Rodrigo Rollemberg

Ex-Governador do Distrito Federal

Rodrigo Sobral Rollemberg (Rio de Janeiro, 13 de julho de 1959)[1] é um político brasileiro, filiado ao Partido Socialista Brasileiro (PSB). Foi governador do Distrito Federal de 1º de janeiro de 2015 até 31 de dezembro de 2018.

Rodrigo Rollemberg
Rodrigo Rollemberg
Foto: Dênio Simões/Agência Brasília
18.º Governador do Distrito Federal
Período 1º de janeiro de 2015
até 1 de janeiro de 2019
Vice-Governador Renato Santana
Antecessor(a) Agnelo Queiroz
Sucessor(a) Ibaneis Rocha
Senador pelo Distrito Federal
Período 1º de fevereiro de 2011
até 31 de dezembro de 2014
Deputado Federal pelo Distrito Federal
Período 1º fevereiro de 2007
até 31 de janeiro de 2011
Deputado Distrital do Distrito Federal
Período 1º de janeiro de 1999
até 31 de janeiro de 2003
Dados pessoais
Nascimento 13 de julho de 1959 (65 anos)
Rio de Janeiro, Distrito Federal
Nacionalidade brasileiro
Cônjuge Márcia Helena Gonçalves Rollemberg
Partido PSB (1985-presente)
Profissão Historiador, político
Assinatura Assinatura de Rodrigo Rollemberg

Biografia

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Nascido em 1959 na cidade do Rio de Janeiro, chegou a Brasília em 1960. Um dos quinze filhos do ex-juiz e ex-deputado federal sergipano Armando Leite Rollemberg e Teresa Sobral Rollemberg. Graduou-se em 1983 em História na Universidade de Brasília.[2]

Casado com Márcia Helena Gonçalves Rollemberg, tem três filhos. Irmão do jornalista do Senado, Armando Sobral Rollemberg.

É filiado desde 1985 ao PSB.[1]

Cargos eletivos

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Foto oficial de senador (Agência Senado)

Em 1990 disputou sua primeira eleição para deputado distrital mas não se elegeu. Disputou novamente o mesmo cargo em 1994 e alcançou a primeira suplência, assumindo o mandato eventualmente pelas licenças do titular Wasny de Roure.

Destacou-se no combate a grilagem de terras públicas e pela defesa do turismo local. Assumiu a Secretaria de Turismo durante o governo de Cristóvam Buarque. Iniciou o Projeto Orla, de desenvolvimento do lazer e turismo na orla do Lago Paranoá, e implementou o turismo cívico.

Eleito efetivamente em 1998 a deputado distrital, com 15.942 votos, dedicou seu mandato ao combate à grilagem de terras públicas.

Lançou-se candidato a governador do Distrito Federal em 2002, obtendo o 3º lugar.

Em 2003 Rollemberg assumiu a Secretaria Nacional de Inclusão Social, do Ministério da Ciência e Tecnologia.

Em 2006, foi eleito deputado federal com 55.917 votos.

Em 2010 elege-se Senador, juntamente com Cristovam Buarque, com 738.575 votos (33,03% dos votos válidos).

Em 2014, lançou-se novamente candidato a governador do Distrito Federal,[1] foi para o segundo turno das eleições em primeiro lugar obtendo 45,23% dos votos validos (692 855 votos), vencendo também o pleito em segundo turno com 55,56% dos votos válidos (812 036 votos).[3] Em 2018, candidatou-se à reeleição, tendo como vice Eduardo Brandão, do Partido Verde (PV).[4] Classificou-se para o segundo turno em segundo lugar, obtendo 210 510 votos, o que corresponde a 13,93% dos votos válidos.[5] Foi derrotado por Ibaneis Rocha.[6]

Foi candidato a deputado federal em 2022, não conseguindo ser eleito, tendo recebido 51.926 votos.[7]

Controvérsias

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Em fins de 2017 o PDT e o PSD, incluindo o vice-governador Renato Santana (PSD), rompem com Rollemberg. O rompimento gerou acusações do vice contra o governador que incluíam racismo e perseguição. Rollemberg rechaçou as acusações, chamando-as de levianas.[8] [9]

Em abril de 2018, a Agência de Fiscalização do Distrito Federal (AGEFIS) realizou uma ação de fechamento de pousadas clandestinas na Quadra 703 Sul. Segundo a imprensa local, uma das pousadas fechada pertencia à mãe do presidente da Câmara Legislativa, Joe Valle (PDT). Após pressão do deputado Valle, Rollemberg exonerou dois servidores da AGEFIS. [10] [11]

Durante a Greve dos caminhoneiros no Brasil em 2018, o filho mais velho de Rolemberg postou um vídeo nas redes sociais ironizando a falta de combustível nos postos da região enquanto abastecia sua caminhonete. Após a repercussão negativa para Rollemberg, seu filho se retratou publicamente. [12]

Em junho de 2018 a AGEFIS removeu um painel publicitário do grupo jornalístico local Metrópoles, sob a alegação de irregularidades. Em resposta, o grupo Metrópoles alegou que a remoção se tratou de um ato de censura de Rollemberg, gerando protestos da Fenaj, OAB e TV Comunitária, além de políticos locais, principalmente do vice-governador.[13][14][15]

Desempenho em eleições

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Ano Eleição Candidato a Partido Coligação Suplentes/Vice Votos (% válidos) Resultado
2010 Distrital do Distrito Federal Senador[16][17] PSB Novo Caminho
(PRB / PDT / PT / PTB / PMDB / PPS / PHS / PTC / PSB / PRP / PCdoB)
1º suplente: Hélio José (PT)
2º suplente: Claudio Avelar (PCdoB)
738.575 (33,03%) Eleito[18]
2º colocado
2014 Distrital do Distrito Federal Governador[19] PSB Somos Todos Brasília
(PSB / SD / PDT / PSD)
Renato Santana (PSD) 1º turno: 692.855 (45,23%)
2º turno: 812.036 (55,56%)
Eleito[20]
2º turno
2018 Distrital do Distrito Federal Governador[4] PSB Brasília de Mãos Limpas
(PSB / PV / PCdoB / PDT / REDE)
Eduardo Brandão (PV) 1º turno: 210.510 (13,94%)
2º turno: 451.329 (30,21%)
2º colocado[21]
2º turno
2022 Distrital do Distrito Federal Deputado Federal PSB Sem coligação - 51.926 Não eleito

Referências

  1. a b c «Rollemberg 40». Eleições 2014. Consultado em 25 de julho de 2014 
  2. «Posse Senadores 2011». Consultado em 5 de abril de 2013. Arquivado do original em 3 de março de 2016 
  3. UOL (26 de outubro de 2014). «Rollemberg vence e PSB governará Distrito Federal pela primeira vez». UOL. Consultado em 26 de outubro de 2014 
  4. a b «Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais 2018». TSE. Consultado em 7 de outubro de 2018 
  5. «Rodrigo Rollemberg 40». Eleições 2018. Consultado em 28 de outubro de 2018 
  6. «Ibaneis Rocha é o novo governador do DF - ISTOÉ Independente». ISTOÉ Independente. 28 de outubro de 2018 
  7. «Apuração das Eleições 2022 para presidente, governadores, senadores, deputados federais e estaduais». noticias.uol.com.br. Consultado em 25 de outubro de 2024 
  8. Ana Viriato (11 de novembro de 2017). «Saída do PSD da base deixa Rodrigo Rollemberg mais isolado para 2018». Correio Braziliense. Consultado em 6 de junho de 2018 
  9. Letícia Carvalho (23 de abril de 2018). «Vice do DF acusa Rollemberg de racismo e perseguição; 'ação leviana', rebate governo». G1-DF. Consultado em 6 de junho de 2018 
  10. Lilian Tahan/Maria Eugênia (25 de abril de 2018). «Ação da Agefis em pousada da família de Joe Valle acaba em exoneração». Metrópoles. Consultado em 6 de junho de 2018 
  11. Tatiana Castro (13 de abril de 2018). «Agefis faz apreensão em pousadas que funcionam ilegalmente na 703 Sul -As pousadas irregulares já haviam sido interditadas em 2008, mas voltaram a funcionar, segundo a agência». Correio Braziliense. Consultado em 6 de junho de 2018 
  12. G1 DF (28 de maio de 2018). «Filho do governador do DF mostra galão cheio de combustível e brinca com situação». G1. Consultado em 6 de junho de 2018 
  13. Lilian Tahan (2 de junho de 2018). «Rollemberg censura o Metrópoles». Metrópoles. Consultado em 6 de junho de 2018 
  14. Ana Helena Paixão/Lúcio Lambranho (2 de junho de 2018). «Fenaj, OAB e TV Comunitária repudiam remoção de painel do Metrópoles». Metrópoles. Consultado em 6 de junho de 2018 
  15. Caio Barbieri (3 de junho de 2018). «Santana sobre Rollemberg: "Tenho vergonha de ser vice desse vagabundo"». Metrópoles. Consultado em 6 de junho de 2018 
  16. «Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais 2010». TSE. Consultado em 28 de outubro de 2018 
  17. «Rollemberg (400/PSB) - Políticos do Brasil». UOL. Consultado em 28 de outubro de 2018 
  18. «Apuração de votos e candidatos eleitos (1º turno)». UOL. Consultado em 28 de outubro de 2018 
  19. «Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais 2014». TSE. Consultado em 28 de outubro de 2018 
  20. «UOL Eleições 2014 Distrito Federal/DF». UOL. Consultado em 28 de outubro de 2018 
  21. «Resultado da apuração do 2º turno das Eleições 2018». G1. Consultado em 28 de outubro de 2018 

Ligações externas

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