Revolta de Jorge, o Boitaco
A Revolta de Jorge, o Boitaco (em búlgaro: Въстание на Георги Войтех; em sérvio: Словенски устанак у Поморављу - Revolta Eslava em Pomoravlje) foi uma revolta búlgara contra o Império Bizantino em 1072. Foi a segunda grande tentativa de restaurar o Império Búlgaro após a Revolta de Pedro Deliano em 1040-1041.
Revolta da Jorge, o Boitaco | |||
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Guerras civis bizantinas, guerras bizantino-búlgaras | |||
Bulgária sob o jugo bizantino. Mapa das revoltas que levaram à criação do Segundo Império Búlgaro. Em laranja, a campanha de Constantino Bodino. | |||
Data | 1072 – 1073 | ||
Local | Tema da Bulgária | ||
Desfecho | Vitória bizantina | ||
Beligerantes | |||
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Comandantes | |||
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Forças | |||
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História
editarOs principais pré-requisitos desta revolta foram a debilidade do Império Bizantino após as invasões dos pechenegues no baixo Danúbio, a grande derrota frente aos turcos seljúcidas na Batalha de Manziquerta (1071) e a invasão dos normandos do sul da Itália, além de um aumento de impostos durante o reinado de Miguel VII Ducas[1]. Ela foi articulada pela nobreza búlgara em Escópia liderada por Jorge, o Boitaco e o filho de Miguel, o príncipe sérvio de Dóclea, Constantino Bodino, foi escolhido como líder, por ser descendente do imperador Samuel[2]. No outono de 1072, Constantino chegou em Prizren e foi proclamado imperador dos búlgaros sob o nome de Pedro III. O príncipe sérvio enviou 300 soldados, liderados pelo voivoda Petrilo[3].
Um exército sob o comando de Damião Dalasseno foi imediatamente enviado por Constantinopla para ajudar o estratego do Tema da Bulgária, Nicéforo Caranteno. Na batalha que se seguiu, o exército bizantino foi completamente derrotado. Dalasseno e outros comandantes bizantinos foram capturados e Escópia foi tomada pelas tropas búlgaras[4].
Após este sucesso inicial, os rebeldes tentaram expandir a área sob seu controle. Constantino Bodino seguiu para o norte e chegou até Naísso. Como algumas cidades búlgaras que contavam com guarnições bizantinas não se renderam, ele as incendiou. Petrilo marchou par ao sul e capturou Ácrida e Devol. Porém, próximo à cidade de Castória, seu grande exército foi derrotado pelos bizantinos juntamente com alguns comandantes búlgaros que não que reconheceram Pedro III como monarca[5].
Outro exército foi enviado de Constantinopla sob Miguel Saronita. Ele tomou Escópia e, em dezembro de 1072, derrotou o exército de Constantino Bodino num local conhecido como Taônio (ao sul de Kosovo Polje). Constantino e Boitaco foram capturados[6]. O exército que o príncipe Miguel enviou para salvar seu filho não fracassou por que seu comandante, um mercenário normando, desertou para os bizantinos. A revolta foi finalmente esmagada em 1073 pelo duque Nicéforo Briênio[7].
Referências
- ↑ Павлов, 63; Литаврин, 402-403
- ↑ Златарски, II: 138, 141
- ↑ Златарски, II: 141-142; Литаврин, 403-404
- ↑ Златарски, II: 142-143; Литаврин, 404-405; Павлов, 65
- ↑ Златарски, II: 143-144; Павлов, 66; Литаврин, 405-406
- ↑ Златарски, II: 145-146; Павлов, 67-69; Литаврин, 406-408
- ↑ Златарски, II: 147-148
Bibliografia
editar- Златарски, В. История на българската държава през средните векове, том II: България под византийско владичество, Издателство „Наука и изкуство“, София 1972 (цитирано по електронното издание в Книги за Македония, 10.8.2008)
- Павлов, Пл. Бунтари и авантюристи в Средновековна България, Издателство „Абагар“, Велико Търново 2000, ISBN 954-427-423-5 (глава Георги Войтех от "рода на кавканите" в електронното издание LiterNet, 2005)
- Литаврин, Г. Болгария и Византия в XI-XII вв., Издательство Академии наук СССР, Москва 1960