Estação Cardoso de Moraes (Viúva Garcia)
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Estação Cardoso de Moraes (Viúva Garcia) é uma estação do sistema BRT (Bus Rapid Transit) Transcarioca, da Cidade do Rio de Janeiro.
A Estação
editarCardoso de Morais (Viuva Garcia) | ||||||||||||||||||||||
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Administração | BRT Rio | |||||||||||||||||||||
Linha | BRT TransCarioca | |||||||||||||||||||||
Serviços | Integração Linha Saracuruna | |||||||||||||||||||||
Informações históricas | ||||||||||||||||||||||
Inauguração | 4 de outubro de 2014 (10 anos) [1] | |||||||||||||||||||||
Localização | ||||||||||||||||||||||
Localização da estação Cardoso de Morais (Viúva Garcia) | ||||||||||||||||||||||
Próxima estação | ||||||||||||||||||||||
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Construída em 2014 na esquina da Rua Cardoso de Morais e Travessa Viuva Garcia no bairro de Ramos para atender ao BRT Transcarioca, foi batizada com os nomes das ruas com que se conecta. Foi uma das ultimas do sistema a serem inauguradas,[2] pois o trecho em Ramos foi o ultimo da obra a ser concluído.
Não prevista no projeto original, sua construção foi resultado de uma complexa história envolvendo o trajeto e seus impactos.
História da Estação
editarProjeto Original do Transcarioca
editarConcebido originalmente como Corredor T5,[3] as Estações entre a Penha e o Aeroporto do Galeão não eram previstas originalmente, dentre as quais as que ficariam em Olaria, Ramos, Maré e Fundão. O motivo da extensão do Corredor T5 até o Aeroporto do Galeão, cruzando os bairros da Zona da Leopoldina, foi divulgado como a necessidade de ligação do mesmo à um transporte de massa da Cidade do Rio de Janeiro que estava sendo criado: o BRT Transcarioca.
1ª versão
editarSem licenciamento ambiental prévio, o não previsto lote denominado 2 (Penha - Aeroporto do Galeão na Ilha do Governador) passou a ser tratado como subprojeto do corredor Transcarioca.[4] Minimamente o desenho do projeto do lote teve que ser definido para assegurar a emissão e aprovação de um Relatório Ambiental Simplificado em conformidade a Lei Estadual n° 1.356, de 3 de outubro de 1988, e sem contar com o mesmo prazo para estudos do lote 1 (Barra da Tijuca - Penha) que começou a ser planejado na década de 80 do século passado,[5] este desenho do projeto foi elaborado rapidamente.
Em sua primeira proposta, a opção foi pelo trajeto praticamente em linha reta, com um viaduto próximo a Estação de trens Olaria e seguiria pela Estrada Engenho da Pedra até um viaduto que seria construído sobre a Av. Brasil em direção ao Aeroporto do Galeão, desapropriando cerca de 600 imóveis predominantemente residenciais, o que gerou uma onda de protestos dos moradores de Olaria [6] e uma decisão do INEA,[7][8][9] que acabou resultando na alteração do trajeto e um novo desenho.
2ª versão
editarO novo trajeto previa outras desapropriações, já que em opção a Estrada Engenho da Pedra, utilizaria-se a Rua Vassalo Caruso, Rua Uranos, ligada através de um viaduto com a Rua Emilio Zaluar e Av. dos Campeões até uma nova proposta de viaduto sobre a Av. Brasil, em direção ao Aeroporto do Galeão. Este novo trajeto atingiria com demolições uma área comercial do bairro de Ramos, que além de ter imóveis tombados e uma tradicional instituição de ensino da região, o Colégio Pio XI , impactaria em pelo menos 1000 empregos diretos no bairro.[10] Uma outra onda de protestos foi gerada para que o trajeto voltasse a ser pela Estrada do Engenho da Pedra.
3ª versão
editarO projeto final que criou esta Estação do BRT foi definido considerando a paralelização ao Ramal Saracuruna da Supervia através da Rua Vassalo Caruso,[11] com um viaduto batizado como Renatinho Partideiro sobre a Estação de trens de Ramos e inevitáveis desapropriações [12] nas ruas que batizam a Estação, feita em uma curva na descida do viaduto para conexão posterior a Rua Emilio Zaluar, Av dos Campeões até o viaduto na Av. Brasil. Desta vez, com o prazo da Copa do Mundo 2014 eminente,[13][14] a divulgação do traçado definitivo não foi clara até a efetiva construção.
Resultados
editarCom dois projetos rejeitados pela população, o terceiro trajeto acabou criando esta estação desconexa a estrutura da Supervia, mesmo com um pleito feito pela população de conexão entre os modais.[15]
Como este projeto final também não foi previamente analisado, seus impactos[16][17] acabaram se tornando um caso de estudo para a ONG ITDP Brasil, que identificou a necessidade de várias correções e melhorias do entorno da estação. [18]
Outra consequência que ganhou destaque na mídia sobre esta Estação foi a perda de área pública de lazer no local onde foi colocada a estação,[19] em consonância ao que a obra fez em todo o trajeto no bairro de Ramos,[20] o que contradisse o Relatório Ambiental Simplificado do Trecho 2 do BRT Transcarioca, onde a Secretaria Municipal de Obras afirma que no bairro de implantação desta Estação o número de praças e parques era insuficientes para a população local.[21]
Através de denúncia, tanto o Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro quanto o ex-Secretario Municipal de Obras da gestão Eduardo Paes foram implicados em escândalos[22][23] envolvendo a construção do Lote 2 deste corredor de ônibus. O Lote 2 foi exatamente este que ganhou várias versões que não zelaram pelo disposto no Relatório Ambiental e na Lei Orgânica Do Município.
Referências
- ↑ «A partir do próximo sábado, BRT TransCarioca passa a operar com todas as estações». O Globo.com. 30 de setembro de 2014. Consultado em 5 de outubro de 2014
- ↑ «No 1º dia útil, estações novas do BRT Transcarioca têm pouco movimento». 6 de outubro de 2014. Consultado em 14 de julho de 2016
- ↑ «Portal da Transparência - Copa 2014». www.portaltransparencia.gov.br. Consultado em 24 de junho de 2016
- ↑ [1] TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO TC 015.235/2011-4 16 ACÓRDÃO Nº 575/2013 – TCU – Plenário
- ↑ «Paes inicia trabalhos para ônibus articulados entre Barra e Penha». Consultado em 24 de junho de 2016
- ↑ «Prefeitura altera rota da Transcarioca». Consultado em 24 de junho de 2016
- ↑ «Mudanças em traçados de BRTs reduzem número de desapropriações». Consultado em 24 de junho de 2016
- ↑ «Menos 400 imóveis removidos para construção de Transcarioca - O Dia». Consultado em 24 de junho de 2016
- ↑ «Inea pede à prefeitura mudanças no traçado da Transcarioca». 5 de outubro de 2011. Consultado em 24 de junho de 2016
- ↑ «'Não deixe o nosso bairro morrer', apelam moradores de Ramos». Consultado em 24 de junho de 2016
- ↑ «Moradores reclamam de obras inacabadas em passarelas no Rio - Rio de Janeiro - R7 Balanço Geral RJ». noticias.r7.com. Consultado em 19 de setembro de 2016
- ↑ «Decreto nº. 36930 de 21 de março de 2013». www.ademi.org.br. Consultado em 24 de junho de 2016
- ↑ «Transcarioca atrasa e só será entregue às vésperas da Copa - Rio - O Dia». Consultado em 24 de junho de 2016
- ↑ «Prefeitura abre BRT em cima do laço - O Dia 24 Horas - O Dia». Consultado em 24 de junho de 2016
- ↑ «Estação da Transcarioca em Ramos coligada a Estação da super via». Consultado em 24 de junho de 2016
- ↑ «Entorno da Transcarioca tem falhas urbanísticas e gambiarras». Consultado em 9 de setembro de 2016
- ↑ «SBT Rio». SBT - Sistema Brasileiro de Televisão. Consultado em 19 de setembro de 2016
- ↑ «Ruas completas ao longo do Transcarioca: oficina de desenho e segurança viária». itdpbrasil.org.br. Consultado em 24 de junho de 2016
- ↑ «Moradores de Ramos, na Zona Norte do Rio, ficam sem área de lazer após obras do BRT». Consultado em 24 de junho de 2016
- ↑ «Com praças inutilizadas, moradores de Ramos ficam sem opções de lazer». Consultado em 24 de junho de 2016
- ↑ Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro (2011). RAS TRANSCARIOCA Etapa 2. Rio de Janeiro: Pois é Editora
- ↑ «Obra investigada na Operação Rio 40 graus custou R$ 700 milhões a mais que previsto». G1
- ↑ Dia, O (3 de agosto de 2017). «Ex-secretário de obras recebia propina perto de canteiro de obras, diz MPF». O Dia - Rio De Janeiro