Usuário(a):Aluna01/Testes03

Irará
Município do Brasil
Hino
Gentílico iraraense
Localização
Localização de Irará na Bahia
Localização de Irará na Bahia
Localização de Irará na Bahia
Irará está localizado em: Brasil
Irará
Localização de Irará no Brasil
Mapa
Mapa de Irará
Coordenadas 12° 02′ 45″ S, 38° 45′ 57″ O
País Brasil
Unidade federativa Bahia
Região metropolitana Área de Expansão Metropolitana de Feira de Santana
Municípios limítrofes N - Água Fria S - Coração de Maria L - Ouriçangas O - Santanópolis SE - Pedrão
Distância até a capital 128 km
História
Fundação 27 de maio de 1842 (182 anos)
Administração
Prefeito(a) Derivaldo Pinto (PT, 2021–2024)
Características geográficas
Área total [1] 277,792 km²
População total (estimativa IBGE/2021[2]) 28,043 hab.
 • Posição BA: 98°
Densidade 0,1 hab./km²
Clima tropical semi-úmido
Altitude 283 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2010 [3]) 0,620 médio
PIB (IBGE/2016[4]) R$ 240 266 mil
PIB per capita (IBGE/2016[4]) R$ 8 083,5
Sítio irara.ba.gov.br (Prefeitura)

Irará é um município brasileiro, situado no estado da Bahia no nordeste. Em 2022, sua população era de 28.043 habitantes.[5]

Etimologia

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O nome Irará é uma alteração da palavra "arará" originária do tupi e se refere a uma espécie de formiga de asas brancas semelhante aos cupins. Arará significa nascida na luz do dia, pois estas formigas surgem com o nascer do sol[6].


História

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Inicialmente, a área era povoada por indígenas paiaiás, pertencentes ao grupo dos quiriris da nação dos tapuias. Com a chegada da Coroa Portuguesa no século em XVI, os padres jesuítas se estabeleceram com o intuito de catequizar os nativos e mantê-los longe dos colonos, fundando o aldeamento Purificação, atual Irará. Em 1562, os padres construíram uma igreja de São João Batista. [7]

Com a chegada do sertanista e pecuarista Antônio Guedes Brito, em meados de 1717, a colonização da região foi consolidada. A família Guedes Brito[8], possuía uma área extensa concebida por Garcia D’ávila. Nesse contexto, Antônio Guedes Brito recebe como herança de seus pais, Antônio de Brito Correa e Maria Guedes, terras que abrangiam grande parte do sertão da Bahia.

Dessa forma, João Lobo Mesquita recebeu do sertanista a sesmaria “Casa Ponte” e, em 1673, as terras entre Jacuípe e Água Fria foram incorporadas a João Peixoto Viegas pela Carta Régia de 9 de julho [9]. Tal região, abrangia vários municípios incluído a atual Irará.

Capelas como a de Nossa Senhora da Conceição, construída em 1727, a capela de Nossa Senhora do Livramento, construída em 1756 no atual povoado de Caroba, e a capela de Nossa Senhora da Purificação dos Campos serviam como sede para a coordenação e desenvolvimento das aldeias. Sendo habitadas pelos administradores que davam apoio às autoridades civis.

No século XVIII, houve um avanço da pecuária no com a criação de gado no sertão baiano. Mesmo com resistência indígenas, a atual região de Irará continuou ganhando espaço político ao longo dos anos e em 1832 a sede da vila São João Batista de Água Fria foi mudada para o arraial de Purificação dos Campos, e em 27 de maio de 1842, pela lei Provincial 173, a região recebeu o título de vila de Nossa Senhora da Purificação Campos. Em 8 de agosto de 1895 a Vila da Purificação foi elevada à categoria de cidade com o nome de Irará pela lei Estadual nº 100.


Turismo

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Em 2022, o ministério do Turismo emitiu um certificado que inclui Irará no Mapa do Turismo Brasileiro, pertencente a Zona Turística Caminhos do Sertão juntamente com outros 11 municípios da Bahia. [10]

Além disso, Irará é considerada uma cidade histórica. Os resquícios da intervenção jesuíta podem ser visualizados nos sítios arqueológicos presentes nas seguintes comunidades rurais: Açougue Velho, Tapera, Olhos D’Água, Olaria, Caroba, Ingazeira, Brotas, Mangueira, Serino, Largo, Quebra Fogo, Jurema dos Milagres, Cerca de Pedras, Murici, Crioulo, Cardoso, Serra do Cruzeiro, Urubu, Periquito e Fazenda Flor.

A cidade tem outros pontos históricos como: A Capela de Nossa Senhora da Conceição, construída em 1726, na atual Vila de Bento Simões, Portugal. As paredes foram construídas com pedras e óleo de baleia. O forro é coberto de pinturas. O altar possui imagens do século 18. O seu interior foi modificado e, a partir do século 20, uma reforma externa restaurou o prédio. A capela foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico da Bahia em 1987. [11]

Geografia

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Irará está centrado numa zona de transição, entre o recôncavo e os tabuleiros semiáridos, sendo identificada como uma área de transição, uma espécie de “porta para o Sertão [10]A região tem um clima seco, solos rasos e pedregosos, com vegetação misturada, floresta tropical ao leste e caatinga a oeste.

Na porção leste, encontra-se a maior diversidade de espécies como a palmeira, o dendê, o babaçu, a umbaúba, sucupira, braúna, entre outros. Enquanto que na caatinga predominam plantas sub-xerófilas, com pequenas árvores ou arbustos, geralmente com espinhos. [11]


Demografia

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De acordo com o censo de 2022, a população era de 48.293 habitantes. [5]

Economia

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O município possui uma tradição no produção de artesanato e no cultivo da agricultura de subsistência, com destaque para o cultivo de mandioca, pois ela é a matéria prima para farinha de mandioca, que é base da economia municipal, sendo também o trabalho que mais absorve mão de obra dos moradores das zonas rurais. Além disso, o feijão e o milho também configuram como os principais produtos da economia Iraraense. Em Irará, maior parte da produção agropecuária é comercializada na feira livre da cidade.[11]

Iraraenses notáveis

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  1. IBGE (10 de outubro de 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010 
  2. «Cidades e Estados». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 28 de agosto de 2021. Consultado em 3 de abril de 2023 
  3. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 24 de agosto de 2013 
  4. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2016». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 25 de setembro de 2019 
  5. a b cidades.ibge.gov.br https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ba/irara/historico. Consultado em 9 de junho de 2024  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  6. «Toponímia dos municípios baianos: descrição, história e mudanças (PDF)» 
  7. Alcântara, Andreia Silva De (2023). «DIALÉTICA DO TRABALHO E PRODUÇÃO AVÍCOLA EM COMUNIDADES CAMPONESAS DO MUNICÍPIO DE IRARÁ/BA: O ESPAÇO AGRÁRIO EM QUESTÃO». Editora Científica Digital: 98–116. ISBN 978-65-5360-285-4. Consultado em 10 de junho de 2024 
  8. Silva Alcantara, Andreia (31 de dezembro de 2017). «Dimensões do poder: políticas públicas, associativismo e reprodução do campesinato no município de Irará/BA». Revista Campo-Território (28): 150–177. ISSN 1809-6271. doi:10.14393/rct122808. Consultado em 10 de junho de 2024 
  9. MESQUITA, JOSENILDA PINTO; MATTA, ALFREDO EURICO RODRIGUES (20 de setembro de 2017). «METODOLOGIA ATIVA PARA ENSINO DE HISTÓRIA: EXPERIÊNCIA DE FORMAÇÃO NA GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA A DISTÂNCIA DA UNEB.». Associação Brasileira de Educação a Distância ABED. doi:10.17143/ciaed/xxiilciaed.2017.00256. Consultado em 10 de junho de 2024 
  10. a b Irará, Prefeitura de (12 de abril de 2022). «Irará recebe certificado de inserção no Mapa do Turismo Brasileiro». Prefeitura de Irará. Consultado em 10 de junho de 2024 
  11. a b c Alcântara, Andreia Silva De (2023). «DIALÉTICA DO TRABALHO E PRODUÇÃO AVÍCOLA EM COMUNIDADES CAMPONESAS DO MUNICÍPIO DE IRARÁ/BA: O ESPAÇO AGRÁRIO EM QUESTÃO». Editora Científica Digital: 98–116. ISBN 978-65-5360-285-4. Consultado em 10 de junho de 2024 
  12. [1]
  13. «Academia Brasileira de Ciências». web.archive.org. 6 de dezembro de 2010. Consultado em 18 de julho de 2019 
  14. «DNPM - Departamento Nacional de Produção Mineral». web.archive.org. 19 de setembro de 2010. Consultado em 18 de julho de 2019