Jacob Ruchti
Jacob Mauritius Ruchti (1917-1974) nasceu em 27 de junho de 1917 na cidade de Homberg, localizada na região de Berna, Suíça. Era filho de Karl Friedrich Ruchti e Wera Grünbaum.[1] Ele foi um arquiteto, escultor, design e professor universitário, conhecido por seus trabalhos e parcerias com arquitetos de renome do modernismo brasileiro.[2][3]
Jacob Mauritius Ruchti | |
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Nascimento | 1917 Homberg - Suíça |
Morte | 1974 |
Alma mater | Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo |
Ocupação | Arquiteto, escultor, design, professor universitário |
Biografia
editarFormação acadêmica
editarJacob Ruchti formou-se arquiteto pela Universidade Mckenzie em 1940. Influenciou no surgimento do design de interiores no Brasil. Foi um dos fundadores do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB),[4] do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM),[5] e do Instituto de Arte Contemporânea (IAC), a primeira escola de design do Brasil,[6] ao lado de Lina Bo Bardi e Pietro Maria Baldi.[7][8]
Atuou nas primeiras bienais de São Paulo, nas montagens ou como membro do júri Internacional. Também foi professor de Composição Decorativa (1954-1961) na FAU/USP.[9] Desenvolveu conceitos bauhausianos fundidos à ideia do design moderno brasileiro. Ao questionar os valores modernistas, seus projetos foram muito influenciado pela fluência orgânica de Frank Loyd Wright com a contemporaneidade industrial de Richard Neutra e Marcel Breuer.[10][11]
Atuação Profissional
editarDurante sua carreira, trabalhou ao lado de renomados arquitetos e engenheiros, como:[12]
- Abelardo de Souza
- Carlo Fongaro
- Carlos Barjas Millan
- Chen Y Hwa
- Frederico Ruchti
- Galiano Ciampaglia
- Hélio Duarte
- Miguel Forte
- Plínio Croce
- Rino Levi
- Roberto Aflalo
- Roberto Cerqueira César
- Salvador Candia
- Vilanova Artigas
- Zenon Lotufo
Catedral Anglicana de São Paulo
editarO templo da então Paróquia da Santíssima Trindade (hoje Catedral Anglicana de São Paulo), projetado por Jacob Ruchti em 1950, é considerado um dos primeiros exemplares de arquitetura modernista religiosa em São Paulo. A estrutura de concreto armado, simples, porém marcante, remete à espiritualidade e simboliza mãos unidas em prece. O templo é decorado ainda por seis lustres de madeira maciça inspirados na Escola Bauhaus, destacando o modernismo em sua essência.
A igreja foi reconhecida na exposição "Vertentes: Arquitetura e Design", organizada pela FAAP em 2008, que destacou a relação entre o contemporâneo e o moderno na inovação dos espaços de rito. Walter Zanini também descreveu o projeto como uma das "estruturas construtivistas pioneiras no país" em sua "História Geral da Arte do Brasil".
Loja Branco & Preto
editarBranco & Preto foi uma loja de móveis e itens de decoração influenciados pelo estilo modernista. Foi fundada em 1952 por um grupo de arquitetos formados por Carlos Millan, Chen.Y.S.Hwa, Milguel Forte, Plinio Croce, Roberto Claudio Aflato e também Jacob Mauritius Ruchti.[13] É considerado um dos primeiros estabelecimentos especializados em vender móveis criados por designs no país.[14]
Ver também
editarReferências
- ↑ RUCHTI, Valeria., Valeria (2011). A modernidade e a arquitetura paulista (1940-1970). São Paulo: FAUUSP. p. 12
- ↑ «Jacob Ruchti | Arquivo Arq». arquivo.arq.br. Consultado em 28 de abril de 2021
- ↑ Cultural, Instituto Itaú. «Jacob Ruchti». Enciclopédia Itaú Cultural. Consultado em 28 de abril de 2021
- ↑ «Instituto dos Arquitetos do Brasil». Arte Fora do Museu. 12 de março de 2021. Consultado em 28 de abril de 2021
- ↑ Imbroisi, Margaret (8 de agosto de 2016). «Museu de Arte Moderna – São Paulo». Historia das Artes. Consultado em 28 de abril de 2021
- ↑ Cultural, Instituto Itaú. «Instituto de Arte Contemporânea (IAC)». Enciclopédia Itaú Cultural. Consultado em 28 de abril de 2021
- ↑ Cultural, Instituto Itaú. «Lina Bo Bardi». Enciclopédia Itaú Cultural. Consultado em 28 de abril de 2021
- ↑ Cultural, Instituto Itaú. «Pietro Maria Bardi». Enciclopédia Itaú Cultural. Consultado em 28 de abril de 2021
- ↑ Ruchti, Valeria (16 de maio de 2011). «Jacob Ruchti, a modernidade e a arquitetura paulista (1940-1970)». Consultado em 28 de abril de 2021
- ↑ Ruchti, Valeria (2011). «Jacob Ruchti, a modernidade e a arquitetura paulista (1940-1970)». bdtd.ibict.br. Consultado em 28 de abril de 2021
- ↑ «arquitextos 159.00: Richard Neutra e o Brasil | vitruvius». vitruvius.com.br. Consultado em 28 de abril de 2021
- ↑ «ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras». 2020
- ↑ Rosatti, Camila Gui (2016). Casas burguesas e arquitetos modernos: condições sociais de produção da arquitetura paulista (PDF). São Paulo: USP. pp. 74–96
- ↑ «Etel Design - Branco & Preto». Etel Design. Consultado em 28 de abril de 2021