Posse de Nicolás Maduro em 2025
A terceira posse presidencial de Nicolás Maduro ocorreu em 10 de janeiro de 2025. A constituição venezuelana estabelece que as cerimônias de posse devem ser realizadas pela Assembleia Nacional, no Palácio Federal Legislativo, em Caracas. O evento incluiu a juramentação do presidente eleito para um mandato de seis anos (2025-2031).[1][2]
| Posse de Nicolás Maduro em 2025 | |
|---|---|
 | |
| Data | 10 de janeiro de 2025 |
| Local | Venezuela |
| Localização | Caracas, Palácio Federal Legislativo |
| Tipo | Posse presidencial |
| Participantes | Nicolás Maduro |
A cerimônia foi marcada por controvérsias devido às acusações de fraude eleitoral nas eleições presidenciais de 2024. O Conselho Nacional Eleitoral proclamou, sem apresentar atas de apuração, a vitória de Nicolás Maduro para um terceiro mandato. No entanto, o Comando Con Venezuela, com base nas atas que coletaram, declarou Edmundo González como vencedor, com quase 70% dos votos.[3]
Eleição
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Ver artigo principal: Eleição presidencial na Venezuela em 2024As eleições para o mandato presidencial venezuelano de 2025-2031 foram realizadas em 28 de julho de 2024,[4] após a assinatura do Acordo de Barbados, que buscava garantir um processo eleitoral democrático.[5]
Empossamento
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O local da posse presidencial foi o Palácio Federal Legislativo, em Caracas. Embora a cerimônia estivesse programada para as 12h, Maduro chegou às 10h30 e iniciou a solenidade com 90 minutos de antecedência.[6] As autoridades implementaram o fechamento da fronteira terrestre e do espaço aéreo da Venezuela com a Colômbia antes da posse, alegando questões de segurança.[7]
Delegações internacionais
editarPosse de Nicolás Maduro
De acordo com o governo, mais de 100 delegações internacionais estiveram presentes.[8] Os governos do Brasil, Bolívia, Colômbia, Honduras, México, Rússia, Argélia e China decidiram enviar representantes à posse de Nicolás Maduro.[9] Os únicos chefes de Estado ou de governo que compareceram foram Miguel Díaz-Canel, presidente de Cuba; Daniel Ortega, presidente da Nicarágua; Gaston Browne, primeiro-ministro de Antígua e Barbuda; e Manuel Zelaya, ex-presidente de Honduras.[10]
A Rússia enviou uma delegação diplomática liderada pelo presidente da Duma Estatal, Viacheslav Volodin.[6] Já a China foi representada por Wang Doming na cerimônia.[11]
Posse de Edmundo González
Diversos ex-presidentes latino-americanos, como Jorge Quiroga, Vicente Fox, Felipe Calderón, Laura Chinchilla, Jamil Mahuad, Guillermo Lasso, Mario Abdo Benítez, Mireya Moscoso, Ernesto Pérez Balladares e Andrés Pastrana, manifestaram a intenção de acompanhar Edmundo González em sua posse presidencial.[12][13]
Como forma de apoio a González, países como Argentina, Chile, Canadá, Estados Unidos, Equador, Guatemala, Panamá, Peru, Paraguai, República Dominicana e Uruguai optaram por não enviar delegações à posse de Maduro.[14]
Repercussão
editarPaíses que contrários a posse de Nicolás Maduro
- Estados Unidos: O governo dos Estados Unidos anunciou um aumento de 25 milhões de dólares na recompensa por informações que levem à captura do presidente Nicolás Maduro, como represália à sua terceira posse.[15]
- União Europeia: O Conselho Europeu aprovou sanções contra 15 funcionários do governo, incluindo a presidente do Tribunal Supremo, Caryslia Rodríguez, e oficiais do Conselho Nacional Eleitoral.[16]
- Canadá: O governo canadense impôs sanções a 14 funcionários após a posse, proibindo residentes e cidadãos canadenses de realizarem transações com os sancionados.[17]
- Equador: Por meio de um comunicado, o Ministério das Relações Exteriores do Equador declarou que houve "desrespeito à vontade popular por parte do regime de Maduro, que assumiu um cargo que foi arbitrariamente retirado do povo venezuelano, que votou majoritariamente em Edmundo González, o verdadeiro e legítimo Presidente".[18]
Países que felicitaram a posse de Nicolás Maduro
- Bolívia: O presidente boliviano Luis Arce parabenizou Nicolás Maduro por seu novo mandato em suas redes sociais, afirmando: "Desde a Bolívia, enviamos nosso abraço e felicitações ao presidente venezuelano Nicolás Maduro, a quem desejamos sucesso neste novo período de governo que hoje se inicia".[19]
- Honduras: O chanceler Enrique Reina afirmou que o governo hondurenho reconhece Nicolás Maduro como presidente pela terceira vez, dizendo: "Assim como qualquer país, cada nação tem o direito de estabelecer relações com quem desejar. Nós reconhecemos o resultado divulgado pela autoridade eleitoral na Venezuela e estamos representados por uma comitiva oficial em seu governo".[20]
Ver também
editarReferências
- ↑ «Maduro presta juramento em posse para terceiro mandato como presidente da Venezuela». ISTOÉ Independente. 10 de janeiro de 2025. Consultado em 11 de janeiro de 2025
- ↑ «'Paz, soberania e igualdade', diz Maduro em discurso de posse do 3º mandato». UOL. 10 de janeiro de 2025. Consultado em 10 de janeiro de 2025
- ↑ «Após dizer sem provas que venceu eleição, Maduro toma posse na Venezuela em meio a violência, autoritarismo e isolamento». G1. 10 de janeiro de 2025. Consultado em 11 de janeiro de 2025
- ↑ Lopes, Nathallie (28 de julho de 2024). «Entenda como funcionam as eleições da Venezuela». Poder360. Consultado em 10 de janeiro de 2025
- ↑ «Acordo de Barbados: relembre o documento assinado por governo e oposição da Venezuela que definiu critérios para as eleições». Brasil de Fato. 25 de julho de 2024. Consultado em 10 de janeiro de 2025
- ↑ a b «Maduro toma posse para terceiro mandato após eleição contestada e diz que 'ninguém impõe um presidente à Venezuela'». G1. 10 de janeiro de 2025. Consultado em 10 de janeiro de 2025
- ↑ Lima, Polianne. «Venezuela fecha parte da fronteira com a Colômbia antes da posse de Maduro». CNN Brasil. Consultado em 10 de janeiro de 2025
- ↑ «4 questões para entender o que está acontecendo na Venezuela em meio à nova posse de Maduro». G1. 10 de janeiro de 2025. Consultado em 10 de janeiro de 2025
- ↑ «Brasil enviará embaixadora à posse de Maduro, há 12 anos no poder | Metrópoles». www.metropoles.com. 10 de janeiro de 2025. Consultado em 10 de janeiro de 2025
- ↑ «Posse de Maduro: os destaques da cerimônia realizada sob acusações de fraude». BBC News Brasil. 10 de janeiro de 2025. Consultado em 10 de janeiro de 2025
- ↑ Infobae, Por Newsroom (9 de janeiro de 2025). «Un enviado especial de Xi Jinping asistirá a la toma de posesión de Maduro en Venezuela». infobae (em espanhol). Consultado em 10 de janeiro de 2025
- ↑ Espectador, El (8 de janeiro de 2025). «ELESPECTADOR.COM». ELESPECTADOR.COM (em espanhol). Consultado em 10 de janeiro de 2025
- ↑ «Los apoyos internacionales de Maduro y Edmundo González ante la asunción presidencial en Venezuela». infobae (em espanhol). 8 de janeiro de 2025. Consultado em 10 de janeiro de 2025
- ↑ «Maduro deve ter posse esvaziada com a presença de poucos chefes de Estado; veja quem vai». G1. 10 de janeiro de 2025. Consultado em 10 de janeiro de 2025
- ↑ Parraga, Matt Spetalnick, Marianna. «EUA aumentam recompensa por informações para prisão de Maduro para US$ 25 milhões». CNN Brasil. Consultado em 10 de janeiro de 2025
- ↑ Meijer, Bart. «União Europeia amplia sanções contra autoridades da Venezuela». CNN Brasil. Consultado em 11 de janeiro de 2025
- ↑ Shakil, Ismail. «Canadá impõe sanções a autoridades da Venezuela por violação de direitos humanos». CNN Brasil. Consultado em 11 de janeiro de 2025
- ↑ «¿Cómo reaccionó el mundo a la investidura de Nicolás Maduro?». Voz de América (em espanhol). 10 de janeiro de 2025. Consultado em 11 de janeiro de 2025
- ↑ Sputnik (11 de janeiro de 2025). «"¡Viva la unidad latinoamericana!": Luis Arce felicita a Maduro por su investidura». Ahora El Pueblo (em espanhol). Consultado em 11 de janeiro de 2025
- ↑ «Honduras reconoce a Nicolás Maduro como presidente de Venezuela». HCH.TV (em espanhol). 10 de janeiro de 2025. Consultado em 11 de janeiro de 2025
