Cabinho
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Aquiles Fernando Kupfer (Caçador, 25 de dezembro de 1958), mais conhecido como Cabinho, é um ex-futebolista brasileiro que atuava como atacante. Teve grande destaque no futebol paraense, sendo o quinto maior artilheiro do Paysandu e figura importante também no último título estadual da Tuna Luso (em 1988).[1] É o maior artilheiro do Paysandu considerando-se a partir da década de 1980.[2]
Informações pessoais | ||
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Nome completo | Aquiles Fernando Kupfer | |
Data de nascimento | 25 de dezembro de 1958 (65 anos) | |
Local de nascimento | Caçador, Santa Catarina, Brasil | |
Nacionalidade | brasileiro | |
Altura | 1,77 m | |
Pé | canhoto | |
Apelido | Cabinho | |
Informações profissionais | ||
Posição | centroavante | |
Clubes profissionais | ||
Anos | Clubes | Jogos e gol(o)s |
1978 1978 1979 1979 1980 1981–1982 1982–1985 1983 1986 1986 1986 1987 1987–1988 1988 1989–1989 1990 1991 1991–1992 1992 1993 1994 1995 |
Caçadorense Novo Hamburgo Caçadorense Velo Clube Palmeiras/Blumenau Velo Clube Paysandu Desportiva (empréstimo) Ponte Preta Ferroviário CSA Paysandu Portuguesa Tuna Luso (empréstimo) Pinheiros Paysandu Tuna Luso Ypiranga-RS Guarani-RS São Luiz-RS Brasil de Pelotas Atlético Hermann Aichinger |
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Seleção nacional | ||
1981 1987 |
São Paulo juvenil Pará |
2 (1) | ? (1)
Além de um jogador aguerrido e batalhador,[1] Cabinho, de 1,77 metros e 74 quilogramas quando jogador, tinha boa velocidade, firmeza nos cabeceios e um chute forte de perna esquerda.[3] Em 1987, foi o maior artilheiro estadual do Brasil, recuperando a imagem de quem não havia triunfado em clubes sulistas, declarando na ocasião que "o Sul não é nada do que a gente pensa. Às vezes, é melhor jogar numa grande equipe do Norte".[4]
Carreira
editarAntes do futebol paraense
editarNascido no estado de Santa Catarina,[1] sendo descendente de alemães,[3] Cabinho começou na Caçadorense, de sua cidade natal.[1] Estreou no time principal em 1978, marcando dois gols no campeonato catarinense daquele ano.[5] Rumou inicialmente ao Novo Hamburgo e em 1979, passou ao Velo Clube,[1] marcando um gol no campeonato paulista daquele ano pela equipe de Rio Claro.[5]
Cabinho voltou a seu Estado em 1980, quando defendeu o Blumenau - que na época ainda chamava-se Palmeiras, mudando de nome no decorrer do campeonato. Curiosamente, seu primeiro gol pelo novo time foi diante de um adversário chamado Paysandu, em derrota de 3–1 para o time de Brusque. Foram ao todo nove gols no estadual, incluindo em duelos contra Figueirense (um cada em dois empates em 1–1), Chapecoense (um em empate em 2–2) e o1utro em vitória por 3–0 sobre o campeão Joinville,[5] que naqueles anos emendaria um octacampeonato seguido na competição.[6]
Em 1981, o atacante voltou ao Velo Clube, disputando a segunda divisão estadual e chegando a integrar naquele ano a seleção paulista juvenil,[1] pela qual marcou um gol em vitória por 2–0 sobre a Coreia do Sul. Em seu retorno ao Velo, marcou em somente dois jogos;[5] mas terminou descoberto pelo Paysandu, em contratação considerada um "lance de muita sorte".[1] Dez dias após marcar seus últimos dois gols pelo Velo, ambos em vitória por 2–1 em amistoso com o Lemense em 8 de fevereiro de 1982, marcava seu primeiro gol pela equipe paraense, em pleno Brasileirão daquele ano.[5]
Primeira passagem pelo Paysandu
editarO clube alviazul procurava um substituto para o ídolo Chico Spina quando contratou Cabinho.[1] Ele marcou quatro gols no Brasileirão de 1982, entre 18 de fevereiro (vitória por 3–1 no América de Natal) e 20 de março (empate em 1–1 com o XV de Jaú).[5] Contudo, não evitou a eliminação na partida seguinte, em derrota para Sport na segunda fase de grupos - a equipe pernambucana avançou às oitavas-de-final.[carece de fontes]
O campeonato paraense daquele ano começou em julho.[7] Em amistosos preparatórios, Cabinho destacou-se especialmente por três gols em vitória por 4–2 sobre o Pinheirense. No estadual, foram treze gols, incluindo em dois clássicos com a Tuna Luso (um em vitória por 2–1 e o único de um 1–0) e outro em empate em 1–1 no Re-Pa,[5] no jogo de ida da finalíssima.[7] Cabinho foi o artilheiro do campeonato,[carece de fontes] mas não necessariamente o protagonista na visão da torcida e mídia, que considerou como maior destaque dos campeões o meio-campista Mesquita, retirado do rival Remo, onde era ídolo mas andava desmotivado.[7] Cabinho inclusive chegou a ser vaiado em parte da temporada.[8]
No ano de 1983, embora tenha chegado a marcar gol no campeão Flamengo pelo Brasileirão daquele ano,[5] Cabinho não foi tão bem. Marcou somente três gols pelo estadual daquele ano,[1] vencido pela Tuna Luso, que não era campeã havia treze anos.[9] O atacante só marcou em um clássico, em Re-Pa amistoso.[5] Chegou a ser emprestado à Desportiva Capixaba naquele ano.[3]
Já em 1984 o catarinense enfim retomou um bom desempenho com regularidade no "Papão". Foram 21 gols no vitorioso estadual de 1984, rendendo-lhe nova artilharia da competição.[1] O melhor jogador segundo a crônica esportiva local foi o colega Charles Guerreiro,[10] mas Cabinho foi melhor reconhecido, eleito o melhor centroavante.[1] Em contraste, desta vez o time é que era contestado, apesar do título; a equipe não apresentava um bom futebol, chegando a ser vaiada, em especial no primeiro turno - vencido pela Tuna após vitória cruzmaltina de 3–0 no clássico com o Paysandu. Os alviazuis, nessa fase do campeonato, já havia sido derrotados pelos tunantes por 2–1 (com Cabinho descontando) e também no Re-Pa, por 1–0.[10] Mas na segunda fase, a equipe evoluiu. Ganhou o primeiro jogo por 5–0, com Cabinho marcando duas vezes sobre o Tiradentes; o segundo por 6–0, sobre o Pinheirense, com outros três de Cabinho; e teve desempenho invicto nos clássicos, batendo o Remo por 2–1 (Cabinho marcou) e a Tuna duas vezes por 1–0 - na segunda, o resultado garantiu ao "Papão" o título do segundo turno, forçando uma finalíssima em jogo único com a Tuna. O único gol da ocasião foi de Cabinho, convertendo um pênalti.[10]
O bom desempenho foi mantido no estadual de 1985, com o "Papão" sofrendo somente uma derrota em 19 partidas, nas quais venceu quinze. Na campanha, ele chegou a marcar os três gols alviazuis em vitória por 3–2, sobre o Pinheirense, e outros quatro em 6–0 sobre a mesma equipe; além do único em vitória por 1–0 no clássico com a Tuna,[11] na época uma potência - além dos bons desempenhos domésticos, a rival foi campeã da segunda divisão brasileira daquele ano, façanha então inédita no futebol paraense.[12] O artilheiro do campeonato foi o remista Dadinho, com 18 gols, mas Cabinho marcou quinze,[11] prejudicado ao ausentar-se de muitas partidas em decorrência de uma lesão.[3]
O sucesso no Pará levou Cabinho de volta ao futebol paulista, contratado pela Ponte Preta.[13] Não chegou a marcar gols pela equipe de Campinas,[5] mas foi contratado a peso de ouro pelo Ferroviário, que buscava um substituto ao ídolo Luís Alberto Duarte dos Santos. Porém, não fez sucesso no Ceará, marcando um único gol em oito partidas,[13] e em derrota de 3–2 para o Icasa.[5] Depois, também esteve naquele ano no CSA,[carece de fontes] sem ter gols registrados pela equipe alagoana.[5]
Segunda passagem pelo Paysandu
editarSem a artilharia de Cabinho, o Paysandu vira o rival Remo ser campeão estadual de 1986 após seis anos de jejum.[14] A reação contratar, além do novato treinador Givanildo Oliveira, em seu primeiro trabalho no futebol paraense, o ídolo catarinense - e, curiosamente, Luís Alberto Duarte dos Santos, meia-armador de um trio ofensivo que Cabinho formou com Miguelzinho e a revelação Edil. O "Papão" foi campeão invicto, com Cabinho reestreando com bastante vigor: fez três gols na primeira rodada, em vitória de 4–0 sobre o Independente, enquanto na segunda fez os quatro gols alviazuis em um 4–1 sobre o Sport Belém.[15]
Na sequência, Cabinho também marcou em especial os três gols do "Papão" em um 3–1 no Izabelense (quinta rodada) e o segundo do 2–1 no clássico com a Tuna, ainda pelo primeiro turno. No segundo, destacou-se sobretudo no 4–2 sobre o Pinheirense (dois gols) e em novo duelo com a Tuna, vencido por 3–2 com um gol do centroavante.[15] Foram ao todo 24 gols, que deram a Cabinho, além de nova artilharia no campeonato, também a artilharia máxima naquele ano entre todos os estaduais do Brasil.[1]
Em 1987, Cabinho também estreou pela seleção paraense, que não era reunida havia nove anos. Esteve nas duas partidas contra o Amazonas pelo Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais. Cada equipe venceu a outra por 1–0 em casa, com Cabinho marcando o da vitória do Pará. Porém, no sorteio, os amazonenses terminaram favorecidos.[16] O bom desempenho do atacante o devolveu ao futebol paulista, contratado por 3 milhões de cruzados pela Portuguesa.[1]
Campeão pela Tuna Luso
editarCabinho não conseguiu se destacar na Portuguesa, não marcando nenhum gol pelos rubroverdes.[5] Em 1988, o time do Canindé emprestou o atacante de volta ao Pará, mas para defender a Tuna Luso, o clube local da colônia lusitana.[1] A "Águia" fez campanha brilhante, com uma só derrota em 25 partidas, concorrendo contra o próprio Paysandu pelo título, que não se encerraria em 1988: a disputa se estendeu aos tribunais da justiça desportiva e da justiça comum, e somente em dezembro de 1992 a Federação Paraense de Futebol homologou a conquista cruzmaltina.[17]
Na campanha, Cabinho marcou dez vezes,[1] três abaixo do colega Luís Carlos, que terminou na artilharia da competição.[17] Aquele título estadual, o décimo do clube, segue sendo o último dos tunantes na competição. Na campanha, Cabinho marcou tanto no clássico com o Remo (em 2–2) como contra o Paysandu (1–1).[18]
Após o título, ele voltou à Região Sul, para defender o Pinheiros antes da equipe curitibana originar o atual Paraná Clube.[carece de fontes]
Fim de carreira: Paysandu, Tuna e interior do Sul
editarCabinho voltou ao Paysandu em 1990, marcando dez vezes pelo estadual daquele ano,[1] em que reeditou o trio de 1987 com Miguelzinho e Edil, o artilheiro do campeonato, com três gols a mais. Na campanha, Cabinho marcou três vezes no clássico com a Tuna Luso, um em vitória por 2–1 e dois em triunfo de 3–0. Inicialmente, o "Papão" começou melhor naquela competição, chegando a vencer por 3–0 o Re-Pa, resultado rendeu a demissão do então técnico remista Armando Bracalli, substituído por Paulinho de Almeida.[19]
Posteriormente, o Remo venceria o segundo turno do estadual, mas o "Papão" venceu o terceiro, após um 0–0 no clássico. O regulamento previa então finais entre as duas equipes, com o Paysandu tendo o benefício de dois empates. Contudo, o rival reverteu a vantagem após vencer a primeira decisão por 1–0, em tarde na qual Cabinho terminou expulso. Na segunda, os azulinos seguraram o 0–0 e sagraram-se campeões, em agosto.[19]
Em 1991, Cabinho voltou à Tuna,[5] ausentando-se assim do título do Paysandu na segunda divisão brasileira de 1991, conquistado no primeiro semestre.[20] Como tunante, marcando seis vezes no estadual daquele ano, metade delas em vitória de 5–0 sobre o Pinheirense.[5] O torneio encerrou-se em novembro, com novo título do Remo.[21] Em março, os cruzmaltinos iniciaram a campanha campeã da terceira divisão brasileira de 1992, mas já sem o catarinense.[22]
Cabinho, ainda em 1991, migrou ao futebol do interior gaúcho, encerrando a carreira em 1995 após passar pelo Ypiranga de Erechim, o Guarani de Venâncio Aires, o São Luiz de Ijuí e o Brasil de Pelotas antes de parar de jogar em retorno a Santa Catarina, pelo Atlético Hermann Aichinger.[carece de fontes]
Após parar
editarCabinho tentou por cinco anos sedimentar carreira de técnico, mas desiludiu-se com o futebol, praticado apenas em recreação com amigos; atualmente, sustenta-se administrando um posto de combustíveis em trecho da BR-163 no Estado do Mato Grosso.[23]
O ex-jogador segue como quinto maior artilheiro do Paysandu, com 127 gols.[1] É o maior artilheiro desde a década de 1980: acima dele estão o recordista Bené (249, entre 1966 e 1974), Hélio (237, entre 1941 e 1953), Quarenta (208, entre 1927 e 1945) e Carlos Alberto "Urubu" (130, entre 1955 e 1964).[2] Seis dos seus gols foram no clássico Re-Pa.[24]
Títulos
editarPaysandu
editar- Campeonato Paraense: 1982, 1984, 1985 e 1987
Tuna Luso
editar- Campeonato Paraense: 1988
Individual
editar- Artilharia do Campeonato Paraense: 1982, 1984 e 1987
Referências
- ↑ a b c d e f g h i j k l m n o p q DA COSTA, Ferreira (2013). Cabinho - Fome de gol levou-o a artilheiro do Brasil. Gigantes do futebol paraense. Teresina: Halley S.A. Gráfica e Editora, pp. 72-73
- ↑ a b «Conheça os 15 maiores artilheiros do Papão». Campeão dos Campeões - Revista Oficial do Paysandu n. 15. Consultado em 19 de abril de 2018
- ↑ a b c d OLIVA, Getúlio (1 jan. 1986). Vale quanto pesa. Placar n.815. São Paulo: Editora Abril, p. 48
- ↑ OLIVA, Getúlio (14 set. 1987). O maior artilheiro dos Regionais. Placar n. 902. São Paulo: Editora Abril, p. 9
- ↑ a b c d e f g h i j k l m n o s. «Cabinho». Futebol 80. Consultado em 19 de abril de 2018
- ↑ CARDOSO, João Lucas; FLORES, Alessandra (30 de abril de 2015). «Por paixão ao Joinville e façanha, menino recebe nome de Jecmar Octa». Globo Esporte. Consultado em 19 de abril de 2018
- ↑ a b c DA COSTA, Ferreira (2013). 1982 - Paysandu tira Mesquita do Remo, que comanda a conquista do Tricampeão. Parazão Centenário. Teresina: Halley S.A. Gráfica e Editora, pp. 214-218
- ↑ LYNCH, Júlio (24 dez. 1982). Uma campanha gloriosa. Placar n. 657. São Paulo: Editora Abril, pp. 80-81
- ↑ DA COSTA, Ferreira (2013). 1983 - Tuna volta a reinar no futebol paraense, após 13 anos. Parazão Centenário. Teresina: Halley S.A. Gráfica e Editora, pp. 214-218
- ↑ a b c DA COSTA, Ferreira (2013). 1984 - Paysandu importa reforços de qualidade e levanta a taça. Parazão Centenário. Teresina: Halley S.A. Gráfica e Editora, pp. 224-228
- ↑ a b DA COSTA, Ferreira (2013). 1985 - Paysandu chega ao bicampeonato com 1 derrota em 19 partidas. Parazão Centenário. Teresina: Halley S.A. Gráfica e Editora, pp. 229-232
- ↑ DA COSTA, Ferreira (2013). Tuna conquista título inédito. Memorial Cruzmaltino. Belém: ArtGráfica, pp. 153-154
- ↑ a b «A MISSÃO QUASE IMPOSSÍVEL DO GOLEADOR CABINHO NO FERRÃO». 25 de março de 2015. Consultado em 19 de abril de 2018
- ↑ DA COSTA, Ferreira (2013). 1986 - Remo põe fim a jejum de 6 anos e comemora o título de campeão. Parazão Centenário. Teresina: Halley S.A. Gráfica e Editora, pp. 233-236
- ↑ a b DA COSTA, Ferreira (2013). 1987 - Paysandu traz Givanildo Oliveira e levanta o título invicto. Parazão Centenário. Teresina: Halley S.A. Gráfica e Editora, pp. 237-240
- ↑ DA COSTA, Ferreira (2013). A seleção do Pará através dos tempos. Gigantes do futebol paraense. Teresina: Halley S.A. Gráfica e Editora, pp. 306-331
- ↑ a b DA COSTA, Ferreira (2013). 1988 - Após uma longa briga na Justiça, Tuna é confirmada Campeã. Parazão Centenário. Teresina: Halley S.A. Gráfica e Editora, pp. 241-245
- ↑ DA COSTA, Ferreira (2013). 1988 - Somente uma derrota na conquista do décimo título da Tuna Luso. Memorial Cruzmaltino. Belém: ArtGráfica, pp. 114-121
- ↑ a b DA COSTA, Ferreira (2013). 1990 - Remo coloca a faixa de bicampeão, sob a batuta de Paulinho de Almeida. Parazão Centenário. Teresina: Halley S.A. Gráfica e Editora, pp. 251-255
- ↑ DA COSTA, Ferreira (2002). 1991 - Segunda Divisão - Campeão Brasileiro de Futebol. Papão - O Rei do Norte. Belém: Valmik Câmara, pp. 113-119
- ↑ DA COSTA, Ferreira (2013). 1991 - Remo traz o técnico Waldemar Carabina, que comanda a conquista do Tricampeonato. Parazão Centenário. Teresina: Halley S.A. Gráfica e Editora, pp. 256-259
- ↑ DA COSTA, Ferreira (2013). 1992 - Terceira Divisão - Campeã Brasileira. Memorial Cruzmaltino. Belém: ArtGráfica, pp. 175-178
- ↑ ARAÚJO, Glauco (16 de abril de 2013). «Um ex-jogador de futebol às margens da BR-163». G1. Consultado em 19 de abril de 2018
- ↑ DA COSTA, Ferreira (2015). Fatos e Personagens do Re-Pa. Remo x Paysandu - Uma "Guerra" Centenária. Belém: Valmik Câmara, pp. 216-220