Bancada feminina
A bancada feminina é um grupo de parlamentares de representação feminina.[1]
Em 2010, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) promoveu uma reforma na lei, tornando obrigatória 30% a proporção mínima de participação das mulheres, mas os partidos políticos alegam dificuldades em atrair as mulheres para seus quadros.[carece de fontes]
Sem o devido apoio, a proporção de candidatas efetivamente eleitas é baixa. Em 2010, a relação de candidatas à Câmara Federal e às Assembleias Legislativas e aquelas efetivamente eleitas foi de 4,9%.[2] Criada em 2003, a Secretaria de Políticas para as Mulheres reuniu os esforços para ampliar a participação feminina nos cargos públicos no Fórum Nacional de Instâncias de Mulheres de Partidos Políticos.[3]
História
editarA luta das mulheres pelo espaço na política é antiga. Ainda no período do Império, em 1880, a dentista Isabel de Mattos Dillon evocou na Justiça a Lei Saraiva (que permitia aos detentores de títulos científicos votar) para requerer seu alistamento eleitoral.[4]
Nos anos seguintes, surgiram várias iniciativas isoladas para permitir o voto feminino. Em 1894, Santos, no litoral paulista, promulga o direito das mulheres ao voto. A medida foi derrubada no ano seguinte. Em 1905, três mulheres conseguiram se alistar e votar em Minas Gerais.[4]
Em 1928, o Brasil elege sua primeira prefeita: Alzira Soriano de Souza,[5] na cidade Lages, no Rio Grande do Norte.[4] O voto feminino só se tornou um direito nacional em 1932.[6]
Aos poucos, as mulheres foram conquistando cargos que, até então, eram exclusividade masculina. Em 1933, a médica paulista Carlota de Queirós é eleita a primeira deputada federal do País. “Cabe-me a honra, com a minha simples presença aqui, de deixar escrito um capítulo novo para a história do Brasil: o da colaboração feminina para a história do País”, disse em seu primeiro pronunciamento na Câmara em 13 de março de 1934.[carece de fontes]
Em 1988 é eleita Luiza Erundina a primeira prefeita da cidade de São Paulo e hoje[quando?] é deputada federal e integrante da bancada feminina.[carece de fontes]
O Senado só elegeu suas primeiras parlamentares em 1990. Júnia Marise (Minas Gerais) e Marluce Pinto (Roraima) foram as primeiras senadoras eleitas do Brasil. Em 1994, Roseana Sarney é a primeira mulher escolhida pelo voto popular para chefiar um estado, o Maranhão.[7]
Em 2011, as brasileiras obtiveram grandes conquistas. E no Parlamento, foram eleitas as primeiras vice-presidentes da Câmara dos Deputado (Rose de Freitas, do Espírito Santo) e do Senado (Marta Suplicy, de São Paulo).[carece de fontes]
Composição atual
editarA Bancada Feminina do Senado Federal é composta pelas seguintes Senadoras na 57.ª e atual legislatura do Congresso Nacional do Brasil:[8]
Ver também
editarReferências
- ↑ «www.cfemea.org.br/images/stories/pdf/eleicoes2014_analise_eleitos.pdf» (PDF). www.cfemea.org.br. Consultado em 28 de junho de 2015
- ↑ «Progresso da Mulheres no Brasil 2003-2010» (PDF)
- ↑ «Fórum Nacional de Instâncias de Mulheres de Partidos Políticos reúne-se na SPM nesta terça». Secretaria de Políticas para as Mulheres. Consultado em 28 de junho de 2015
- ↑ a b c «Memória Política: A luta das mulheres por espaço na política brasileira». Blog do Marcelo Sereno. Consultado em 28 de junho de 2015
- ↑ «Conheça Alzira Soriano, a primeira mulher prefeita da América Latina». Consultado em 28 de junho de 2015
- ↑ «A conquista do voto feminino, em 1932». GGN - O jornal de todos os brasis. Consultado em 28 de junho de 2015
- ↑ «Conheça a história das primeiras mulheres eleitas no Brasil – História sem Fim». Superinteressante. Consultado em 28 de junho de 2015
- ↑ «Bancada Feminina do Senado». Senado Federal. Consultado em 23 de maio de 2023