Estação Ferroviária de Caxias

estação ferroviária em Portugal

A Estação Ferroviária de Caxias é uma gare da Linha de Cascais, que serve a localidade de Caxias, no município de Oeiras, em Portugal.

Caxias
Estação Ferroviária de Caxias
plataformas da estação, em 2020
Identificação: 69120 CXS (Caxias)[1]
Denominação: Estação de Caxias
Administração: Infraestruturas de Portugal (até 2020: centro;[2] após 2020: sul)[3]
Classificação: E (estação)[1]
Tipologia: C [3]
Linha(s): Linha de Cascais (PK 11+763)
Altitude: 8 m (a.n.m)
Coordenadas: 38°41′55.72″N × 9°16′27.86″W

(=+38.69881;−9.27441)

Mapa

(mais mapas: 38° 41′ 55,72″ N, 9° 16′ 27,86″ O; IGeoE)
Município: OeirasOeiras
Serviços:
Estação anterior Comboios de Portugal Comboios de Portugal Estação seguinte
Paço Arcos
Oeiras
Cascais
  C   Crz.Quebrada
Cais Sodré

1980s:
Cascais todas Oeiras todas Oeiras semi-rápido
Coroa: Coroa 1 Navegante
Conexões:
Ligação a autocarros
Ligação a autocarros
1115 1117 1122 1507 1525
Serviço de táxis
Serviço de táxis
OER
Equipamentos: Bilheteiras e/ou máquinas de venda de bilhetes Parque de estacionamento Acesso para pessoas de mobilidade reduzida Telefones públicos
Inauguração: [quando?]
Website:
Exterior da estação, em 2020.
Vista da plataforma, em 2020.
Comboio em Caxias, 2020.
 Nota: Este artigo é sobre a estação na Linha de Cascais, em Portugal. Se procura a estação em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, veja Largo da Estação Férrea. Se procura a estação em Caxias, no Maranhão, veja Ferrovia São Luís–Teresina. Se procura a estação em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, veja Estação Duque de Caxias. Se procura a estação na Linha do Norte, em Portugal, com um nome semelhante, veja Estação Ferroviária de Caxarias.

Descrição

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Localização e acessos

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Situa-se na localidade de Caxias, servindo esta vila e a praia homónima.[4]

Vista do passadiço, para nascente (esq.) e para poente (d.ta), em 2022.

Infraestrutura

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Esta interface apresenta duas vias de circulação, identificadas como LA e LD, com comprimentos de 254 e 265 m e acessíveis por plataformas ambas com 140 m de comprimento e com 110 cm de altura.[3] O edifício de passageiros situa-se do lado norte da via (lado direito do sentido ascendente, a Cascais).[5][6]

Serviços

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Em dados de 2023, esta interface é servida por comboios de passageiros da C.P. de tipo urbano no serviço “Linha de Cascaistipicamente com 69 circulações diárias em cada sentido entre Cais do Sodré e Cascais ou Oeiras; passam sem paragem nesta interface 33 circulações do mesmo tipo, entre Cais do Sodré e Cascais.[7]

História

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Horários da Linha de Cascais em 1902, incluindo a estação de Caxias.

Planeamento e inauguração

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Em 1870, o engenheiro M. A. Thomé de Gamond propôs a construção de um caminho de ferro entre Lisboa e Colares via Cascais e Sintra, e que passaria por Caxias.[8] Um alvará de 9 de Abril de 1887 autorizou a Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses a construir uma linha marginal entre Lisboa e Cascais, tendo as obras começado com o lanço entre Cascais e Alcântara.[8] Este projecto foi defendido pelo engenheiro Pedro Inácio Lopes numa exposição em Junho de 1888, na Associação dos Engenheiros Civis de Portugal, onde deu relevo ao cáracter suburbano da futura linha, tendo proposto a criação de comboios entre o Terreiro do Paço e Caxias.[8]

O tramo entre Cascais e Pedrouços foi inaugurado pela Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses em 30 de Setembro de 1889, desde logo com via dupla.[9]

Século XX

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A estação, vista de nascente, em 1935.
CP-USGL + CP-Reg + Soflusa + Fertagus
 
             
 
(n) Azambuja 
               
 Praias do Sado-A (u)
(n) Espadanal da Azambuja 
               
 Praça do Quebedo (u)
(n) Vila Nova da Rainha 
             
 Setúbal (u)
**(n) Carregado 
     
 
 
     
 Palmela (u)
(n) Castanheira do Ribatejo 
             
 Venda do Alcaide (u)
(n) Vila Franca de Xira 
       
 
 
 Pinhal Novo (u)(a)
(n) Alhandra 
             
 Penteado (a)
(n) Alverca   Moita (a)
(n) Póvoa   Alhos Vedros (a)
(n) Santa Iria   Baixa da Banheira (a)
(n) Bobadela   Lavradio (a)
(n) Sacavém   Barreiro-A (a)
(n) Moscavide   Barreiro (a)
(n) Oriente   (Soflusa)
(n)(z) Braço de Prata 
         
 
 
 Terreiro do Paço (a)
 
 
 
 
 
 
 
 
 Penalva (u)
(n)(ẍ) Santa Apolónia 
 
 
 
 
 
       
 Coina (u)
(z) Marvila 
 
         
 Fogueteiro (u)
(z) Roma-Areeiro 
           
 Foros de Amora (u)
(z) Entrecampos 
           
 Corroios (u)
(z)(7) Sete Rios 
           
 Pragal (u)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Campolide (z)(s)(u)*
(s) Benfica   Rossio (s)
(s) Santa Cruz-Damaia   Cais do Sodré (c)
(s) Reboleira   Santos (c)
(z) Alcântara-Terra 
 
 
 
 
   
 Alcântara-Mar (c)
(s) Amadora   Belém (c)
(s) Queluz-Belas   Algés (c)
(s) Monte Abraão   Cruz Quebrada (c)
(s) Massamá-Barcarena   Caxias (c)
(s)(o) Agualva-Cacém   Paço de Arcos (c)
 
 
 
         
 Santo Amaro (c)
(o) Mira Sintra-Meleças   Rio de Mouro (s)
(s) Mercês   Oeiras (c)
(s) Algueirão - Mem Martins   Carcavelos (c)
(s) Portela de Sintra   Parede (c)
(s) Sintra   São Pedro Estoril (c)
(o) Sabugo 
           
 São João Estoril (c)
(o) Pedra Furada 
           
 Estoril (c)
(o) Mafra 
           
 Monte Estoril (c)
(o) Malveira 
           
 Cascais (c)
**(o) Jerumelo 
 
 
     
 

2019-2021 []

Linhas: a L.ª Alentejoc L.ª Cascaiss L.ª Sintra C.ª X.
n L.ª Norteo L.ª Oestez L.ª Cinturau L.ª Sul7 C.ª 7 R.
(*) vd. Campolide-A   (**)   continua além z. tarif. Lisboa

(***) Na Linha do Norte (n): há diariamente dois comboios regionais nocturnos que param excepcionalmente em todas as estações e apeadeiros.
Fonte: Página oficial, 2020.06

Em 7 de Agosto de 1908, a Companhia Real assinou um contrato com a Sociedade Estoril, para a exploração da Linha de Cascais.[10]

Em 15 de Agosto de 1926, foi inaugurada a tracção eléctrica na Linha de Cascais.[11]

A Sociedade Estoril realizou obras de reparação nesta interface, em 1933[12] e 1934.[13]

No XI Concurso das Estações Floridas, organizado em 1952 pela C.P. e pela Repartição de Turismo do Secretariado Nacional de Informação, a estação de Caxias foi premiada com uma menção honrosa simples.[14] sendo o chefe de estação Luís Lourenço de Carvalho.[15]

Em Janeiro de 1977, expirou o contracto com a Sociedade Estoril, pelo que a Linha de Cascais voltou a ser explorada pela empresa Caminhos de Ferro Portugueses.[16]

Em Janeiro de 2011, contava com duas vias de circulação, com 254 e 265 m de comprimento; as plataformas tinham todas 140 m de extensão, e 110 cm de altura[17] — valores mais tarde[quando?] alterados para os atuais.[3]

Ver também

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Referências

  1. a b (I.E.T. 50/56) 56.º Aditamento à Instrução de Exploração Técnica N.º 50 : Rede Ferroviária Nacional. IMTT, 2011.10.20
  2. Diretório da Rede 2021. IP: 2019.12.09
  3. a b c Diretório da Rede 2024. I.P.: 2022.12.09
  4. «Caxias». Comboios de Portugal. Consultado em 15 de Novembro de 2014 
  5. (anónimo): Mapa 20 : Diagrama das Linhas Férreas Portuguesas com as estações (Edição de 1985), CP: Departamento de Transportes: Serviço de Estudos: Sala de Desenho / Fergráfica — Artes Gráficas L.da: Lisboa, 1985
  6. Diagrama das Linhas Férreas Portuguesas com as estações (Edição de 1988), C.P.: Direcção de Transportes: Serviço de Regulamentação e Segurança, 1988
  7. Comboios Urbanos : Lisboa : Cais do Sodré ⇄ Cascais («horário em vigor desde 2 de maio 2023»). Esta informação refere-se aos dias úteis.
  8. a b c MARTINS et al, 1996:29-30
  9. TORRES, Carlos Manitto (16 de Janeiro de 1958). «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 70 (1682). p. 61-64. Consultado em 6 de Fevereiro de 2013 
  10. MARTINS et al, 1996:252
  11. MARTINS et al, 1996:99
  12. «O que se fez nos Caminhos de Ferro em Portugal no Ano de 1933» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 47 (1106). 16 de Janeiro de 1934. p. 49-52. Consultado em 25 de Novembro de 2011 
  13. «O que se fez nos caminhos de ferro em Portugal, em 1934» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 47 (1129). 1 de Janeiro de 1935. p. 27-29. Consultado em 25 de Maio de 2017 
  14. «Ao XI Concurso das Estações Floridas apresentaram-se 78 estações» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 65 (1558). 16 de Novembro de 1952. p. 338. Consultado em 25 de Maio de 2017 
  15. «XI Concurso das Estações Floridas» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 66 (1570). 16 de Maio de 1953. p. 112. Consultado em 25 de Maio de 2017 
  16. MARTINS et al, 1996:64
  17. «Linhas de Circulação e Plataformas de Embarque». Directório da Rede 2012. Rede Ferroviária Nacional. 6 de Janeiro de 2011. p. 71-85 
 
Vista para nascente aquando do acidente de maio de 2012.

Bibliografia

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  • MARTINS, João; BRION, Madalena; SOUSA, Miguel; et al. (1996). O Caminho de Ferro Revisitado: O Caminho de Ferro em Portugal de 1856 a 1996. Lisboa: Caminhos de Ferro Portugueses. 446 páginas 

Ligações externas

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