Maria Luiza Pompeu
Maria Luiza Pompeu de Camargo (Campinas, 9 de fevereiro de 1883 — Campinas, 26 de agosto de 1966) foi uma pintora e professora brasileira, bastante atuante na cena artística paulista e carioca na primeira metade do século XX.
Maria Luiza Pompeu de Camargo | |
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Outros nomes | Maria Luiza Nogueira, Maria Luiza Pompeu |
Nascimento | 9 de fevereiro de 1883 Campinas, São Paulo |
Morte | 26 de agosto de 1966 (83 anos) Campinas, São Paulo |
Biografia
editarVida famíliar
editarMaria Luiza Nogueira, seu nome de solteira, nasceu na cidade de Campinas em 9 de fevereiro de 1883,[1] filha de Luciano Teixeira Nogueira e Francisca de Paula Ferraz.[2] Durante sua vida, casou-se duas vezes. Seu primeiro esposo foi Francisco José de Camargo Andrade, com quem teve 4 filhos (Francisca, Olivia, Luciano e Floriano). Seu segundo casamento foi com Antonio Pompeu de Camargo (conhecido como Totó Pompeu), gerando mais cinco filhos (Theresa, Alda, Amalia, Fernão e Cnêo).[2] Maria Luiza faleceu em Campinas, em 26 de agosto de 1966.
Atuação profissional e artística
editarA partir de 1928, Maria Luiza passou a trabalhar como professora na Escola Profissional Bento Quirino, em Campinas. Além de exercer a docência, destacou-se por seu trabalho artístico. Maria Luíza teve como professor o artista ítalo-brasileiro Alfredo Norfini e sua obra consistiu majoritariamente de pinturas de paisagem com a técnica de aquarela.[3]
Em maio de 1920, Maria Luiza foi uma das contempladas por uma encomenda de telas do Museu Paulista e produziu uma de suas obras mais conhecidas (uma representação do Theatro São José no ano de 1880), que integra o acervo do museu até os dias de hoje. Maria Luiza participou de diversos salões de arte e exposições individuais, tendo algumas de suas telas sido premiadas com menção honrosa.[4] Há registros de que a artista teria realizado também uma exposição de flores artificiais e pinturas em seda no ano de 1929 no salão de exposição do Palacete Campinas.[5]
Legado
editarAtualmente, três de seus quadros integram o acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo[6], são eles Velha figueira e duas obras sem título. Outros dois fazem parte da coleção do Museu Paulista, o Teatro São José, 1880 e o Teatro São José, 1860.[7]
Em sua homenagem, nomeou-se uma Escola Municipal de Ensino Fundamental e uma avenida na cidade de Campinas.
Exposições
editar- Exposição Geral de Belas Artes (12-08-1908: Rio de Janeiro, RJ)
- Maria Luiza Pompeu (1910: Campinas, SP)
- Exposição Geral de Belas Artes (1911: Rio de Janeiro, RJ)
- 1ª Exposição Brasileira de Belas-Artes (1911 - 1912: Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo (Laosp))
- Maria Luiza Pompeu (1916: Casa Geny, Campinas, SP)
- 2ª Exposição Brasileira de Bellas Artes (1912 - 1913: Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo (Laosp))
- Maria Luiza Pompeu (02/1924 : Campinas, SP)
- Maria Luiza Pompeu (01/1939 : Campinas, SP)
- 7º Salão Paulista de Belas Artes (1940: São Paulo, SP)
- Dezenovevinte: uma virada no século (1986: Pinacoteca do Estado de São Paulo)
- A Pintura em Campinas: 1830 - 1957, o academismo (1992: Campinas, SP)
- Mulheres Pintoras: a casa e o mundo (2004: Pinacoteca do Estado de São Paulo) [1]
Referências
- ↑ a b «Maria Luiza Pompeu». Enciclopédia Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. Consultado em 27 de março de 2020
- ↑ a b Leme. «Genealogia Paulistana (Volume I - Pág. 226 a 273)». Consultado em 27 de março de 2020
- ↑ Frederico, Mariana Sacon (26 de agosto de 2019). «Mulher ambígua, mulher moderna: aspectos da pintura Coeur Meurtri e da trajetória de Nicota Bayeux». doi:10.11606/d.31.2019.tde-25102019-121514
- ↑ Simioni, Ana Paula Cavalcanti (outubro de 2002). «Entre convenções e discretas ousadias: Georgina de Albuquerque e a pintura histórica feminina no Brasil». Revista Brasileira de Ciências Sociais. 17 (50): 143–159. ISSN 0102-6909. doi:10.1590/S0102-69092002000300009
- ↑ «Exposição Maria Luiza Pompeu» 23439 ed. Correio Paulistano. 1929
- ↑ «Acervo Online da Pinacoteca de São Paulo.»
- ↑ «Acervo Iconográfico do Museu Paulista»