Risperidona

composto químico
Estrutura química de Risperidona
Risperidona
Aviso médico
Nome IUPAC (sistemática)
4-[2-[4-(6-fluorobenzo[d]isoxazol-3-il)-
1-piperidil]etil]-3-metil-
2,6-diazabiciclo[4.4.0]deca-1,3-dien-5-ona
Identificadores
CAS 106266-06-2
ATC N05AX08
PubChem 5073
DrugBank APRD00187
Informação química
Fórmula molecular C23H27N4FO2 
Massa molar 410,485 g/mol
Farmacocinética
Biodisponibilidade 70% (oral)
Metabolismo Hepático (mediado por CYP2D6)
Meia-vida 3 a 20 horas
Excreção Renal
Considerações terapêuticas
Administração Oral e injeção intramuscular de liberação prolongada
DL50 ?

Risperidona é um antipsicótico atípico potente desenvolvido pela Janssen Farmacêutica. Usa-se mais frequentemente no tratamento de psicoses delirantes, incluindo-se a esquizofrenia. Porém a risperidona, como os demais antipsicóticos atípicos, é também utilizada para tratar algumas formas de transtorno bipolar, psicose depressiva, transtorno obsessivo-compulsivo e Síndrome de Tourette, além de se mostrar eficaz no tratamento de impulsividade e agressividade. Nos Estados Unidos da América ela também foi aprovada para o tratamento sintomático de irritabilidade em crianças e adolescentes autistas.[1] Para tratamento de transtornos do espectro autista e formas de autismo mais brandas não é recomendado devido aos efeitos colaterais do mesmo.

Efeitos colaterais

editar
 
Perfil do receptor de risperidona

Efeitos colaterais comuns são: sedação, tontura, tremores, constipação e aumento de peso. Alguns efeitos colaterais sérios são: discinesia tardia, síndrome neuroléptica maligna, um risco aumentado de suicídio e hiperglicemia.[2][3]

Farmacologia

editar

Risperidona é um potente bloqueador da ação do neurotransmissor dopamina, através da inibição do funcionamento dos seus receptores, especialmente os do tipo D2. Risperidona também atua como um antagonista do 5-HT2A, e pode ser usado para bloquear rápida e eficientemente os efeitos do 5-HT2A de drogas como o LSD. Contudo, o uso de antipsicóticos em pessoas sobre a influência do LSD é alegado como extremamente desagradável. Por isso, Valium é mais recomendado para reduzir os efeitos colaterais do LSD. Seus efeitos são discutidos pela comunidade científica, sendo elevada a resposta placebo, provavelmente indicando uma resolução natural dos sintomas.[4][5][6]

Ligações externas

editar

Referências

  1. «FDA Approves the First Drug to Treat Irritability Associated with Autism, Risperdal» (Nota de imprensa). FDA. 2 de outubro de 2006. Consultado em 2 de outubro de 2006 
  2. «Risperidone Monograph for Professionals». Drugs.com (em inglês). Consultado em 19 de julho de 2019 
  3. Tarascon pocket pharmacopoeia 2015 deluxe lab coat edition. Sudbury: Jones & Bartlett Learning. 2014. pp. 434–435. ISBN 1284057569. OCLC 922644939 
  4. RAMOS, Melissa Guarieiro; ROCHA, Fábio Lopes. Eficácia e segurança dos antipsicóticos atípicos nas demências: uma revisão sistemática. J. bras. psiquiatr., Rio de Janeiro, v. 55, n. 3, 2006 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0047-20852006000300008&lng=en&nrm=iso>. access on 27 June 2013. http://dx.doi.org/10.1590/S0047-20852006000300008.
  5. Stephan Heres, John Davis, Katja Maino, Elisabeth Jetzinger, Werner Kissling e Stefan Leucht. «Why Olanzapine Beats Risperidone, Risperidone Beats Quetiapine, and Quetiapine Beats Olanzapine: An Exploratory Analysis of Head-to-Head Comparison Studies of Second-Generation Antipsychotics» (em inglês). The American Journal of Psychiatry 
  6. T. Scott Stroup, Jeffrey A. Lieberman, Joseph P. McEvoy, Marvin S. Swartz, Sonia M. Davis, Robert A. Rosenheck, Diana O. Perkins, Richard S.E. Keefe, Clarence E. Davis, Joanne Severe, John K. Hsiao e outros. «Effectiveness of Olanzapine, Quetiapine, Risperidone, and Ziprasidone in Patients With Chronic Schizophrenia Following Discontinuation of a Previous Atypical Antipsychotic» (PDF) (em inglês). Psychrights