Estação Ferroviária de Cête
A Estação Ferroviária de Cete (nome gabitualmente grafado pelos gestores e operadores ferrovários como "Cête" mesmo após 1945,[1][2][4][5] e até 1911 grafado como "Cette")[3] é uma interface da Linha do Douro, que serve a localidade de Cete, no Distrito do Porto, em Portugal.
Cête | |||||||||||||||||||||||
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a estação em fotografia publicada em 1905, apresentando ainda a sua denominação original — Cette | |||||||||||||||||||||||
Identificação: | 08227 CET (Cête)[1] | ||||||||||||||||||||||
Denominação: | Estação Satélite de Cête | ||||||||||||||||||||||
Administração: | Infraestruturas de Portugal (norte)[2] | ||||||||||||||||||||||
Classificação: | ES (estação satélite)[1] | ||||||||||||||||||||||
Tipologia: | C [2] | ||||||||||||||||||||||
Linha(s): | Linha do Douro (PK 30+169) | ||||||||||||||||||||||
Altitude: | 130 m (a.n.m) | ||||||||||||||||||||||
Coordenadas: | 41°10′19.71″N × 8°21′14.97″W (=+41.17214;−8.35416) | ||||||||||||||||||||||
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Município: | Paredes | ||||||||||||||||||||||
Serviços: | |||||||||||||||||||||||
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Coroa: | PRD2 | ||||||||||||||||||||||
Conexões: | |||||||||||||||||||||||
Equipamentos: | |||||||||||||||||||||||
Endereço: | Rua António Pinto Lopes, s/n PT-4580-311 Cete PRD | ||||||||||||||||||||||
Inauguração: | 30 de julho de 1875 (há 149 anos)[3] | ||||||||||||||||||||||
Website: |
Descrição
editarLocalização e acessos
editarSitua-se na localidade de Cete, com acesso pela Rua António Pinto Lopes.[6] A sua existência (junto com a das interfaces vizinhas de Terronhas, Trancoso, Recarei-Sobreira, e Parada) contribui para que as deslocações pendulares intermunicipais no sul do concelho de Paredes superem as intramunicipais.[7]:p.90,102
Infraestrutura
editarEm 2022, a estação dispunha de três vias de circulação, com 409, 426 e 347 m de comprimento; as três plataformas tinham entre 326 e 231 m de extensão e uma altura de 90 cm.[2] O edifício de passageiros situa-se do lado noroeste da via (lado esquerdo do sentido ascendente, para Barca d’Alva).[4][5]
Serviços
editarEsta interface é servida pelos comboios urbanos da Divisão do Porto da transportadora Comboios de Portugal.[6] Em dados de 2023, esta interface é servida por comboios de passageiros da C.P. de tipo urbano no serviço “Linha do Marco”, com 18 circulações diárias em cada sentido entre Porto - São Bento e Penafiel, e mais 17 entre aquela estação e Marco de Canaveses, bem como uma circulação diária em cada sentido do serviço regional entre Porto - São Bento e Régua.[8]
História
editarEsta interface encontra-se no troço entre Ermesinde e Penafiel da Linha do Douro, que abriu à exploração em 30 de Julho de 1875,[9][10] fazendo parte do elenco inicial de interfaces deste troço.[3]
Em 1902, era denominada de Cette.[11] Em 1913, era utilizada por serviços de diligências até às Termas de São Vicente, Entre-os-Rios, Calçada, Curveira, Greire, Ponte das Cabras, Ribeira, Sobrado de Paiva, Catapeixe, Torre e Várzea.[12]
Na década de 1990, a empresa Caminhos de Ferro Portugueses iniciou um programa de modernização dos caminhos de ferro suburbanos da cidade do Porto, que incluiu o lanço entre Ermesinde e Marco de Canaveses da Linha do Douro.[13] Esta intervenção incluiu a instalação de novos equipamentos de sinalização, a reconstrução das estações e apeadeiros, e a remodelação e electrificação da via férrea.[13] Em Setembro de 1995, foi consignada a empreitada de remodelação do lanço entre esta estação e Valongo, e iniciou-se a elaboração do projecto para a remodelação no lanço seguinte, até Caíde, tendo o correspondente estudo prévio sido terminado em Dezembro desse ano.[13] Uma das principais finalidades destas intervenções foi a redução dos tempos de percurso dos comboios, prevendo-se então que a viagem desde esta estação até ao Porto seria reduzida de 49 para 34 minutos.[13] Desta forma, poderia ser criado um conjunto de serviços suburbanos com origem e destino na cidade do Porto, nas horas de ponta da manhã e da tarde, e que poderiam terminar nesta estação, em Penafiel ou em Marco de Canaveses.[13]
Os melhoramentos introduzidos no virar do século (décadas de 1990 a 2020), nomeadamente de duplicação e eletrificação da via, têm aumentado localmente a atratividade do meio ferroviário para as deslocações de passageiros.[7]:p.124
Em dados de 2010, a estação dispunha de três vias de circulação, com 409, 421 e 342 m de comprimento; as plataformas tinham 318 e 228 m de extensão, e uma altura de 70 cm.[14] — valores mais tarde[quando?] ampliados para os atuais.[2]
Ver também
editarReferências
- ↑ a b c (I.E.T. 50/56) 56.º Aditamento à Instrução de Exploração Técnica N.º 50 : Rede Ferroviária Nacional. IMTT, 2011.10.20
- ↑ a b c d Diretório da Rede 2024. I.P.: 2022.12.09
- ↑ a b c Ramalho Ortigão: “Caminhos de Ferro do Douro” As Praias de Portugal (1876): p.151
- ↑ a b (anónimo): Mapa 20 : Diagrama das Linhas Férreas Portuguesas com as estações (Edição de 1985), CP: Departamento de Transportes: Serviço de Estudos: Sala de Desenho / Fergráfica — Artes Gráficas L.da: Lisboa, 1985
- ↑ a b Diagrama das Linhas Férreas Portuguesas com as estações (Edição de 1988), C.P.: Direcção de Transportes: Serviço de Regulamentação e Segurança, 1988
- ↑ a b «Cête». Comboios de Portugal. Consultado em 15 de Novembro de 2014
- ↑ a b Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território. Câmara Municipal de Paredes; Divisão de Planeamento; Unidade de Planeamento e SIG: Paredes, 2018.07
- ↑ Comboios Urbanos : Porto ⇄ Marco de Canaveses («horário em vigor desde 2022.12.11»)
- ↑ REIS et al, 2006:12
- ↑ TORRES, Carlos Manitto (16 de Fevereiro de 1958). «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 70 (1684). p. 91-95. Consultado em 18 de Outubro de 2011 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ «Linhas Portuguezas» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 15 (353). 1 de Setembro de 1902. p. 266-267. Consultado em 18 de Outubro de 2011 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ «Serviço de Diligencias». Guia official dos caminhos de ferro de Portugal. Ano 39 (168). Outubro de 1913. p. 152-155. Consultado em 8 de Fevereiro de 2018 – via Biblioteca Nacional de Portugal
- ↑ a b c d e MARTINS et al, 1996:227-228
- ↑ «Linhas de Circulação e Plataformas de Embarque». Directório da Rede 2011. Rede Ferroviária Nacional. 25 de Março de 2010. p. 67-89
Bibliografia
editar- MARTINS, João; BRION, Madalena; SOUSA, Miguel; et al. (1996). O Caminho de Ferro Revisitado. O Caminho de Ferro em Portugal de 1856 a 1996. Lisboa: Caminhos de Ferro Portugueses. 446 páginas
- REIS, Francisco; GOMES, Rosa; GOMES, Gilberto; et al. (2006). Os Caminhos de Ferro Portugueses 1856-2006. Lisboa: CP-Comboios de Portugal e Público-Comunicação Social S. A. 238 páginas. ISBN 989-619-078-X