Nicos Poulantzas
Nicos Poulantzas (em grego: Νίκος Πουλαντζάς; romaniz.: Nícos Pulantzás; Atenas, 21 de setembro de 1936 — Paris, 3 de outubro de 1979) foi um filósofo e sociólogo grego.
Nicos Poulantzas | |
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Nascimento | 21 de setembro de 1936 Atenas |
Morte | 3 de outubro de 1979 (43 anos) 13.º arrondissement de Paris |
Cidadania | França, Grécia |
Cônjuge | Annie Leclerc |
Alma mater |
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Ocupação | filósofo, sociólogo, professor universitário, cientista político |
Empregador(a) | Universidade Paris 8 Vincennes Saint-Denis |
Movimento estético | filosofia continental, marxismo ocidental |
Causa da morte | suicídio |
Poulantzas era marxista e membro do Partido Comunista da Grécia. Exilou-se em Paris, onde lecionou a partir de 1960.[1] Foi aluno de Louis Althusser, do qual herdou uma interpretação inovadora e controversa do marxismo denominada 'althusserianismo',[2] com a qual rompe ulteriormente.
Em sua obra, Poulantzas elabora uma complexa análise funcional das estruturas ou instâncias - a econômica, a política e a ideológica - do modo de produção capitalista, sobretudo no que diz respeito à forma como essas estruturas determinam as práticas sociais que as sustentam. Essa forma de conceber a realidade social foi denominada de marxismo estruturalista.[1] A partir disso, o autor empreende um rico estudo acerca do funcionamento do Estado capitalista, tanto de suas instituições (burocracia, poder executivo, poder legislativo, etc) quanto da base ideológica que o sustenta - a partir, principalmente, do conceito de vontade geral -, observando cuidadosamente sua relação com as classes sociais. A conexão entre as instâncias, em uma formação social, com base em uma interessante interpretação de Marx e Engels, bem como de autores clássicos do marxismo (Lenin e Gramsci) fez de Poulantzas uma referência nos campos da Ciência Política e da Sociologia.[1]
Nicos Poulantzas morreu em 1979. Oficialmente, durante uma crise depressiva,[3][4] teria cometido suicídio, lançando-se do vigésimo segundo andar da torre de Montparnasse, no 13º arrondissement de Paris. Entretanto, cogita-se a possibilidade de que o filósofo tenha sido uma das vítimas da Operação Gladio.[5][6][7]
Obras
editarReferências
- ↑ a b c Vasquez-Prada, Rodrigo (13 de outubro de 1979). «Nicos Poulantzas o la renovación del marxismo occidental». Triunfo (872): 45. Consultado em 16 de julho de 2022
- ↑ Sotiris, Panagiotis. Althusserianismo: guia de leitura. LavraPalavra, 30 de janeiro de 2023.
- ↑ Ferrero, Jesús. El último despeñado. El País, 5 de novembro de 1995.
- ↑ Novo, Ângelo. O Estado a que chegamos
- ↑ Bahena Armillas, Edwin Bulmaro. «Método y enfoque de estudio en Nicos Poulantzas.» (PDF). Universidad Nacional Autónoma de México - Dirección General de Bibliotecas. La Teoría de las Clases Sociales en Nicos Poulantzas y Anthony Giddens.: 23, p. 23.
- ↑ Silva, Amilton Fernandes. Por todo o Estado, com todos os mineiros. São Paulo: Flacso, 2020
- ↑ Moreno Bernal, Fernando. ¿Neoliberalismo nueva etapa o degeneración del capitalismo? rebelion.org, 28 de maio de 2011.
Ligações externas
editar- «Instituto Níkos Pulantzás»
- «Direito, Estado e Poder: Poulantzas e seu confronto com Kelsen» (PDF)
- «Curso: Nicos Poulantzas e a teoria política marxista.» Análise do projeto intelectual de Poulantzas, em nove aulas ministradas por professores universitários brasileiros.