Grafo de Petersen
No campo da matemática da teoria dos grafos o grafo de Petersen é um grafo não-orientado com 10 vértices e 15 arestas. É um pequeno grafo que serve como um exemplo útil e contra-exemplo para muitos problemas em teoria dos grafos. O grafo de Petersen é nomeado em honra a Julius Petersen, que em 1898 construiu o menor grafo cúbico sem ponte cujas arestas não podem ser coloridas com somente três cores[1]. Embora o grafo seja geralmente creditado a Petersen, ele tinha, de facto, aparecido pela primeira vez 12 anos antes, em 1886[2].
Grafo de Petersen | |
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O gráfico de Petersen é mais comumente desenhado como um pentágono com um pentagrama no interior, com cinco raios | |
Nomeado em honra a | Julius Petersen |
vértices | 10 |
arestas | 15 |
Raio | 2 |
Diâmetro | 2 |
Cintura | 5 |
Automorfismos | 120 (S5) |
Número cromático | 3 |
Índice cromático | 4 |
Propriedades | Cúbico grafo fortemente regular distância-transitivo |
Donald Knuth afirma que o grafo de Petersen é "uma configuração notável que serve como um contra-exemplo para muitas previsões otimistas sobre o que poderia ser verdade para os grafos em geral."[3]
Construções
editarO grafo de Petersen é o complementar do grafo linha de . É também o grafo Kneser ; isso significa que ele tem um vértice para cada subconjunto de dois elementos de um conjunto de 5 elementos, e dois vértices são conectados por uma aresta se e somente se os correspondentes subconjuntos de dois elementos são disjuntos entre si. Como um grafo de Kneser da forma é um exemplo de um grafo ímpar.
Geometricamente, o grafo de Petersen é o grafo formado pelos vértices e arestas do hemi-dodecaedro, ou seja, um dodecaedro com os pontos opostos, linhas e faces identificadas em conjunto.
Incorporações
editarO grafo de Petersen é não-planar. Qualquer grafo não planar tem como menores tanto o grafo completo , quanto o grafo bipartido completo , mas o grafo de Petersen tem ambos os menores. O menor pode ser formado restringindo-se as arestas de um acoplamento perfeito, por exemplo as cinco arestas curtas na primeira figura. O menor pode ser formado se deletando um vértice (por exemplo, o vértice central do desenho do 3-simétrico) e contratando uma aresta incidente para cada vizinho do vértice que foi excluído.
O mais comum e simétrico desenho do plano do grafo de Petersen, como um pentagrama dentro de um pentágono, tem cinco cruzamentos. No entanto, este não é o melhor desenho que minimiza os cruzamentos; existe um outro desenho (mostrado na figura), com apenas dois cruzamentos. Assim, o grafo de Petersen tem número de cruzamento 2. Em um toro o grafo de Petersen pode ser desenhado sem cruzamentos de arestas; tem, portanto, gênero orientável 1.
O grafo de Petersen também pode ser desenhado (com cruzamentos) no plano de tal forma que todas as arestas tenham o mesmo comprimento. Ou seja, ele é um grafo distância-unidade.
A mais simples superfície não orientável em que o grafo de Petersen pode ser incorporado sem cruzamentos é o plano projetivo. Esta é a incorporação dada pela construção em hemi-dodecaedro do grafo de Petersen. A incorporação no plano projetivo também pode ser formada a partir do desenho padrão pentagonal do gráfico Petersen, colocando uma superfície cross-cap dentro da estrela de cinco pontas no centro do desenho, e dirigundo as arestas da estrela através desta cross-cap; o desenho resultante tem seis faces pentagonais. Esta construção forma um mapa regular e mostra que o grafo de Petersen tem um género não-orientável 1.
Simetrias
editarO grafo de Petersen é fortemente regular (com assinatura srg(10,3,0,1)). É também simétrico, o que significa que é aresta-transitivo e vértice-transitivo. Mais fortemente, é de 3-arcos-transitivo: cada caminho de três arestas dirigidas no grafo de Petersen pode ser transformado em qualquer outro tipo de percurso por uma simetria do grafo.[4]
Referências
- ↑ BROUWER, Andries E. «The Petersen graph». Consultado em 25 de outubro de 2010
- ↑ KEMPE, A. B. (1886). «A memoir on the theory of mathematical form». Philosophical Transactions of the Royal Society of London. 177. pp. 1–70. doi:10.1098/rstl.1886.0002
- ↑ Knuth, Donald E., The Art of Computer Programming; volume 4, pre-fascicle 0A. A draft of section 7: Introduction to combinatorial searching
- ↑ Babai, László (1995). «Automorphism groups, isomorphism, reconstruction». In: Lovász, Ronald L.; Grötschel, Martin; László, László. Handbook of Combinatorics. I. [S.l.]: North-Holland. p. 1447–1540. Corollary 1.8. Consultado em 25 de outubro de 2010. Arquivado do original em 11 de junho de 2010 .