Língua geral
A língua geral foi falada no Brasil entre o final do século XVII e o início do século XX. Formou-se a partir da evolução histórica do tupi antigo. É constituída por dois ramos: a língua geral setentrional (também chamada língua geral amazônica) e a língua geral meridional (também chamada língua geral paulista). A língua geral setentrional deu origem no século XIX ao nheengatu, que ainda é falado atualmente no alto Rio Negro, na região fronteiriça entre Brasil, Venezuela e Colômbia. A língua geral é considerada extinta atualmente.[1]
Língua Geral | ||
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Falado(a) em: | Brasil (extinto) | |
Total de falantes: | desconhecido | |
Família: | Proto-tupi Tupi Tupi-guarani Língua Geral | |
Códigos de língua | ||
ISO 639-1: | --
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ISO 639-2: | ---
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Legado
editarA língua geral legou muitos topônimos brasileiros atuais, tais como: Aricanduva, Baquirivu-Guaçu, Batovi, Batuquara, Aracu, Paraná, Bicuíba, Biriricas, Amapá, Aracuí etc.[2]
Comparação lexical
editarComparação lexical (Rodrigues 1986):[3]
Português | Tupi antigo (século XVII) |
Língua Geral Paulista (século XVIII) |
Língua Geral Amazônica (século XVIII) |
Língua Geral Amazônica (século XX) |
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criança | pitánga | mitánga | taína | taína |
pai | túba | ru | páia | páia |
mãe | sy | sú | máia | mãia |
roupa | aóba | aóva | óba | xirúra |
chapéu | akángaóba | xapéw | akangaóba | xapéwa |
agulha | itámirĩ | abí | awí | |
panela | ia’ẽpepó | já’ẽpepó | panéra | |
um | oiepé | ñepeĩ | ojepé | iepé |
acabou-se | opáb | opá | opáw | upáw |
eu caio | a’ár | a’á | a’ár | xa’ári |
eu ergo | asupír | amojupí | amopu’áme | xamupu’áma |
eu apago | aimowéb | amowé | amowéw | xamuéw |
nasce | oár | osẽ | osémo | usémo |
você não ouve | neresenúbi | neresenúi | nitíw resenú | intí resenú |
tingir de preto | moún | úna japó | mopixúne | mupixúna |
batizar | moiasúk | seróka | serók | muserúka |
Ver também
editarReferências
- ↑ NAVARRO, E. A. Dicionário de Tupi Antigo: a língua indígena clássica do Brasil. São Paulo. Global. 2013. p. 537.
- ↑ NAVARRO, E. A. Dicionário de Tupi Antigo: a língua indígena clássica do Brasil. São Paulo. Global. 2013. 620 p.
- ↑ Rodrigues, Aryon Dall'Igna. 1986. Línguas brasileiras: Para o conhecimento das línguas indígenas. São Paulo: Loyola. (PDF)