Augusto César Justino Teixeira
Augusto César Justino Teixeira, conhecido igualmente como Justino Teixeira ou Conselheiro Justino Teixeira (10 de Abril de 1835 - Lisboa, 2 de Fevereiro de 1923) foi um engenheiro e ferroviário português.
Justino Teixeira | |
---|---|
Nome completo | Augusto César Justino Teixeira |
Nascimento | 10 de Abril de 1835 |
Morte | 2 de Fevereiro de 1923 Lisboa |
Nacionalidade | Portugal |
Ocupação | Engenheiro e ferroviário |
Principais trabalhos | Projecto e orçamento do Ramal de Vila Viçosa, troço da Linha do Minho entre as Estações de São Bento e Campanhã |
Empregador(a) | Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses |
Biografia
editarCarreira profissional
editarEm 1880, elaborou o projecto do Ramal da Alfândega, no Porto, baseado num trabalho inicial de Mendes Guerreiro.[1] A 1 de Abril de 1884, fez parte de uma comissão para inspeccionar a Linha do Tua, e em Janeiro de 1888 encontrava-se a desempenhar funções como director da companhia dos Caminhos de Ferro do Minho e Douro.[2] Também planeou e dirigiu as obras do troço da Linha do Minho entre as Estações de São Bento e Campanhã, que foi inaugurado em 1896.[3] Em finais de 1901, iniciou os estudos do traçado do Caminho de Ferro de Estremoz a Vila Viçosa, auxiliado pelos engenheiros Magalhães Braga e Perfeito de Magalhães, missão da qual tinha sido incumbido pelo Ministro das Obras Públicas.[4]
Em 1902, fez parte de uma comissão para resolver o problema da passagem do caminho de ferro pela localidade de Faro.[5] Na qualidade de engenheiro e director da companhia dos Caminhos de Ferro de Sul e Sueste, em Junho desse ano deslocou-se ao Algarve, para estudar as alterações introduzidas pelo Conselho Superior de Obras Públicas no traçado da via férrea entre Faro e Vila Real de Santo António.[6] Em Agosto, partiu para Moura, para acompanhar as obras no Ramal de Moura.[7]
A 20 de Novembro de 1902, foi louvado pela rainha D. Amélia de Orleães, devido à rapidez e eficiência na elaboração do projecto e respectivo orçamento do Ramal de Vila Viçosa.[8] Participou, como representante do Ministro das Obras Públicas, na inauguração do lanço entre Pias e Moura do Ramal de Moura, em 27 de Dezembro do mesmo ano.[9]
Em 7 de Fevereiro de 1903, foi nomeado pelo estado para presidir a uma comissão, encarregada de decidir sobre o local definitivo para a construção da Estação Ferroviária de Olhão.[10] No dia 18 do mesmo mês, foi colocado numa outra comissão, para estudar os tipos de material de via a serem utilizados na construção do troço entre a Régua e Vila Real da Linha do Corgo.[11] Nesse ano, deixou o cargo de director dos Caminhos de Ferro do Sul e Sueste, tendo permanecido como membro do Conselho de Administração dos Caminhos de Ferro do Estado, fiscal na construção de linhas ferroviárias,[12] e inspector geral supranumerário.[11] Colaborou igualmente na Gazeta dos Caminhos de Ferro de Portugal e Hespanha (1888-1898).[13] e na Gazeta dos Caminhos de Ferro (1899-1971)
Também desempenhou de forma voluntária o cargo de engenheiro na construção da Creche da Cedofeita, inaugurada a 24 de Novembro de 1891.[14]
Referências
- ↑ SILVA, J.R. e RIBEIRO, M. (2009). Os comboios de Portugal. II 2 ed. Lisboa: Terramar. ISBN 9789727104178
- ↑ «A Capital do Norte e a sua Linha Ferroviária Urbana» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 81 (1932). 16 de Dezembro de 1968. p. 160. Consultado em 12 de Julho de 2011
- ↑ «Há 63 anos foi aprovado o projecto da fachada da Estação de S. Bento» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 80 (1906): 14. 16 de Maio de 1967. Consultado em 12 de Julho de 2011
- ↑ «Há 50 anos» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 64 (1536). 16 de Dezembro de 1951. p. 395. Consultado em 22 de Junho de 2012
- ↑ VARGAS, Manuel Francisco de (16 de Março de 1902). «Parte Official» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 15 (342). p. 86. Consultado em 12 de Julho de 2011
- ↑ «Linhas Portuguezas» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 15 (347). 1 de Janeiro de 1902. p. 171. Consultado em 12 de Julho de 2011
- ↑ «Linhas Portuguezas» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 15 (352). 16 de Agosto de 1902. p. 250. Consultado em 12 de Julho de 2011
- ↑ «Parte Official» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 15 (360). 16 de Dezembro de 1902. p. 381-382. Consultado em 12 de Julho de 2011
- ↑ «De Pias a Moura» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 16 (361). 1 de Janeiro de 1903. p. 10. Consultado em 12 de Julho de 2011
- ↑ «Parte Official» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 16 (364). 16 de Fevereiro de 1903. p. 52. Consultado em 12 de Julho de 2011
- ↑ a b «parte Official». Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 16 (365). 1 de Março de 1903. p. 69
- ↑ «Há 50 anos». Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 66 (1580). 16 de Outubro de 1953. p. 287
- ↑ «Collaboradores» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro de Portugal e Hespanha. Ano 1 (1). 15 de Março de 1888. p. 1. Consultado em 12 de Julho de 2011
- ↑ «Obras Sociais». Igreja Paroquial de S. Martinho de Cedofeita. Consultado em 12 de Julho de 2011
Ligações externas
editar- Gazeta dos Caminhos de Ferro de Portugal e Hespanha (cópia digital)
- Gazeta dos Caminhos de Ferro (cópia digital)