Grafo vértice-transitivo
No campo da matemática da teoria dos grafos, um grafo vértice-transitivo é um grafo G tal que, dados quaisquer dois vértices v1 e v2 de G, existe algum automorfismo
tal que
Em outras palavras, um grafo é vértice-transitivo se o seu grupo de automorfismo atua transitivamente em seus vértices.[1] Um grafo é vértice-transitivo se e somente se seu grafo complementar é, uma vez que as ações do grupo são idênticas.
Todo grafo simétrico, sem vértices isolados é vértice-transitivo, e cada grafo vértice-transitivo é regular. No entanto, nem todos os grafos vértice-transitivos são simétricos (por exemplo, as arestas do tetraedro truncado), e nem todos os grafos regulares são vértice-transitivos (por exemplo, o grafo de Frucht).
Exemplos finitos
editarGrafos vértice-transitivos finitos incluem os grafos simétricos (como o grafo de Petersen, o grafo de Heawood e os vértices e arestas dos sólidos platônicos). Os grafos de Cayley finitos (como ciclos de cubos conectados) também são vértice-transitivos, como o são os vértices e arestas dos sólidos de Arquimedes (embora apenas dois deles sejam simétricos).
Propriedades
editarA conectividade de arestas de um grafo vértice-transitivo é igual ao grau d, enquanto a conectividade de vértices será, no mínimo, 2(d+1)/3.[2] Se o grau é de 4 ou menos, ou o grafo também é aresta-transitivo, ou o grafo é um grafo de Cayley mínimo, então a conectividade de vértice também será igual a d.[3]
Exemplos infinitos
editarGrafos vértice-transitivos finitos incluem:
- Caminhos infinitos (infinitos em ambas as direções);
- Árvores regulares infinitas, por exemplo o grafo de Cayley dos grupos livres;
- Grafos de Cayley infinitos;
- O grafo de Rado.
Dois grafos vértice-transitivos contáveis são chamados quase-isométricos se a razão de suas funções distância é delimitada a partir de baixo e de cima. Uma conjectura conhecida diz que todo grafo infinito vértice-transitivo é quase-isométrico a um grafo de Cayley. Um contra-exemplo foi proposto por Diestel e Leader.[4] Mais recentemente, Eskin, Fisher e Whyte confirmaram o contra-exemplo.[5]
Ver também
editarReferências
- ↑ Godsil, Chris; Royle, Gordon (2001), Algebraic Graph Theory, Graduate Texts in Mathematics, 207, New York: Springer-Verlag
- ↑ Godsil, C. and Royle, G. (2001), Algebraic Graph Theory, Springer Verlag
- ↑ Babai, L. (1996), Technical Report TR-94-10, University of Chicago[1] Arquivado em 11 de junho de 2010, no Wayback Machine.
- ↑ DIESTEL, Reinhard; LEADER, Imre (2001). «A conjecture concerning a limit of non-Cayley graphs» (PDF). Journal of Algebraic Combinatorics. 14: 17–25. doi:10.1023/A:1011257718029
- ↑ Eskin, Alex; Fisher, David; Whyte, Kevin (2005), Quasi-isometries and rigidity of solvable groups, Arxiv