Fazenda Grande do Retiro
Fazenda Grande do Retiro é um bairro brasileiro localizado na cidade de Salvador, na Bahia.[2] fica localizado no "miolo" central da cidade de Salvador. Hoje o bairro fica situado na área vigente da Prefeitura-Bairro (PB) VII liberdade/São Caetano.[3]
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Bairro do Brasil | ||
Vista aérea de conjunto habitacional, no bairro | ||
Localização | ||
Coordenadas | ||
Unidade federativa | Bahia | |
Município | Salvador | |
Outras informações | ||
Limites | Bom Juá, São Caetano, Liberdade, Curuzu, Santa Mônica, IAPI[1] | |
Fonte: Projeto de Lei municipal (PL) (363/17)/2017[2] |
História
editarEste bairro, localizado na zona Norte de Salvador, é um morro cortado por uma rua de aproximadamente 3 quilômetros que recebeu o nome do intelectual Alexandre José Mello Morais Filho, paralelo a BR-324 e é vizinho aos bairros do Alto do Peru, Bom Juá e São Caetano, recebeu esse nome porque realmente era uma fazenda, que pertencia ao Sr. Justino. Na década de 1940, este senhor decidiu arrendar a sua propriedade e vender pequenos lotes para pessoas que queriam morar na região.[carece de fontes]
Neste bairro encontra-se a Empresa Gráfica da Bahia (EGBA), onde é impresso o Diário Oficial da Bahia. O bairro Fazenda Grande ganhou esse nome por ser uma grande fazenda. Outros proprietários possuíam fazendas na localidade que veio a ser bairro da Fazenda Grande, a exemplo do Sr. Gama, Sr.Genésio Gomes da Silva, e de Antonio Machado da Silva, que trabalhava no matadouro do Retiro e que já em 1901 adquiriu uma grande quantidade de terras que iniciava na Melo Morais Filho e terminava na Avenida San Martin.[carece de fontes]
Segundo o o Censo de 2010, era o bairro de Salvador com o maior número de habitantes morando em favelas e tinha a quarta maior favela da Bahia.[4]
Alto do Peru
editarAlto do Peru é um subdistrito do bairro de Fazenda Grande do Retiro. Fica localizado entre a Fazenda Grande e o Largo do Tanque, tendo como rua principal a Rua do Oriente.[5]
No Alto do Peru está localizado um dos postos da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) junto com uma caixa d'água da mesma e também o Centro Social Urbano Dom Lucas Moreira Neves, onde são ministrados vários cursos para os moradores adjacentes.[carece de fontes]
Segundo a história, foi no Alto do Peru que os portugueses subiam para vigiar o mar quando os holandeses invadiram Salvador, por ser um local alto e próximo do mar. A visão da parte mais alta do bairro permitia aos portugueses que iniciaram moradia na região, a visão ampla de toda a península itapagipana. Na época existiam fazendas de café e cana de açúcar e o trabalho era escravo com os escravos vindos da África e os imigrantes italianos, holandeses, franceses que trabalhavam em sistema de parceria.[carece de fontes]
Com o passar dos anos, o bairro foi subdividindo-se tomando ares urbanos. Para ter acesso ao bairro era preciso atravessar o largo do tanque de canoa, pois toda a região era um dique que desembocava na praia da calçada, mares e Roma. Outro meio de transporte da época era o bonde por volta de 1905, porém só chegava até a calçada o demais percurso seguia-se de canoa ou barco.[carece de fontes]
Por volta de 1920 os primeiros moradores do Alto do Peru Sr. Galdino Silva Melo, Sr Leonila Barros de Melo com ajuda de outros moradores construíram a igreja católica de Nossa Senhora de Guadalupe, foi construída de taipa e palha de coqueiro, mas tarde de frande, para a construção da igreja s idealizadores vendiam jornal local para arrecadar fundos pra a construção da igreja. Na rua principal, rua do oriente, ainda e possível encontrar alguns imóveis do tempo Brasil colônia, casas ainda com a arquitetura da época.[carece de fontes]
Demografia
editarPopulação
editarSegundo o Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010 a Fazenda Grande do Retiro é o quinto bairro com a maior população de negros em Salvador, com 86,38% (46 478 habitantes).[6] Sua população total em 2010 somando todas as etnias era de 53 806.[6]
Segurança
editarEm 2012 foi apontado pelo jornal Correio que o fraco policiamento na região do bairro estava ligado ao aumento da violência. O secretário Maurício Barbosa explicou o motivo de cada bairro receber tratamentos desiguais: "Uma coisa é você pensar segurança pública na teoria, outra é a prática. Nós não temos como fator de influência para a questão de lotação policial somente a questão populacional. Temos outras áreas de interesse. Quais são? Econômica, turística, bancária, comercial, e por aí vai (...) A Barra tem mais policial por habitante do que o Subúrbio. Mas deixe de ter um policial na Barra para ver quais são os efeitos negativos com relação à imagem da cidade, a imagem do Estado, a imagem de um setor que traz dividendos ao estado, que é o turismo. Tire um policial da Pituba, que tem uma extensa área na Manoel Dias da Silva, que é área bancária. Aconteceu um assalto a banco no meio da Pituba. Qual a repercussão disso aí? Não estamos lidando apenas com critérios objetivos. A gente tem que parar de levar a discussão para a questão matemática, temos que entender as nuances."[7]
Foi listado como um dos bairros mais perigosos de Salvador, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Secretaria de Segurança Pública (SSP) divulgados no mapa da violência de bairro em bairro pelo jornal Correio em 2012.[1] Ficou entre os mais violentos em consequência da taxa de homicídios para cada cem mil habitantes por ano (com referência da ONU) ter alcançado o segundo nível mais negativo, com o indicativo de "61-90", sendo um dos piores bairros na lista.[1]
Referências
- ↑ a b c Juan Torres e Rafael Rodrigues (22 de maio de 2012). «Mapa deixa clara a concentração de homicídios em bairros pobres». Correio (jornal). Consultado em 1 de maio de 2019
- ↑ a b Redação (18 de setembro de 2017). «Aprovado projeto que amplia para 163 número de bairros de Salvador». A Tarde. Universo Online. Consultado em 1 de maio de 2019
- ↑ [1]
- ↑ Priscila Chammas (22 de dezembro de 2011). «Salvador tem a 2ª maior população do país morando em favelas, diz IBGE». Correio (jornal). Consultado em 26 de abril de 2019
- ↑ Bairro
- ↑ a b Redação (20 de novembro de 2013). «TOP 10: veja os bairros de Salvador com maior população negra». iBahia.com. Rede Bahia. Consultado em 27 de abril de 2019
- ↑ Juan Torres e Rafael Rodrigues (22 de maio de 2012). «Mapa deixa clara a concentração de homicídios em bairros pobres». Correio (jornal). Consultado em 27 de abril de 2019