A Vila Cruzeiro é uma favela localizada no bairro da Penha, Zona da Leopoldina, na cidade do Rio de Janeiro, no Brasil.[1]

Vila Cruzeiro vista do alto do teleférico do Alemão.

História

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Essa favela surgiu no século XIX e os primeiros moradores eram escravos fugidos que ficavam no local sob a proteção de um padre abolicionista da Igreja da Penha. Até hoje, as terras onde fica a favela são de propriedade da igreja.

Hoje, o predomínio dos afro-descendentes está presente em toda parte: no samba, no futebol e até nos salões de beleza. Apesar da falta de informações mais precisas, pode-se estimar que boa parte dos 70 mil residentes de Vila Cruzeiro e Parque Proletário (segundo estimava da associação de moradores) sejam negros.

Alberto conta, ainda, que expressões da cultura negra sempre foram fortes na Penha e em suas comunidades.

Outro fator que demonstra uma expressão da cultura negra na comunidade é a escola mirim Petizes da Penha.

Uma outra coisa que caracteriza a Vila Cruzeiro é o Campo do Ordem e Progresso, um campo de futebol que é umas das formas de lazer do local. Esse campo foi criado por volta dos anos 1950 por um morador antigo célebre chamado Sebastião Benedito. No Campo do Ordem e Progresso, surgiu o jogador de futebol Adriano Leite Ribeiro, mais conhecido como Adriano Imperador. Adriano, até hoje, frequenta a comunidade onde nasceu, cresceu e tem muitos amigos.[2]

No campo Ordem e Progresso, situava-se o espaço Criança Esperança, projeto este que foi substituído pelo projeto IBISS.

Unidade de Polícia Pacificadora

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A Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP) inaugurou, em 28 de agosto de 2012, a 27° Unidade de Polícia Pacificadora, a do Complexo da Penha. Com um total de 520 policiais militares que passaram a patrulhar a comunidade Vila Cruzeiro, a iniciativa completou o cinturão de segurança dos complexos da Penha e do Alemão.[3]

Chacina da Vila Cruzeiro

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Em 24 de maio de 2022 ocorreu a Chacina da Vila Cruzeiro, quando 23 pessoas foram mortas durante uma operação conjunta do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) da Polícia Militar do Rio de Janeiro, da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal[4]. Foi a segunda operação policial mais letal da cidade do Rio de Janeiro, atrás apenas da Chacina do Jacarezinho, ocorrida um ano antes[5].

Ligações externas

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Referências

  1. tiago.frederico. «Polícia faz operação em favelas do Complexo da Penha | Rio de Janeiro | O Dia». odia.ig.com.br. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  2. IG (31 de maio de 2010). «Adriano terá de explicar à polícia relação com traficantes». Consultado em 23 de novembro de 2010 
  3. BAND. «Traficantes invadiram casas no Complexo do Alemão, denuncia morador». Consultado em 26 de novembro de 2010 
  4. «Vila Cruzeiro: o que se sabe sobre operação policial que deixou mais de 20 mortos no Rio». BBC News Brasil. Consultado em 15 de outubro de 2024 
  5. Dia, O. (25 de maio de 2022). «Quem são os mortos na megaoperação na Vila Cruzeiro, a segunda mais letal da história do Rio | Rio de Janeiro». O Dia. Consultado em 15 de outubro de 2024