Eleições estaduais em Mato Grosso em 2014
As eleições estaduais em Mato Grosso em 2014 aconteceram em 5 de outubro como parte das eleições gerais em 26 estados e no Distrito Federal. Foram escolhidos o governador Pedro Taques, o vice-governador Carlos Fávaro, o senador Wellington Fagundes, além de oito deputados federais e vinte e quatro estaduais num pleito decidido logo em primeiro turno.[1]
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5 de outubro de 2014 (Decisão em primeiro turno) | ||||
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Candidato | Pedro Taques | Lúdio Cabral | ||
Partido | PDT | PT | ||
Natural de | Cuiabá, MT | Rio Verde, GO | ||
Vice | Carlos Fávaro | Tetê Bezerra | ||
Votos | 833.788 | 472.507 | ||
Porcentagem | 57,25% | 32,45% | ||
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Candidato mais votado por município no 1º turno (141): Pedro Taques (122) Lúdio Cabral (13) Janete Riva (6)
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Titular Eleito | ||||
Nascido em Cuiabá e graduado na Universidade de Taubaté, Pedro Taques é o quinto político natural da cidade a ser escolhido para o Palácio Paiaguás desde o fim da Segunda Guerra Mundial e o primeiro eleito através do PDT desde Dante de Oliveira em 1994.[1] Foi procurador da República durante quinze anos e nessa função investigou Jader Barbalho por conta de irregularidades na Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM) e atuou em casos de repercussão em Mato Grosso[2] e pediu exoneração do Ministério Público Federal a fim de iniciar carreira política sendo eleito senador em 2010 e em 2014 foi eleito governador de Mato Grosso.[nota 1][nota 2]
Para vice-governador foi vitorioso o produtor rural Carlos Fávaro, presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado.
A vitória da coligação de Pedro Taques ao governo estadual não impediu o êxito da chapa adversária na eleição para senador e nisso a vitória foi de Wellington Fagundes, veterinário formado em 1980 pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.[3] Nascido em Rondonópolis ele ingressou no PDS onde permaneceu cinco anos e após mudar para o PDT e PSDB entrou no PL onde militou até a extinção da legenda. Presidente da Associação Comercial e Industrial de Rondonópolis durante três anos a partir de 1982 e secretário Municipal de Planejamento do prefeito Hermínio Barreto, elegeu-se deputado federal em 1990, 1994, 1998, 2002, 2006 e 2010 tornando-se o recordista de mandatos por Mato Grosso, estado que agora representante no Senado Federal como integrante da bancada do PR.[4][nota 3]
Resultado da eleição para governador
editarCom informações oriundas do Tribunal Superior Eleitoral.[1]
Candidatos a governador do estado | Candidatos a vice-governador | Número | Coligação | Votação | Percentual |
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Pedro Taques PDT |
Carlos Fávaro PP |
(PDT, PP, PSDB, DEM, PSB, PTB, PRB, PPS, PSC, PV, PSDC, PRP, PSL) |
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Lúdio Cabral PT |
Tetê Bezerra PMDB |
(PT, PMDB, PR, PCdoB, PROS, PPL, PTdoB) |
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Janete Riva[nota 4] PSD |
Aray Fonseca PSD |
(PSD, SD, PEN, PRTB, PTC, PTN) |
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José Roberto Cavalcante PSOL |
Marco Natale PSOL |
Resultado da eleição para senador
editarCom informações oriundas do Tribunal Superior Eleitoral.[1]
Candidatos a senador da República | Candidatos a suplente de senador | Número | Coligação | Votação | Percentual |
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Wellington Fagundes PR |
Jorge Yanai PMDB Manoel Motta PCdoB |
(PT, PMDB, PR, PCdoB, PROS, PPL) |
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Rogério Salles PSDB |
Antônio Donizete Aguilera PTB Eduardo Alves de Moura PPS |
(PDT, PP, PSDB, DEM, PSB, PTB, PRB, PPS, PSC, PV, PSDC, PRP, PSL) |
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Rui Prado PSD |
Manoel de Souza SD Paulo Gasparoto PSD |
(PSD, SD, PEN, PRTB, PTC, PTN) |
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Gilberto Lopes Filho PSOL |
Jeová Caetano Júnior PSOL Gilberto Lopes PSOL |
Deputados federais eleitos
editarSão relacionados os candidatos eleitos com informações complementares da Câmara dos Deputados.[5][6]
Número | Deputados federais eleitos | Partido | Votação | Percentual | Cidade onde nasceu | Unidade federativa |
4500 | Nilson Leitão | PSDB | 127.749 | 8,78% | Cassilândia | Mato Grosso do Sul |
4045 | Adilton Sachetti | PSB | 112.722 | 7,75% | Nova Veneza | Santa Catarina |
4010 | Fábio Garcia | PSB | 104.976 | 7,22% | Brasília | Distrito Federal |
1313 | Ságuas Moraes | PT | 97.858 | 6,73% | Mineiros | Goiás |
1515 | Carlos Bezerra | PMDB | 95.739 | 6,58% | Chapada dos Guimarães | Mato Grosso |
1111 | Ezequiel Fonseca | PP | 90.888 | 6,25% | Santa Albertina | São Paulo |
2020 | Victório Galli | PSC | 64.691 | 4,45% | Rosana | São Paulo |
9090 | Valtenir Pereira | PROS | 62.923 | 4,33% | Jaciara | Mato Grosso |
Deputados estaduais eleitos
editarEstavam em jogo 24 cadeiras na Assembleia Legislativa de Mato Grosso.[1]
Número | Deputados estaduais eleitos | Partido | Votação | Percentual | Cidade onde nasceu | Unidade federativa |
22040 | Mauro Savi | PR | 55.233 | 3,72% | Medianeira | Paraná |
55123 | Janaína Riva | PSD | 48.171 | 3,25% | Juara | Mato Grosso |
22022 | Eng° Sebastião Machado Rezende | PR | 45.016 | 3,03% | Rondonópolis | Mato Grosso |
15200 | Baiano Filho | PMDB | 43.042 | 2,90% | Dracena | São Paulo |
15151 | Romoaldo Boraczynski Jr | PMDB | 41.764 | 2,81% | Paranavaí | Paraná |
40650 | Eduardo Botelho | PSB | 40.517 | 2,73% | Nossa Senhora do Livramento | Mato Grosso |
22345 | Ondanir Bortolini (Nininho) | PR | 40.105 | 2,70% | Santo Antônio do Sudoeste | Paraná |
25125 | Dilmar Dal Bosco | DEM | 38.290 | 2,58% | Galvão | Santa Catarina |
12345 | Zeca Viana | PDT | 35.300 | 2,38% | Francisco Beltrão | Paraná |
12612 | Dr. Leonardo Ribeiro | PDT | 34.753 | 2,34% | Santa Helena de Goiás | Goiás |
22007 | Emanuel Pinheiro | PR | 34.344 | 2,31% | Cuiabá | Mato Grosso |
55055 | Walter Rabello | PSD | 27.232 | 1,83% | São Paulo | São Paulo |
22999 | Wagner Ramos | PR | 26.484 | 1,78% | São Paulo | São Paulo |
45000 | Guilherme Maluf | PSDB | 24.642 | 1,66% | Cuiabá | Mato Grosso |
55456 | Zé Domingos | PSD | 21.121 | 1,42% | Nortelândia | Mato Grosso |
40000 | Max Russi | PSB | 20.690 | 1,39% | Salto do Lontra | Paraná |
45100 | Wilson Santos | PSDB | 20.562 | 1,39% | Dracena | São Paulo |
40300 | Oscar Bezerra | PSB | 20.390 | 1,37% | Cuiabá | Mato Grosso |
55163 | Pedro Satélite | PSD | 20.120 | 1,36% | Dionísio Cerqueira | Santa Catarina |
43333 | Wancley Carvalho | PV | 19.639 | 1,32% | Fátima do Sul | Mato Grosso do Sul |
43190 | Coronel Pery Taborelli | PV | 18.526 | 1,25% | Cuiabá | Mato Grosso |
77000 | Zé Carlos do Pátio | SD | 17.431 | 1,17% | Londrina | Paraná |
45222 | Saturnino Masson | PSDB | 16.262 | 1,10% | Tanabi | São Paulo |
15123 | Silvano Amaral | PMDB | 15.310 | 1,03% | Euclides da Cunha Paulista | São Paulo |
Notas
- ↑ Comandado por governadores biônicos nos anos 1970, Mato Grosso realizou quatorze eleições diretas para o Palácio Paiaguás após o Estado Novo e o único a se eleger com menos da metade dos votos válidos foi Fernando Correia da Costa ao obter o segundo mandato em 1960, ou seja, o mecanismo da eleição em dois turnos previsto na Constituição de 1988 jamais foi aplicado nas disputas para o governo do estado.
- ↑ Ainda sobre a Câmara Alta do Parlamento, o mandato de Pedro Taques será destinado a José Medeiros (PPS).
- ↑ Graças aos eleitores mato-grossenses a vitória de Wellington Fagundes aumentou o número de ex-governadores mato-grossenses que já foram derrotados ao buscar um mandato de senador, relação esta que contém os nomes de Arnaldo Figueiredo, João Ponce de Arruda, José Garcia Neto, Carlos Bezerra, Dante de Oliveira e Rogério Sales, este derrotado pela segunda vez.
- ↑ Substituiu o marido, José Riva, que teve a candidatura indeferida.
Referências
- ↑ a b c d e f g «Banco de dados do Tribunal Superior Eleitoral». Consultado em 8 de outubro de 2014
- ↑ «Pedro Taques, do PDT, é eleito governador de Mato Grosso (g1.com)». Consultado em 7 de outubro de 2014
- ↑ «Câmara dos Deputados do Brasil: deputado Wellington Fagundes». Consultado em 8 de outubro de 2014
- ↑ «Senado Federal do Brasil: senador Wellington Fagundes». Consultado em 2 de maio de 2018
- ↑ «Página oficial da Câmara dos Deputados». Consultado em 8 de outubro de 2014. Arquivado do original em 2 de outubro de 2013
- ↑ BRASIL. Presidência da República. «Lei n.º 9.504 de 30/09/1997». Consultado em 8 de outubro de 2014