Maria Edileuza Fontenele Reis
Maria Edileuza Fontenele Reis GCMRI • GORB • ComSGM (Viçosa do Ceará, 1º de maio de 1954) é uma diplomata brasileira. Atualmente, é embaixadora do Brasil no Reino da Suécia e na República da Letônia.[1]
Maria Edileuza Fontenele Reis | |
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Embaixadora Maria Edileuza Fontenele Reis em sabatina no Senado Federal (2019)
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Nome completo | Maria Edileuza Fontenele Reis |
Nascimento | 1 de maio de 1954 (70 anos) Viçosa do Ceará, Ceará |
Nacionalidade | brasileira |
Progenitores | Mãe: Rita Silva Fontenele Pai: Luiz Pedro Fontenele |
Cônjuge | Fernando Guimarães Reis |
Ocupação | Embaixadora do Brasil no Reino da Suécia e República da Letônia |
Prêmios |
Biografia
editarVida pessoal
editarNasceu em Viçosa, no Ceará, filha de Luiz Pedro Fontenele e Rita Silva Fontenele. Maria Edileuza é casada com o embaixador aposentado Fernando Guimarães Reis, com quem tem dois filhos.[2]
Formação Acadêmica
editarEm 1975, formou-se em Comunicação Social pela Universidade de Brasília. Em 2002, concluiu especialização em Relações Internacionais pelo Centro Studi Diplomatici Strategici, em Roma.[3]
Carreira Diplomática
editarIngressou na carreira diplomática em 1978, no cargo de Terceira Secretária, após ter concluído o Curso de Preparação à Carreira de Diplomata do Instituto Rio Branco.
Foi inicialmente lotada na Divisão de Atos Internacionais, onde trabalhou de 1978 a 1980. Em seguida, foi assessora do Departamento de Comunicação e Documentação, entre 1980 e 1981, tendo sido promovida a segunda-secretária em 1980. De 1981 a 1985, chefiou o Serviço de Seleção e Aperfeiçoamento do Itamaraty.[3]
Nos anos de 1985 a 1988, precisou se licenciar da carreira, uma vez que seu marido, também diplomata, foi removido para o exterior. À época, a lei do serviço exterior vedava o trabalho de ambos os cônjuges quando no exterior, o que, geralmente, prejudicava a ascensão funcional das mulheres.[4]
Entre 1988 e 1990, trabalhou como assessora no Departamento do Serviço Exterior. No ano de 1989, foi promovida a primeira-secretária. Entre 1990 e 1993, foi subchefe da Divisão Especial de Avaliação Política e de Programas Bilaterais.[3]
Entre 1993 e 1994, realizou missão transitória na Embaixada em São Domingos. Em seu retorno ao Brasil, foi lotada na Subsecretaria-Geral de Planejamento Diplomático, onde exerceu o cargo de assessora nos anos de 1994 e 1995. Deu-se também em 1995 sua promoção ao cargo de conselheira.[2]
Em 1996, foi removida para o Consulado-Geral em Tóquio, na função de cônsul-geral adjunta, tendo permanecido no posto até 2001. Em 1998, defendeu tese no Curso de Altos Estudos do Instituto Rio Branco, intitulada “Brasileiros no Japão - o elo humano das relações bilaterais”. Foi, em seguida, cônsul-geral adjunta em Roma, entre os anos de 2001 e 2004. Em 2000, foi promovida a ministra de Segunda Classe.[2]
Ao regressar a Brasília, foi designada coordenadora-geral da Coordenação-Geral de Modernização, função de desempenhou entre os anos de 2004 e 2006. Sua promoção ao cargo de ministra de Primeira Classe, o topo da carreira diplomática no Brasil, ocorreu em 2006. Entre 2006 e 2010, foi diretora do Departamento de Europa e, entre 2010 e 2013, Subsecretária-Geral Política II - cargo de elevado prestígio na hierarquia do Itamaraty.[3]
Em 2014, realizou missão transitória na Embaixada do Brasil em Luanda e, posteriormente, assumiu o cargo de Cônsul-Geral em Paris. Em 2017, foi designada chefe da Delegação Permanente do Brasil junto à UNESCO e, no ano de 2019, foi removida à Sofia, onde exerceu o cargo de embaixadora do Brasil junto à República da Bulgária e da Macedônia do Norte.[5] Posteriormente, foi aprovada em 2023 para chefiar a embaixada do Brasil em Estocolmo, onde atualmente exerce cargo de embaixadora do Brasil no Reino da Suécia e, cumulativamente, na República da Letônia.[1]
- Orden del Merito de Mayo, Argentina, Oficial (1979)
- Ordem de Rio Branco, Brasil, Grande-Oficial (2005)[6][a]
- Ordem do Mérito, França, Grande-Oficial (2006)
- Ordem de Dannebrog, Commandeur de Premier Grade, Dinamarca (2007)
- Ordem de Orange-Nassau, Grande Oficial, Países Baixos (2008)
- Medalha de Honra ao Mérito do Centenário da Imigração Japonesa para o Brasil (2008)
- Ordem ao Mérito da República Italiana, Grã-Cruz (2008)
- Ordem de São Gregório Magno, Comendadora, Santa Sé (2009)
- Ordem do Mérito Aeronáutico, Brasil, Grande-Oficial (2010)[8]
- Medalha do Pacificador, Brasil (2011)[9]
- Ordem do Mérito Naval, Brasil, Grande-Oficial (2012)
- Ordem do Mérito da Defesa, Brasil, Grande-Oficial (2013)
Notas
Referências
- ↑ a b «Mensagem (SF) n° 50, de 2023». Senado Federal. Consultado em 17 de janeiro de 2024
- ↑ a b c de Jesus, Mecias (1 de julho de 2019). «Parecer sobre o o nome da Senhora Maria Edileuza Fontenele Reis, para exercer o cargo de Embaixadora do Brasil na Bulgária e, cumulativamente, junto à República da Macedônia do Norte.». Senado Federal. Consultado em 13 de abril de 2020
- ↑ a b c d e Araújo, Ernesto (21 de maio de 2019). «Mensagem nº 32, em que submete à apreciação do Senado Federal, de conformidade com o art. 52, inciso IV, da Constituição, e com o art. 39, combinado com o art. 46 da Lei nº 11.440, de 2006, o nome da Senhora Maria Edileuza Fontenele Reis, para exercer o cargo de Embaixadora do Brasil na Bulgária e, cumulativamente, junto à República da Macedônia do Norte.». Senado Federal. Consultado em 13 de abril de 2020
- ↑ Fontenele Reis, Maria Edileuza (14 de outubro de 2018). «Depoimento ao documentário "Mulheres Brasileiras na Diplomacia"». Argonautas. Consultado em 13 de abril de 2020
- ↑ Setor de Imprensa, Itamaraty (10 de junho de 2019). «Representação do Brasil na Bulgária». Ministério das Relações Exteriores. Consultado em 13 de abril de 2020
- ↑ BRASIL, Decreto de 25 de agosto de 2005.
- ↑ BRASIL, Decreto de 12 de abril de 2006.
- ↑ «Agraciados com a Ordem do Mérito Aeronáutico» (PDF). Força Aérea Brasileira (pdf). Consultado em 19 de setembro de 2020
- ↑ «Boletim do Exército do Brasil de julho de 2011». Secretaria Geral do Exército do Brasil (pdf). Consultado em 19 de setembro de 2021