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Emma Goldman (18691940) foi uma anarquista conhecida por seu ativismo, seus escritos e seus discursos políticos que reuniam milhares de pessoas nos Estados Unidos. Teve um papel fundamental no desenvolvimento do anarquismo na América do Norte na primeira metade do século XX.

Atraída pelo anarquismo após a Revolta de Haymarket, Goldman tornou-se uma renomada ensaísta de filosofia anarquista e escritora, escrevendo artigos anticapitalistas bem como sobre libertação feminina e a luta sindical. Ela e o escritor anarquista Alexander Berkman, seu amante e companheiro por toda vida, planejaram assassinar Henry Clay Frick como uma ação de propaganda pelo ato. Embora Frick tenha sobrevivido ao atentado à sua vida, Berkman foi sentenciado a vinte e dois anos na cadeia. Goldman foi presa várias vezes nos anos que se seguiram, por "incentivar motins" e ilegalmente distribuir informações sobre Contracepção. Em 1906, Goldman fundou o jornal anarquista Mother Earth (Mãe Terra).

Durante sua vida, Goldman foi admirada por alguns como livre pensadora e "mulher rebelde", e criticada por outros como defensora de assassinatos políticos e revoluções violentas. Sua escrita e ensaios abrangeram uma variedade de assuntos, incluindo prisões, ateísmo, liberdade de expressão, militarismo, capitalismo, casamento,sufrágio feminino, ela desenvolveu novas formas de incorporar políticas de gênero no anarquismo. Após décadas de obscuridade, nos anos 70 do século XX o legado de Emma voltou novamente a ser reconhecido na medida em que acadêmicas feministas e anarquistas passaram a se interessar em conhecer e divulgar mais acerca de sua trajetória.