Guatapará

município brasileiro do estado de São Paulo

Guatapará é um município brasileiro do estado de São Paulo, que faz parte da Região Metropolitana de Ribeirão Preto (RMRP). Localiza-se a uma latitude 21º29'48" sul e a uma longitude 48º02'16" oeste. Sua população estimada em 2024 era de 7.462 habitantes. Possui uma área de 412,637 km².

Guatapará
Município do Brasil
Hino
Lema Guatapará mais mudança, mais futuro!
Gentílico guataparaense
Localização
Localização de Guatapará em São Paulo
Localização de Guatapará em São Paulo
Localização de Guatapará em São Paulo
Guatapará está localizado em: Brasil
Guatapará
Localização de Guatapará no Brasil
Mapa
Mapa de Guatapará
Coordenadas 21° 29′ 49″ S, 48° 02′ 16″ O
País Brasil
Unidade federativa São Paulo
Região metropolitana Ribeirão Preto
Municípios limítrofes Rincão, Pradópolis, Barrinha, Dumont, Ribeirão Preto, Cravinhos, Luís Antônio e Motuca
Distância até a capital
História
Fundação 01 de janeiro de 1993 (32 anos)
Emancipação 01/01/1993
Administração
Prefeito(a) Ailton Aparecido da Silva (MDB, 2025–2028)
Vereadores 9
Características geográficas
Área total [1] 412,637 km²
População total (Estimativa Populacional IBGE/2016[2]) 7 496 hab.
Densidade 18,2 hab./km²
Clima Clima tropical com estação seca
Altitude 512 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
CEP 14115-000
Indicadores
IDH (PNUD/2010[3]) 0,743 alto
PIB (IBGE/2014[4]) R$ Aumento175 750,000 mil
PIB per capita (IBGE/2014[4]) R$ 23 769,21
Sítio https://www.guatapara.sp.gov.br/site/ (Prefeitura)

História

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Ponte Metálica de Guatapará, construída em 1901, ligando os ramais da Ferrovia Paulista S/A

O município de Guatapará começou a ser concebido em 1865, quando Martinho Prado da Silva Júnior, conhecido como Martinico Prado, criou uma avançadíssima fazenda de café que levou o nome de um gracioso e pequeno mamífero que existia em abundância na região: o veado-guatapará.

A história registra que apesar dos mais de seis mil alqueires de terra, o café era cultivado em 260 alqueires. Mesmo assim, a fazenda estava inserida entre os maiores produtores do grão no Estado. 

Plantava-se também muito cereal e cana-de-açúcar. A fazenda tinha 56 empregados brasileiros e 1.610 imigrantes em 452 casas. A ideia de Martinico Prado era desenvolver a criação de uma cidade, que se chamaria Vila Albertina, o nome de sua esposa.

“A fazenda era um portento”, diz Wilson Montanheiro, 79 anos, o autor do hino do município, e grande conhecedor dos primórdios de Guatapará. Segundo ele, o nome de Vila Albertina só não pegou, em razão da existência de um porto, também chamado Guatapará, único meio de acesso à região. A fazenda produzia café e era uma “cidade”; tinha cinema, dentista, médico e um palacete.

Em 1901, quando a Companhia Paulista de Estradas de Ferro assentou trilhos na vila – a Paulista ligava Barretos a São Paulo, com baldeação em Araraquara – sacramentou-se o nome de Guatapará. Segundo Montanheiro, é provável que naquele ano a vila já reunisse mais de dois mil habitantes.

 
Pontes sobre o rio Mogi - Guaçu na cidade de Guatapará-SP

Progressista

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Em um dos sites sobre a história de Guatapará (assinado por Eduardo Vieira), consta que, no começo, a vila tinha uma farmácia com remédios, alguns importados da Itália, e antissépticos. O responsável era Joaquim Miranda Alves. O único médico era o dr. Guizzo, italiano formado em Nápoles.

Havia também uma escola ítalo-brasileira, um comércio de alimento, mercearia, leiteria, hotel, igreja e o cemitério. A população era de 2.074 almas, 1.162 de nacionalidade italiana, 111 brasileiras, 301 de outras nacionalidades. Só tinha um problema: não se conseguia chegar facilmente a Ribeirão Preto.

O fundador Martinico Prado

Em 1905, quando circulou pela primeira vez, a preocupação manifesta dos moradores de Guatapará “no sentido de o quanto antes estabelecer uma via rápida de comunicação entre a cidade e aquele futuroso bairro”.

A primeira estrada ligando Ribeirão-Guatapará começava na mata de Santa Tereza e embrenhava-se se por várias fazendas como a Boa Vista, Labaredo, Resfriado e Aparecida.

“Era um terror. Em época de chuva, como agora, dificilmente se completava o percurso”, diz Wilson.

Mas havia uma explicação para a demora de melhorias na estrada.

É que já a partir de 1910, os moradores de Guatapará usavam a Companhia Paulista, via Barrinha, para chegar a Ribeirão. Inclusive, encomendas eram despachadas por trem.

Criação do distrito

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Em 1938, o governo federal determinou que Estados e municípios regularizassem e demarcassem suas divisas. Coube ao então prefeito de Ribeirão, Fábio Barreto, em 30 de novembro do mesmo ano, criar o distrito de Guatapará, com sede localizada na fazenda.

 
Paróquia São Pedro e São Marinho

O primeiro subprefeito de Guatapará foi Hermínio Felix Bonfim. Wilson Montanheiro foi funcionário da subprefeitura de Guatapará durante 36 anos. Em 1979, durante três, interinamente, exerceu o cargo de subprefeito.

Criação do município

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O distrito tentou se emancipar e ser transformado em município três vezes, as duas primeiras nos anos de 1963[5] e 1979,[6] não obtendo êxito. Em 1988 o distrito entrou com um novo pedido na Assembleia Legislativa de São Paulo, sendo aprovado o plebiscito para escolher seu destino, que foi realizado na terceira administração de Welson Gasparini (1989-1992) em 5 de novembro de 1989. Decidiu se emancipar de Ribeirão Preto e foi criado através da lei n° 6.645 de 9 de janeiro de 1990.[7] A primeira eleição municipal só aconteceria três anos depois. Em 1993, Norberto Selli (PDS) conhecido como BELIM, líder emancipacionista, tornou-se o primeiro prefeito.

Demografia

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População

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Crescimento populacional
Ano População Total
20006 371
20106 9669,3%
20227 3205,1%
Fontes:[8][9][10]
Censos Demográficos IBGE e Estimativas SEADE

Dados demográficos

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Dados do Censo - 2022

População total:7.320

Densidade demográfica (hab./km²): 15,44

Mortalidade infantil até 1 ano (por mil): 13,50

Expectativa de vida (anos): 72,53

Taxa de fecundidade (filhos por mulher): 2,88

Taxa de alfabetização: 87,52%

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M): 0,743

  • IDH-M Renda: 0,724
  • IDH-M Longevidade: 0,822
  • IDH-M Educação: 0,688

(Fonte: PNUD/2010)

Etnias

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Cor/Raça Percentagem
Branca 48,9%
Negra 7,2%
Parda 40,4%
Amarela/Indigina 0,1%

Fonte: Censo 2022

Infraestrutura

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Comunicações

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Em 1969 Guatapará passou a ser atendida pela Centrais Telefônicas de Ribeirão Preto (CETERP), que construiu a central telefônica utilizada até os dias atuais. Posteriormente esta empresa foi privatizada e vendida juntamente com a Telecomunicações de São Paulo (TELESP) para a Telefônica[11], sendo que em 2012 a empresa adotou a marca Vivo[12] para suas operações de telefonia fixa.

Administração

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Prefeito: Ailton Aparecido da Silva, MDB (2025/2028);

Vice-Prefeito : Angelo dos Santos Silva, MDB (2025/2028;

Presidente da Câmara: Francisco Fredieno Filho, REPUBLICANOS


Composição Câmara de Vereadores 2025-2028

  • FRANCISCO FREDIANO FILHO (REPUBLICANOS)
  • CESAR BRUNO CASTELHANO BOMFIM (PP)
  • JAIR GIL CORRAL (MDB)
  • IVONIR BORGHEZAN (PSD)
  • OSMAR DE AZEVEDO (PL)
  • RONALDO CLEBER GONÇALVES (MDB)
  • CLAUDEMIR VICENTE BRAMBILLA (REPUBLICANOS)
  • JOÃO ANSELMO MIRANDA (PL)
  • SUELI LUCAS BATISTA CARRILLE (PP)

Esportes

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  • Teve sua primeira participação em uma competição oficial de futsal em 2000, representada pela equipe Isa Futsal Clube.
  • Já participou do campeonato paulista de futebol disputando a terceira divisão.
  • Teve como primeiro campeão municipal por um torneio oficial o time Esporte Clube Guatapará conhecido principalmente como (Timão).
  • O município também foi palco da primeira luta de sumô realizada no Brasil.

Ver também

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Referências

  1. IBGE. «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 dez. 2010  Parâmetro desconhecido |data7496= ignorado (ajuda)
  2. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (30 de agosto de 2016). «Estimativas da população residente nos municípios brasileiros com data referência em 1º de julho de 2016» (PDF). Consultado em 26 de fevereiro de 2017. Cópia arquivada em 30 de agosto de 2016 
  3. «Ranking IDHM Municípios 2010». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2013. Consultado em 11 de junho de 2015 
  4. a b Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2013). «Tabela 1 - Produto Interno Bruto a preços correntes e Produto Interno Bruto per capita segundo as Grandes Regiões, as Unidades da Federação e os municípios - 2014». Consultado em 14 de dezembro de 2016 
  5. «Comissão de Divisão Administrativa e Judiciária - Relação Geral de Processos - 1963» (PDF). Diário Oficial do Estado de São Paulo 
  6. «Relação dos processos de emancipação e Relatório Normativo de 1979 da Comissão de Assuntos Municipais» (PDF). Diário Oficial do Estado de São Paulo 
  7. «Lei nº 6.645, de 09/01/1990 - Dispõe sobre alterações no Quadro Territorial Administrativo do Estado». Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo 
  8. «Censos Demográficos (1991-2022) | IBGE». www.ibge.gov.br 
  9. «Censos Demográficos (1872-1980) | IBGE». biblioteca.ibge.gov.br 
  10. «Biblioteca Digital Seade | Fundação Seade». bibliotecadigital.seade.gov.br 
  11. «Nossa História». Telefônica / VIVO 
  12. GASPARIN, Gabriela (12 de abril de 2012). «Telefônica conclui troca da marca por Vivo». G1 

Ligações externas

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