Xissudros (Antigo Acádio Babilónio: 𒍣𒌓𒋤𒁺[1], romanizado: Ṣíusudrá [ṣi₂-u₄-sud-ra₂][1], Acádio Neoassírio: 𒍣𒋤𒁕[1], romanizado: Ṣísudda, Grego antigo: Ξίσουθρος[2][3], romanizado: Xísouthros), é um herói da tradição suméria, protagonista do mito sobre o dilúvio universal, encontrado em sua versão mais antiga numa tabuinha encontrada em Nipur e, segundo a tradição, rei de Surupaque. Está listado na recensão da Lista de Reis Sumérios WB-62 como o último rei antes do Grande Dilúvio. Posteriormente é registrado como o herói do Génesis de Eridu e aparece nos escritos de Berosso como Xisuthros. Seu nome significa "Dias Alargados". Também é conhecido como Utnapistim para os babilónios, ou Atrahásis para os acadianos.

Xisudra
𒍣𒌓𒋤𒁺
Ziusudra
Rei de Surupaque

Rei da Suméria

Reinado
2900 A.E.C.
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O Mito

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O mito conta como os homens esgotaram os Deuses com seu comportamento e zoada, então decidiram destruí-los enviando-lhes um grande dilúvio. Ênqui, que fora o criador dos humanos, segundo o texto de Nipur “ Depois que An, Enlil, Enki e Ninhursag criaram os cravos ”, sente misericórdia e comenta que não deseja a destruição dos humanos.

Quero eu (...) certo? a destruição da minha raça, a humana

Para Nintu, quero impedir a destruição de minha criação.

Farei com que as pessoas retornem aos seus assentamentos.

Construirão eles cidades em todos os lugares.

e farei a sua sombra pacífica

Então ele pede a Xissudra que crie um barco e refugie-se com as diferentes espécies de animais até que a grande enchente passe.

Xissudra ouviu ao seu lado

de pé ao lado esquerdo do muro (...):

«Junto ao muro, dir-te-ei uma palavra

(ouve) a minha palavra, prest'atenção às minhas instruções:

Uma inundação tomará toda-las habitações

todos os centros de culto

para destruir a semente da humanidade (...)

(Tal) é a decisão

o decreto da Assembleia (dos deuses)

(Tal) é a palavra de Ã, Enlil (e Ninursague)

(...) a destruição da realeza

Mais tarde, a narrativa continua com a "história" do grande dilúvio.

Todas as tempestades e ventos desencandearam-se (ao mesmo momento)

o dilúvio invadiu os centros de culto

Depois que o dilúvio varreu a terra durante sete dias e sete noites

e o enorme barco foi balançado nas vastas águas pelas tempestades,

Utu saiu, iluminando o céu e a terra.

Xissudra abriu então uma janela de seu enorme barco

Utu fez seus raios penetrarem o gigantesco barco

O rei Xissudra prostrou-se (então) dian' d'Utu

o rei sacrificou um grande número de bois e carneiros

"Chamarás o céu e a terra (...)"

à (e) Enlil invocaram através do céu e da terra (...)

fizeram aparecer os animais que emergiam desde a terra

O rei Ziussudra prostrou-se diante de à (e) Enlil

à (y) Enlil cuidou de Ziusudra, deram-lhe a vida como (aquel' de) um deus,

Enviaram-lhe um sopro eterno como (o de) um deus. Depois, ao Rei Ziusudra, que salvou a semen' da humanidade

da destruição naquela época

além dos mares, no Leste, em Dilmun , eles fizeram (ele) viver

Glossário:

Pela musicalidade e ritmo: por Sinérese, juntam-se as sílabas pela naturalidade musical das línguas:

  • prest'enção = Presta Atenção; aquel' = aquele; dian' d'Utu = Diante de Utu

Isto foi posteriormente se refletiu na mitologia assíria no poema acadiano, Atrahásis , no qual o herói é Atrahásis.

Vê também

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Referências

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Bibliografia

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  • Lara Peinado, Federico (agosto de 1984). Mitos sumerios y acadios. [S.l.]: Madrid: Editora Nacional. pp. 556 p. ISBN 9788427606937 
  • Kramer, Samuel Nathan (abril de 1985). La historia empieza en Sumer. [S.l.]: Barcelona: Ediciones Orbis, S.A. , 04/. pp. 256 p. ISBN 978-84-7530-942-2 
  • Jordan Michael, Enciclopedia de los dioses.
  1. a b c Museu da Upenn (Universidade da Pensilvânia), Filadélfia. «Formas atestadas dos nomes em registros mesopotâmios». oracc.museum.upenn.edu. Consultado em 28 de Outubro de 2024 
  2. Trittel, Nele; Schmidt, Werner; Müller, Andrea; Meyer, Thomas (2010). Leistungsentgelt in den Kommunen. [S.l.]: Nomos 
  3. Sokcsevits, Dénes (2023). «Riječ – A magyarországi horvátok irodalmi és kulturális folyóirata : Egy nemzetiségi folyóirat sorsa és rövid története». Danubius Noster (1): 103–114. ISSN 2064-1060. doi:10.55072/dn.2023.1.103. Consultado em 28 de outubro de 2024