Sauromaces II
Sauromaces II (em latim: Sauromaces; em georgiano: საურმაგ; romaniz.: Saurmag) foi um príncipe da dinastia cosroida que tornar-se-ia rei (mepe) do Reino da Ibéria de 361 a 363 e novamente de 370 a 378, em oposição a seu primo Mitrídates III (r. 365–380). Era o filho de Reve II (r. 345–361) e Salomé.
Sauromaces II | |
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Mepe do Reino da Ibéria | |
Reinado | 361-363 |
Antecessor(a) | Meribanes III/Reve II |
Sucessor(a) | Aspacures II |
Descendência | Pacúrio |
Dinastia | cosroida |
Pai | Reve II |
Mãe | Salomé |
Nome
editarSauromaces é a forma latina do georgiano Saurmague (საურმაგ, Saurmag), que por sua vez deriva do iraniano antigo Sauromata (Σαυρομάτης, Sauromátе̄s), "um sármata", e o sufixo diminutivo -aka.[1][2]
Vida
editarSauromaces era filho de Reve II (r. 345–361) e Salomé e irmão de Tiridates.[3] Sucedeu seu pai e avô Meribanes III (r. 284–361) no trono e seguiu uma política pró-romana. Em 363, no rescaldo da Paz de Nísibis assinada pelo Império Romano e o Império Sassânida, foi deposto pelo xainxá Sapor II (r. 309–379), que instalou seu tio Aspacures II (r. 363–365) em seu lugar.[4] A intervenção sassânida no Cáucaso acabou atraindo uma resposta romana e, mais tarde, em 370, o imperador Valente (r. 364–378) enviou a décima segunda legião - cerca de 12 mil homens - sob o comando de Terêncio, que restaurou Sauromaces nas províncias ocidentais do Reino da Ibéria, adjacentes à Armênia e Lázica, enquanto o sucessor de Aspacures, Mitrídates III, foi autorizado a manter o controle da parte nordeste do reino. O acordo não foi reconhecido por Sapor, que o considerou motivo para guerra, e retomou as hostilidades contra o Império Romano no início de 371.[5] Em 378, em decorrência da Batalha de Adrianópolis que vitimou Valente, os romanos abandonaram Sauromaces e a Ibéria submeteu-se, inteira ou quase, à suserania sassânida.[6] O filho de Sauromaces, Perânio, foi levado como refém pelos iranianos.[7]
Referências
- ↑ Justi 1895, p. 292-293.
- ↑ Toumanoff 1969, p. 9, nota 45.
- ↑ Toumanoff 1969, p. 25.
- ↑ Toumanoff 1969, p. 21.
- ↑ Lenski 2002, p. 175.
- ↑ Toumanoff 1963, p. 460-461.
- ↑ Toumanoff 1969, p. 24.
Bibliografia
editar- Justi, Ferdinand (1895). Iranisches Namenbuch. Marburgo: N. G. Elwertsche Verlagsbuchhandlung
- Lenski, Noel Emmanuel (2002). Failure of Empire: Valens and the Roman State in the Fourth Century A.D. Berkeley, Los Angeles e Londres: Imprensa da Universidade da Califórnia
- Toumanoff, Cyril (1963). Studies in Christian Caucasian History. Washington: Georgetown University Press
- Toumanoff, Cyril (1969). «Chronology of the Early Kings of Iberia». Traditio 25. 25