José Capelo Franco Frazão
José Capelo Franco Frazão (Capinha, Fundão, 11 de janeiro de 1872 - Lisboa, 25 de abril de 1940[1]) foi um político português. Foi deputado em várias legislaturas, ministro da Fazenda no governo progessista de José Luciano de Castro entre 1905 e 1906, e presidente da Câmara dos Deputados no governo que sucedeu à ditadura de João Franco.[2]
José Capelo Franco Frazão | |
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Nascimento | 1872 |
Morte | 1940 (67–68 anos) |
Cidadania | Portugal, Reino de Portugal |
Ocupação | político |
Biografia
editarO título de Conde de Penha Garcia foi criado a seu favor, por uma vida, por decreto de 29 de Janeiro de 1900 do rei D. Carlos I de Portugal.[3]
Era licenciado em Direito na Universidade de Coimbra[4], tendo frequentado a École Libre des Sciences Politiques de Paris[5], e era monárquico conservador.[6]
Ao dar-se a Proclamação da República Portuguesa, vê-se na condição de procurar exílio que a encontra em Genebra[1].
Nessa altura, sendo um estudioso de questões coloniais, foi convidado por Sidónio Pais para representar Portugal na Conferência de Paz de Paris (1919), que aceitou[1][7].
Posteriormente, ao regressar de vez a Portugal, presidiu à Sociedade de Geografia de Lisboa entre 1928 e 1940. Segundo a historiadora Maria Isabel João, na obra Memória e império: comemorações em Portugal (1889-1960), sob a sua direcção, a Sociedade de Geografia aproximou-se dos governos salazaristas, tornando-se um instrumento de propaganda dos valores imperiais.[8]. Igualmente foi diretor da Escola Superior Colonial (1928-1940), membro da Comissão Organizadora dos Centenários[5][9], membro da movimento olímpico português, assim como, faz parte do Supremo Tribunal de Arbitragem da Sociedade das Nações[1] sendo membro da Comissão Permanente de Mandatos da Sociedade das Nações[10].
Foi autor de Les Colonies Portugaises, de 1931, obra destinada à Exposição Colonial Internacional de Paris[5].
Foi casado com Eugénia Valdez Penalva, sendo pais de José Penalva Franco Frazão.[6]
A 5 de outubro de 1931, foi agraciado com o grau de Grã-Cruz da Ordem da Instrução Pública. A 26 de novembro de 1934, foi agraciado com o grau de Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo.[11]
Referências
- ↑ a b c d Arquivo Particular ː Conde de Penha Garcia, Código de referência PT/COP/CPG, Comité Olímpico de Portugal, 3/08/2021
- ↑ Estudos de Castelo Branco, Edições 35-36, 1971, p. 306
- ↑ Afonso Eduardo Martins Zuquete, Nobreza de Portugal e Brasil, Editorial Enciclopédia, 2ª Edição, Lisboa, 1989, vol. 3, pg. 119-121
- ↑ Arquivo Particular - Conde de Penha Garcia, Código de referência PT/COP/CPG, Comité Olímpico de Portugal, 3/08/2021
- ↑ a b c Penha Garcia, 1º Conde de, POLITIPÉDIA – Repertório Português de Ciência Política, in Benedita Maria Fonseca Duque Vieira, O Conde de Penha Garcia e a sua Vida Pública. Ensaio Biográfico, Castelo Branco, 1972
- ↑ a b Carvalho, Rita Almeida de (2002). A Assembleia Nacional no pós-guerra (1945-1949). [S.l.]: Afrontamento Edições. p. 225
- ↑ Terá participado como delegado apesar de o referido presidente da República já ter sido assassinado, na altura da conferencia.
- ↑ Neto, Sérgio. (2009). Colónia mártir, colónia modelo : Cabo Verde no pensamento ultramarino português (1925-1965). Coimbra: Imprensa Universidade de Coimbra. p. 54. ISBN 978-989-8074-85-0. OCLC 606007865
- ↑ Essa comissão teve em mãos a comemoração do duplo centenário da Fundação do Estado Português (1140) e da Restauração da Independência (1640)
- ↑ José Capelo Franco Frazão, Conde de Penha Garcia (Delegado de Portugal a várias sessões da S.d.N. - Membro da Comissão Permanente de Mandatos da Sociedade das Nações), Código de referência PT/PR/AHPR-CH/CH0101-CH010104/CH01010401/D212318, Arquivo Histórico da Presidência da República
- ↑ «Entidades Nacionais Agraciadas com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "José Capelo Franco Frazão". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 25 de fevereiro de 2021