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Este usuário é gaúcho, tchê! Bah! E o chimarrão já tá servido... Te aprochega, vivente!
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Hoje é domingo, 29 de dezembro de 2024 e a hora certa pelo horário de Brasília é 08:16.
Sejam bem vindos!
Salve Maria, Mãe de meu Senhor (Evangelho segundo Lucas 1, 48)!
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Christianus mihi nomen est, catholicos vero cognomen
(Meu nome é Cristão, meu sobrenome é Católico).
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”
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— São Paciano, Cartas [1].
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Sou católico apostólico romano, gaúcho canguçuense, desde 2010 baseado em Pelotas/RS.
Providencialmente, criei minha conta, tornando-me colaborador da Wikipedia, no dia de São Félix de Cantalice. Tal como ele, sou filho de lavradores, nasci e vivi toda minha infância e mocidade no modo de vida camponês, trabalhando na roça e nas lidas campeiras.
Embora o êxodo rural para o espaço urbano eventualmente produza percalços à inúmeros retirantes, as designações identitárias da minha alteridade camponesa não obstaram a me adequar ao modus vivendi da cultura cosmopolita, pois como santo Agostinho gostava de contemplar em seus livros, a promessa de salvação do Evangelho traz à luz que a Páscoa (i.e., passagem) do homem da concepção à morte é uma peregrinação à sua verdadeira Pátria, o Homo viator (i.e., homem peregrino) que está sempre em prontidão, estando onde Deus o quer.
Eis minha Filosofia de vida. Em outras palavras, é a noção do homem estar necessariamente no mundo e ainda assim ansiando por algo fora dele, na condição de peregrino que abre caminho, em um percurso indeterminado e cheio de opções, escolhido por Livre-arbítrio sob os auspícios da Divina Providência enquanto paga penitência e se dirige para o Céu. Esta práxis foi muito em voga na Idade Média com as peregrinações cristãs, onde a ideia não era chegar, por exemplo, aos Caminhos de Santiago, mas sim um caminho ascético de encontrar-se consigo, de chegar a si mesmo, treinando a paciência e a humildade necessárias para alcançar a outra vida, tendo muito presente a consciência da transitoriedade do tempo (o Tempus fugit) e da fraqueza do homem como pecador (miseria hominis), temas com os quais costumava caminhar.
A partir desses pressupostos sempre envolvi-me no estudo das humanidades (Filosofia, Teologia, História, Arte, Letras) e humanas (Ciências humanas). As humanidades nos ensinam sobre a humanidade, tanto nossa própria humanidade quanto a humanidade de nossos vizinhos. O conhecimento nos torna livres, nos humaniza, e nos garante uma descoberta de propósito existencial e compreensão profunda de si mesmo. Com sorte, descobrimo-nos Homo viator, um peregrino ou viajante que viaja pela vida mortal com vistas à vida eterna.
"O homem moderno, escreveu G. K. Chesterton, é como um viajante que esqueceu o nome de seu destino, e tem que voltar ao lugar de onde veio, até mesmo para descobrir aonde está indo". Parece que cem anos depois as coisas se tornaram piores: o homem moderno não só esqueceu o nome de seu destino, como até se esqueceu de que tem um destino. Ele não sabe que é um viajante. Não sabe que está viajando nem sabe que tem um lugar para onde ir. Tornou-se assim um Homo superbus, um homem soberbo e orgulhoso, uma criatura patética presa dentro dos limites de seu próprio "eu" autoconstruído, um prisioneiro de seu próprio orgulho e preconceito.
Como cantou em castelhanos versos o quatrocentista Jorge Manrique:
Este mundo es el camino
para el otro, que es morada
sin pesar;
mas cumple tener buen tino
para andar esta jornada
sin errar.
Partimos cuando nacemos,
andamos mientras vivimos,
y llegamos
al tiempo que fenecemos;
así que, cuando morimos,
descansamos.
Este mundo bueno fue
si bien usásemos dél,
como debemos,
porque, según nuestra fe,
es para ganar aquel
que atendemos.
Y aun aquel Hijo de Dios,
para subirnos al cielo,
descendió
a nacer acá entre nos
y a vivir en este suelo
do murió
— Coplas por la muerte de su padre
[2]
As humanidades e humanas nos mostram a real loucura do Homo superbus e a incrível sabedoria do Homo viator ao contrastar a perversidade do vilão orgulhoso com a humildade virtuosa do nobre herói. Enquanto o "homem bom" é inspirado em tudo o que faz pelo desejo de servir a Deus e ao próximo, o "homem mau" é inspirado pelo desejo de agradar e servir a si mesmo. A história nos mostra que o homem está sempre oscilando entre esses dois pólos de sua própria natureza. Ora está a cair na loucura do amor idólatra de si mesmo acima de todos os outros, ora é edificado por seu amor altruísta pelo outro. Esta oscilação entre o pecado e a virtude é tanto encontrada no coração de cada homem, como também no coração de cada época da história e em todas as grandes obras escritas ao longo de cada época da história.
Nesse sentido busco contribuir na Wikipedia nas várias áreas do saber, do pensar e do agir humanos, mormente nos seguintes campos: Ciência, Educação, História, Geografia, Catolicismo (como História da Igreja Católica, Hagiografia, Apologética católica, Filosofia cristã, Teologia cristã, Cristianismo, Relação entre religião e ciência etc.