratar-se.

Excertos

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Seu estilo inconfundível e muitas vezes sem dizer explicitamente aquilo que efetivamente noticiava, e que lhe renderam processos (e nenhuma condenação) denotavam sua capacidade de crítica e percepção, como nesta nota, lembrada pela jornalista Belisa Ribeiro (vide Ligações externas, abaixo), em que noticiou o fato da atriz Sônia Braga ter ficado de cócoras durante um discurso presidencial:

"No cinema: É um pássaro? É um avião? Não, é o Super-Homem. No Planalto: É uma penosa? É uma enceradeira? Não, é a Sônia Braga."

Numa de suas crônicas, o alvo foi a Lagoa Rodrigo de Freitas (para ele errada a começar pelo nome - "que ninguém tem a menor ideia de quem seja"):

"No fundo - ou no raso, já que a Lagoa dá hoje a impressão de ter no máximo, mesmo no meio, uns 20cm de profundidade (a gente olha e vê a centenas de metros de distância garças com água pela canela. Ou a Lagoa tem uma profundidade pífia ou são aquelas as garças mais pernaltas do mundo) - Deus talvez tenha posto ali os demônios para se vingar dos atentados cometidos contra aquela sua criação."[2]

Homenagens

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  • Uma estátua em tamanho natural do jornalista, feita pelo artista plástico Roberto Sá, foi inaugurada no Leblon, no dia 25 de novembro de 2001.
  • Também no Rio há um centro comunitário com seu nome.

Notas e referências

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Ligações externas

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