Fábio Garcia
Fábio Paulino Garcia (Brasília, 29 de junho de 1977) é um empresário, engenheiro civil e político brasileiro, filiado ao União Brasil (UNIÃO). Deputado federal, ele está licenciado do mandato e ocupa o cargo de secretário-chefe da Casa Civil de Mato Grosso. Garcia também é o primeiro suplente do senador Jayme Campos e exerceu seu mandato temporário de Senador da República por Mato Grosso.
Fábio Garcia | |
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Secretário-chefe da Casa Civil de Mato Grosso | |
Período | 10 de julho de 2023 até o momento. |
Deputado federal por Mato Grosso | |
Período | 1 de fevereiro de 2023 até o momento. 1 de fevereiro de 2015 |
Secretário de Governo de Cuiabá | |
Período | 1 de janeiro de 2013 a 5 de abril de 2014[1] |
Prefeito | Mauro Mendes[2] |
Dados pessoais | |
Nome completo | Fábio Paulino Garcia[3] |
Nascimento | 29 de junho de 1977 (47 anos)[3] Brasília, DF[3] |
Nacionalidade | brasileiro |
Alma mater | Pontifícia Universidade Católica de Campinas Universidade Harvard[3] |
Partido | PSB (2009-2018) DEM (2018-2022) UNIÃO (2022-presente) |
Profissão | Engenheiro civil[3] |
Família e educação
editarGarcia é filho do empreiteiro Robério Garcia e de Laura Paulino Garcia.[4] Seu avô García Neto foi prefeito de Cuiabá e governador de Mato Grosso.[4] Garcia é casado com Marcella Marchett, com quem tem duas filhas.
Em 1998, Garcia graduou-se em Engenharia Civil pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Entre 1999 e 2000, cursou pós-graduação em Finanças e Administração de Empresas na Universidade Harvard.[3]
Garcia iniciou sua carreira profissional como analista de investimentos na Enron Corporation em Houston -Tx. Em 2004 se tornou gerente de desenvolvimento de novos negócios para Abengoa em Madri, Espanha. Garcia retornou ao Brasil em 2006 e ocupou o cargo de CEO das multinacionais Pantanal Energia, Gás Ocidente de Mato Grosso e Gás Oriente Boliviano.[3]
Também foi diretor da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (FIEMT), de 2006 a 2012, e Presidente do Sindicato de Energia do Estado de Mato Grosso, durante os anos de 2010 a 2012.
Garcia declarou à Justiça Eleitoral em 2014 possuir um patrimônio de R$ 3,492 milhões.[8] O valor reduziu para R$ 2,983 milhões em 2018.[9] Em 2022, ele declarou um patrimônio de R$ 4,131 milhões.
Carreira política
editarEm 2013, Garcia foi designado secretário de governo de Cuiabá pelo prefeito Mauro Mendes.[2] Deixou o cargo em 2014, para concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB).[5] Em outubro, foi eleito o terceiro deputado federal mais votado do estado naquela eleição, com 104.976 votos, ou 7,22% dos votos válidos.[6]
Durante a 55.ª Legislatura, Garcia foi titular das comissões de Minas e Energia, de Turismo e de Constituição e Justiça e de Cidadania.[1] Em 2016, votou a favor do processo de impeachment de Dilma Rousseff.[7] Em 2017, votou pela aprovação da PEC do Teto dos Gastos Públicos e da Reforma Trabalhista.[8] No mesmo ano, foi contrário à abertura de inquérito para investigar o presidente Michel Temer.[9]
Em 2017, o conselho de ética recomendou a expulsão de Garcia do partido, por desacordo político.[10][11] Em outubro, deixou o PSB, juntamente com os deputados Danilo Forte (CE), Adilton Sachetti (MT) e Tereza Cristina (MS), além do ministro Fernando Coelho Filho.[12] Em dezembro, filiou-se ao Democratas (DEM).[13]
Em 2018, Garcia não concorreu a um segundo mandato como deputado federal. Em vez disso, optou por ser candidato a primeiro suplente do senador Jayme Campos.[14] Na votação de outubro, a chapa foi eleita com 490.699 votos, o que representou 17,82% dos votos válidos.[15] Após a eleição, descartou integrar o governo de Mendes para cuidar das empresas de sua família.[16] Também se manteve como presidente do DEM-MT.[17]
Em 6 de abril de 2022, Fábio Garcia foi empossado senador da República pelo Mato Grosso, por conta do afastamento temporário do titular do cargo, senador Jayme Campos.[5][6] No Senado, teve uma atuação destacada e conseguiu a aprovação de dois importantes projetos de lei de sua autoria, se destacando nacionalmente por fazer dois feitos importantes em apenas 100 dias como senador da República.
O primeiro, de autoria de Garcia, assegurou a devolução, por parte das empresas distribuidoras de energia elétrica, de valores cobrados a mais dos consumidores. A nova lei garantiu a redução no valor pago na conta de energia elétrica por cada cidadão brasileiro.
O segundo, relatado por Fábio Garcia, possibilitou a redução no preço do etanol pago pelo consumidor e trouxe melhores condições para a indústria do setor. Além disso, assegurou a continuidade do desenvolvimento da cadeia dos biocombustíveis, que geram energia limpa e renovável.
Nas eleições de 2022, Fábio Garcia foi candidato a deputado federal pelo União Brasil, sendo eleito como o mais votado de Mato Grosso. Ele recebeu 98.704 votos.
Em 7 de julho de 2023, Garcia se licenciou do cargo de deputado federal, que passou a ser ocupado pela deputada Gisela Simona, primeira suplente do União Brasil. Em 10 de julho, ele assumiu o comando da Casa Civil de Mato Grosso, em substituição a Mauro Carvalho, que passou a ocupar uma vaga no Senado.
Em 19 de janeiro de 2024, Mauro Carvalho anunciou durante coletiva de imprensa no Palácio Paiaguás que retornaria à iniciativa privada e, portanto, Fábio Garcia assumiria a Casa Civil em definitivo. Tendo a continuidade de sua licença na Câmara dos Deputados, fazendo com que a deputada Gisela Simona continue exercendo seu mandato até o momento.
Referências
- ↑ a b c «FABIO GARCIA». Câmara dos Deputados do Brasil. 2019. Consultado em 26 de julho de 2020
- ↑ a b «Mauro Mendes toma posse no cargo de prefeito de Cuiabá». Partido Socialista Brasileiro. 7 de janeiro de 2013. Consultado em 26 de julho de 2020
- ↑ a b c d e f g «Projeto de decreto nº 003/2017» (PDF). Câmara Municipal de General Carneiro. 13 de março de 2017. Consultado em 26 de julho de 2020
- ↑ a b «Candidato não diz que é filho de empreiteiro que mais 'abocanha' no governo». Repórter MT. 27 de junho de 2014. Consultado em 26 de julho de 2020
- ↑ «PSB homologa candidatura de Fabio Garcia a deputado federal». Gazeta MT. 28 de junho de 2014. Consultado em 26 de julho de 2020
- ↑ «Eleições 2014: apuração dos votos em MT». G1. 2014. Consultado em 26 de julho de 2020
- ↑ «Impeachment de Dilma: saiba como votou cada um dos partidos na Câmara». Agência Brasil. 18 de abril de 2016. Consultado em 26 de julho de 2020
- ↑ «Veja como deputados votaram no impeachment de Dilma, na PEC 241, na reforma trabalhista e na denúncia contra Temer». G1. 2 de agosto de 2017. Consultado em 26 de julho de 2020
- ↑ «Como votou cada deputado sobre a denúncia contra Temer». Carta Capital. 3 de agosto de 2017. Consultado em 26 de julho de 2020
- ↑ «Conselho de Ética do PSB recomenda expulsão de Fábio Garcia». Gazeta Digital. 14 de outubro de 2017. Consultado em 26 de julho de 2020
- ↑ «Juiz suspende expulsão de Fábio Garcia do PSB». Metrópoles. Livre. 16 de outubro de 2017. Consultado em 26 de julho de 2020
- ↑ Fernando Calgaro (24 de outubro de 2017). «Quatro deputados do PSB aliados do Planalto pedem desfiliação do partido». G1. Consultado em 26 de julho de 2020
- ↑ «Fábio Garcia filia-se ao Democratas em evento em Brasília». Gazeta Digital. 14 de dezembro de 2017. Consultado em 26 de julho de 2020
- ↑ Chico Ferreira (3 de agosto de 2018). «Fábio Garcia recua de reeleição para ser suplente de Jayme ao Senado». Gazeta Digital. Consultado em 26 de julho de 2020
- ↑ «Eleições 2018: apuração Mato Grosso». Uol. 2018. Consultado em 26 de julho de 2020
- ↑ Mikhail Favalessa (4 de dezembro de 2018). «Fabio Garcia descarta secretaria de Mauro para cuidar de empresas». Repórter MT. Consultado em 26 de julho de 2020
- ↑ Gabriela Galvão (4 de dezembro de 2018). «Fábio Garcia anuncia que não será secretário de Mendes». Livre. Consultado em 26 de julho de 2020