Estação Ferroviária de Campolide
Campolide | |||||||||||||||||||||||||||||||||
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vista geral da estação de Campolide, em 2002 | |||||||||||||||||||||||||||||||||
Identificação: | 60004 CAE (Campolide)[1] | ||||||||||||||||||||||||||||||||
Denominação: | Estação de Concentração de Campolide | ||||||||||||||||||||||||||||||||
Administração: | Infraestruturas de Portugal (até 2020: centro;[2] após 2020: sul)[3] | ||||||||||||||||||||||||||||||||
Classificação: | EC (estação de concentração)[1] | ||||||||||||||||||||||||||||||||
Linha(s): |
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Altitude: | 53 m (a.n.m) | ||||||||||||||||||||||||||||||||
Coordenadas: | 38°43′57.972″N × 9°10′4.548″W (=+38.73277;−9.16793) | ||||||||||||||||||||||||||||||||
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Município: | Lisboa | ||||||||||||||||||||||||||||||||
Serviços: | |||||||||||||||||||||||||||||||||
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Coroa: | Coroa L Navegante | ||||||||||||||||||||||||||||||||
Conexões: | |||||||||||||||||||||||||||||||||
Equipamentos: | |||||||||||||||||||||||||||||||||
Inauguração: |
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Website: |
Campolide-A | |
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Identificação: | 67033 CDA (Campolide-A)[1] |
Denominação: | Estação de Concentração de Campolide-A |
Administração: | Infraestruturas de Portugal (até 2020: centro;[2] após 2020: sul)[3] |
Classificação: | EC (estação de concentração)[1] |
Altitude: | 56 m (a.n.m) |
Coordenadas: | |
38° 43′ 53,436″ N, 9° 10′ 07,86″ O | |
Website: |
A Estação Ferroviária de Campolide situa-se em Lisboa, Portugal. É servida por comboios suburbanos da CP Lisboa (Linha de Sintra e Linha da Azambuja) e da Fertagus. É um importante nó ferroviário, onde se cruzam e/ou têm início as Linhas do Sul, de Cintura e de Sintra. A estação original de Campolide entrou ao serviço em 1891.[4]
Descrição
editarLocalização e acessos
editarApesar de se situar na freguesia de Campolide, a estação ainda se distancia do centro do bairro epónimo, sendo o bairro mais próximo o da Liberdade. A ligação de Campolide à estação de Campolide faz-se através da carreira 702 da Carris. Tem acesso pelo Largo da Estação, na cidade de Lisboa.[5]
Infraestrutura
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Esta interface dispõe de duas gares: Campolide, na Linha de Sintra, e Campolide A, na Linha de Cintura e na Linha do Sul (término). Nos terrenos anexos existe ainda um vasto parque de manobras e estacionamento, e as oficinas da EMEF Campolide. Situam-se ainda neste complexo ferroviário o portal norte do Túnel do Rossio, e o acesso ferroviário à Ponte 25 de Abril. A estações seguintes são:
Existe ainda uma concordância para tráfego direto entre Campolide A e Benfica. Campolide / Campolide A situa-se no vértice do triângulo ferroviário topologicamente oposto à Concordância de Sete Rios, que liga as estações de Sete Rios (Linha de Cintura) e Benfica (Linha de Sintra). |
Faz parte de um conjunto de quatro estações ferroviárias no centro de Lisboa, terminais das ligações radiais:
- Lisboa - Santa Apolónia (terminal da Linha do Norte - suburbana, regional, intercidades, internacional)
- Lisboa - Rossio (terminal da Linha de Sintra - suburbana)
- a montante: Campolide-A (terminal da Linha do Sul)
- Lisboa - Cais do Sodré (terminal da Linha de Cascais - suburbana)
- Lisboa - Sul e Sueste (terminal da Linha do Alentejo - suburbana, fluvial)
Estes quatro terminais encontram-se ligados entre si por intermédio de carreiras de transportes urbanos, operadas pela Carris e pelo Metro:
- Santa Apolónia ⇄ Sul e Sueste: Carris (206, 210, 728, 735, 759, 781, 782, 794) e Metro (Linha Azul)
- Santa Apolónia ⇄ Rossio: Carris (206, 759, 794) e Metro (Linha Azul)
- Santa Apolónia ⇄ Cais do Sodré: Carris (206, 210, 706, 735, 781, 782)
- Sul e Sueste ⇄ Rossio: Carris (206, 759, 794) e Metro (Linha Azul)
- Sul e Sueste ⇄ Cais do Sodré: Carris (206, 210, 735, 781, 782)
- Rossio ⇄ Cais do Sodré: Carris (206, 207, 736) e Metro (Linha Verde)
Em Janeiro de 2011, apresentava cinco vias de circulação, com 233 a 310 m de comprimento; as plataformas tinham 236 a 287 m de extensão, e 90 cm de altura.[6]
A estação de Campolide conta com uma torre de controle, que foi desenhada por Cottinelli Telmo em 1940 e construída no mesmo ano.[7]
História
editarSéculo XIX
editarEm Janeiro de 1880, foi apresentada ao parlamento uma proposta para um contracto com a Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses, relativo à construção de uma linha desde a Santa Apolónia (Lisboa) até Pombal, seguindo pelo vale de Chelas e pela costa Oeste.[8] No entanto, esta proposta não teve seguimento devido à queda do governo, pelo que em 31 de Janeiro de 1882 a Companhia Real fez um novo pedido, desta vez para um grupo de linhas unindo Alcântara à Figueira da Foz, Merceana, e Sintra.[8] Um alvará de 7 de Julho de 1886 autorizou a Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses a construir um ramal entre a Benfica, na futura Linha do Oeste, e Xabregas, de forma a ligar as duas linhas.[8][9] Outro alvará, de 23 de Junho de 1887, permitiu que a linha de união fosse desde logo construída em via dupla, e autorizou a construção de duas concordâncias, uma em Braço de Prata e outra de Campolide a Sete Rios, para facilitar o trânsito dos comboios para a futura estação central, a construir no Terreiro do Duque.[8] Em 25 de Junho de 1887 iniciaram-se as obras do Túnel do Rossio, que ligaria Campolide à estação central, tendo a abertura sido feita a partir de duas frentes, a partir das bocas do túnel.[10] Um alvará de 9 de Outubro desse ano autorizou a Companhia Real a construir um ramal em via dupla desde o Vale de Alcântara até à futura estação central.[8] Entretanto, o troço original da Linha de Sintra, entre as estações de Sintra e Alcântara-Terra, abriu à exploração em 2 de Abril de 1887.[8] Em 5 de Abril de 1889 foi inaugurado provisoriamente o túnel.[11] Os primeiros comboios atravessaram o túnel em Maio de 1889, e tanto o túnel como a estação do Rossio foram inaugurados em Maio de 1891, e entraram ao serviço em 11 de Junho desse ano.[8] Entretanto, a linha entre Xabregas e Benfica abriu em 20 de Maio de 1888,[8] e em 5 de Setembro de 1891 foram abertas as duas concordâncias até Braço de Prata e Sete Rios.[8]
Nos finais do século XIX, foi instalado em Campolide um sistema de sinalização e encravamento de agulas do tipo Saxby & Farmer, como parte de um programa da Companhia Real para modernizar a sinalização nas linhas suburbanas de Lisboa, devido ao acentuado aumento no tráfego.[12]
Em 10 de Janeiro de 1894, a Companhia Real anunciou o concurso para a empreitada de construção de uma cocheira de locomotivas em Campolide, com a base de licitação em 4.200$00 Réis.[13]
Século XX
editarDécadas de 1900 e 1910
editarEm 16 de Maio de 1901, a Gazeta dos Caminhos de Ferro noticiou que uma comissão de moradores das povoações servidas pela Linha de Sintra tinha entregue um baixo-assinado à Companhia Real, de forma a providenciar uma ligação entre os comboios daquela linha e os de Cascais em Campolide, de forma a evitar que os passageiros pudessem ter acesso às praias ao longo daquela linha, sem passar pelo Rossio.[14]
Em 16 de Junho de 1902, a Gazeta dos Caminhos de Ferro noticiou que tinha sido construída em Campolide uma junção transversal, permitindo a circulação directa dos comboios no sentido de Santa Apolónia e de Alcântara Terra.[15] Em 4 de Dezembro de 1909, o rei D. Manuel II passou por Campolide na sua viagem de regresso a Portugal, vindo de França, tendo sido aclamado pelo povo na estação.[16]
Em 14 de Janeiro de 1914, iniciou-se uma greve dos funcionários da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses, que levaram à paralisação quase total dos comboios em Lisboa durante cerca de uma semana.[17] Os grevistas fizeram vários actos de sabotagem, levando à ocupação das principais estações, incluindo o Rossio e Campolide, por parte da polícia e das forças militares.[17] Na manhã do dia 15, o comboio 5003 saiu da estação do Rossio, com escolta militar, tendo demorado cerca de 40 minutos a chegar a Campolide, onde foi abalroado por um grupo de 300 grevistas, que insultaram o maquinista e obrigaram o comboio a parar.[17] De tarde foi feita uma nova tentativa, com vários guardas armados dentro da cabina da locomotiva, tendo o comboio chegado sem incidentes a Campolide.[17] A situação melhorou nos dias seguintes, mas voltou a deteriorar-se no dia 23, quando voltaram a ser feitos actos de violência, tendo um maquinista sido agredido em Campolide.[17]
Décadas de 1920 e 1930
editarEm 1920, foram ampliadas as oficinas de Campolide.[18] Em 1925, entraram ao serviço as locomotivas da Série 601 a 608, que ficaram desde logo afectas ao depósito de Campolide, para fazer os comboios rápidos entre o Rossio e Vila Nova de Gaia.[19]
Cerca de 1932, o arquitecto Cottinelli Telmo projectou a Escola Profissional de António Vasconcellos Correia, destinada ao Grupo Instrutivo Ferroviário de Campolide do Pessoal das Máquinas e Oficinas da CP, tendo o edifício sido inaugurado em 1934.[20]
Um diploma do Ministério das Obras Públicas e Comunicações de 13 de Janeiro de 1937 aprovou o projecto da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses para a expansão e modificação da estação de Campolide, e para uma variante na via descendente entre o Apeadeiro de Cruz da Pedra e Campolide.[21] Em 1 de Julho desse ano, a Gazeta dos Caminhos de Ferro noticiou que já tinha sido reservada a quantia de cerca de 500 mil escudos para a modificação das vias férreas e das plataformas em Campolide, sendo um dos objectivos o descongestionamento dos comboios com origem e destino na estação do Rossio, prevendo-se que as obras seriam iniciadas ao fim de poucos dias.[22]
Num artigo da Gazeta dos Caminhos de Ferro de 1 de Novembro de 1938, o jornalista José Fernando de Sousa propôs a electrificação do Túnel do Rossio, devido ao desconforto para os passageiros causado pelo material a vapor, sendo o material motor dos comboios trocado à passagem por Campolide.[23] Nesse ano, a estação de Campolide foi alvo de grandes obras de modificação, por parte da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses.[24]
Em 1939, chegou a Portugal um conjunto de carruagens metálicas que tinham sido fabricadas pela casa americana Budd, tendo sido feitas várias viagens para testar o novo material, incluindo uma em 7 de Abril desse ano, de Campolide a Vila Nova de Gaia,[19] que serviu para regular a futura marcha dos comboios rápidos.[25] Foi utilizado um comboio formado pela locomotiva 501, um furgão e três carruagens, que demorou três horas e nove minutos na viagem, com paragens em Pampilhosa, Albergaria e Entroncamento.[19] Em Agosto desse ano, ainda decorriam as obras de ampliação de Campolide, incluindo a modificação da linha para Sintra, de forma a deixarem de ser feitos cruzamentos de itinerários no interior do túnel.[26] Nesse ano também foi montado o pontão de Campolide, sobre a variante à linha descendente para Sintra.[27] No dia 1 de Agosto, reiniciou-se o comboio Sud Expresso, após um período de interrupção de três anos durante a Guerra Civil Espanhola, ligando Lisboa a Paris; este serviço tinha uma carruagem directa até Alcântara-Mar e Estoril, que era atrelada ou desatrelada do resto do comboio em Campolide.[28]
O início da Segunda Guerra Mundial, em 1939, causou grandes restrições à importação de combustíveis, que atingiu tanto os caminhos de ferro como os automóveis.[29] Desta forma, verificou-se uma ressurreição temporária dos veículos a tracção animal, que funcionavam em combinação com o transporte ferroviário, transportando passageiros, bagagens e mercadorias desde as estações até aos domicílios, como sucedeu em Campolide.[29]
Décadas de 1940 e 1950
editarEm 16 de Junho de 1940, a Gazeta dos Caminhos de Ferro noticiou que a estação de Campolide estava em obras, incluindo a construção de um novo aqueduto e a instalação de novas vias férreas.[30] Em 1940, foi concebida a torre de controle de Campolide,[31] que foi um dos primeiros postos de sinalização electromecânica da Companhia Caminhos de Ferro Portugueses.[32] Após a electrificação, os equipamentos já existentes foram integrados nos novos sistemas de controlo de tráfego.[33] Esta obra fez parte de um conjunto de intervenções que a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses fez para modernizar os seus sistemas de sinalização e de gestão de tráfego nas principais estações, que incluíram a construção de várias torres de controlo.[34] A partir dos finais da década de 1940, a Companhia dos Caminhos de Ferro começou a adquirir material motor a gasóleo, tendo-se decidido montar em Campolide um posto oficinal destinado a este tipo de veículos.[35] Em 16 de Setembro de 1948, a Gazeta dos Caminhos de Ferro relatou que já estava quase concluída a primeira oficina para a reparação do material a gasóleo, que seria completamente separada das que serviam as locomotivas a vapor.[36] Em 1 de Abril de 1949, a Gazeta informou que tinham chegado mais quatro locotractoras, que já tinham sido transportadas para as oficinas de Campolide, e que iriam entrar ao serviço dentro de 60 dias.[37] Em 30 de Junho desse ano, foi feito um comboio especial de Campolide para Sintra, para testar uma das novas locotractoras, experiência que contou com a presença de vários altos funcionários da companhia e do director da General Electric.[38]
Em 21 de Janeiro de 1950, foram feitas obras de adaptação na cocheira de Campolide, para servir de ponto de recolha para automotoras e locomotivas a gasóleo.[39] Estas oficinas ganharam reputação internacional, tendo sido por diversas vezes visitadas por técnicos do estrangeiro, que vinham estudar o processo de substituição da frota a vapor pelo gasóleo, em linhas onde não se justificava a electrificação.[40] Em Novembro de 1951, foi organizada a exposição de arte Os Pintores e o Caminho de Ferro na Gare do Rossio, tendo uma das obras apresentada sido Estação de Campolide, de Domingos Rebelo.[41]
A Gazeta dos Caminhos de Ferro de 16 de Janeiro de 1953 noticiou que o deputado Pinho Brandão tinha discursado na Assembleia Nacional sobre o problema das comunicações ferroviárias entre Lisboa e a Margem Sul do Tejo, tendo-se proposto a construção de uma grande ponte sobre o Rio Tejo, que em Lisboa iria-se ligar à estação de Campolide.[42] Em 1955, os comboios de passageiros de longo curso passaram a ser feitos em Santa Apolónia em vez do Rossio, e as locomotivas da Série 500 foram passadas para o depósito do Barreiro.[19]
Em Março de 1955, o lanço entre Campolide e o Rossio foi temporariamente encerrado para as obras de electrificação, tendo os comboios sido desviados para as estações do estação do Rego e Sete Rios. Campolide deixou de ter serviços de passageiros, mas os de mercadorias continuaram a ser feitos como normal.[43] Os serviços até ao Rossio foram retomados em 12 de Julho desse ano, após o final das obras no túnel.[44]
Década de 1970
editarEm 1972, o Serviço de Estatística e Mecanografia da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses foi transferido do Rossio para Campolide, onde foi ampliado com um novo computador IBM, que foi o primeiro na companhia a trabalhar com discos.[45]
A capa do álbum Campolide, de Sérgio Godinho, editado em 1979, é ilustrada com uma foto mostrando o cantor na gare desta estação, em edifício entretanto demolido.[46]
Década de 1990
editarNa década de 1990, iniciou-se um programa de melhoria da oferta na Linha de Sintra, que incluiu a remodelação e modernização das estações, introdução de novo material circulante, a modificação do sistema de sinalização com a instalação de um sistema centralizado de controlo de tráfego, e a quadruplicação da via férrea entre Campolide e o Cacém.[47] Em 1992, entraram ao serviço novas automotoras quádruplas eléctricas, no lanço entre Campolide e Cacém da Linha de Sintra.[48] Em 1996, estava em curso da primeira fase de execução do projecto de modernização da sinalização electrónica na Linha de Sintra, que previa a instalação de novos equipamentos, do tipo ESTW L 90, no lanço entre Campolide e Cacém, incluindo a via quádrupla.[49] Todo o sistema de sinalização seria controlado a partir de um posto central de telecomando, no sistema CTC, a construir na estação de Campolide.[49] Este centro de comando permitiu a concentração de quase todas as operações naquela área, aumentando as condições de qualidade, capacidade e serviço, e reduzindo os custos de operação.[50] Este projecto foi lançado pelo GNFL - Gabinete do Nó Ferroviário de Lisboa, que também estava a planear a modernização e a construção da nova estação de Campolide, em conjunto com a Rede Ferroviária Nacional.[51] Em 1995, algumas das locomotivas da Série 1200 estavam a fazer serviço de manobras em várias estações de Lisboa, incluindo Campolide.[52]
O GNFL também dirigiu as obras para o Eixo Ferroviário Norte - Sul, correspondente à ligação entre as duas margens do Tejo, pela Ponte 25 de Abril[49] Este empreendimento implicou a instalação de novos lanços de via férrea dupla electrificada entre Campolide e Pinhal Novo, e a construção de várias interfaces ferroviárias, incluindo uma nova gare em Campolide, que deveria estar ligada ao Metropolitano de Lisboa.[53] A sinalização do Eixo Norte - Sul também seria controlada a partir de Campolide.[54] Em 1996, já se tinha iniciado a construção de várias empreitadas deste projecto, incluindo o Viaduto de Campolide.[53]
Século XXI
editarO jornal Público de 30 de Novembro de 2002 noticiou que nesse fim de semana iria ser cortada a circulação dos comboios entre Campolide e Braço de Prata, para as obras de quadruplicação de via e de construção da nova estação de Roma-Areeiro, tendo sido organizado um serviço de autocarros de substituição.[55][56]
Entre 2004 e 2008 o Túnel do Rossio esteve encerrado para obras de reabilitação, levando também à desativação da estação do Rossio por igual período,[57] ficando os serviços com origem e destino em Sintra encurtados a Campolide.[58]
Ver também
editar- Comboios de Portugal
- Infraestruturas de Portugal
- Transporte ferroviário em Portugal
- História do transporte ferroviário em Portugal
Referências
- ↑ a b c d (I.E.T. 50/56) 56.º Aditamento à Instrução de Exploração Técnica N.º 50 : Rede Ferroviária Nacional. IMTT, 2011.10.20
- ↑ a b Diretório da Rede 2021. IP: 2019.12.09
- ↑ a b Diretório da Rede 2025. I.P.: 2023.11.29
- ↑ REIS et al, 2006:12
- ↑ «Campolide». Comboios de Portugal. Consultado em 15 de Novembro de 2014
- ↑ «Linhas de Circulação e Plataformas de Embarque». Directório da Rede 2012. Rede Ferroviária Nacional. 6 de Janeiro de 2011. p. 71-85
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- ↑ «Comboios suprimidos entre Campolide e Braço de Prata». Público. Ano 13 (4637). Lisboa: Público, Comunicação Social, S. A. 30 de Novembro de 2002. p. 53
- ↑ «Circulação ferroviária entre Campolide e Braço de Prata cortada no fim-de-semana». Público. Agência Lusa. 29 de novembro de 2002
- ↑ Estação do Rossio. Grupo Infraestruturas de Portugal IP • Unidade de Património Histórico Cultural e Direção de Comunicação, Imagem e Stakeholders: 2017. Colab. Arquivo Histórico da C.P. (folheto desdobrável)
- ↑ horário da Linha de Sintra (2003.08.07).
Bibliografia
editar- AFONSO, João (2005). IAPXX: Inquérito à Arquitectura do Século XX em Portugal. Lisboa: Ordem dos Arquitectos. 290 páginas. ISBN 972-8897-14-6
- MARQUES, Ricardo (2014). 1914: Portugal no ano da Grande Guerra 1.ª ed. Alfragide: Oficina do Livro - Sociedade Editora, Lda. 302 páginas. ISBN 978-989-741-128-1
- MARTINS, João; BRION, Madalena; SOUSA, Miguel; et al. (1996). O Caminho de Ferro Revisitado: O Caminho de Ferro em Portugal de 1856 a 1996. Lisboa: Caminhos de Ferro Portugueses. 446 páginas
- PINTO, A. U. Fialho (1991). Para um Museu da Viatura de Tracção Animal. Oeiras: Câmara Municipal de Oeiras. 82 páginas
- REIS, Francisco; GOMES, Rosa; GOMES, Gilberto; et al. (2006). Os Caminhos de Ferro Portugueses 1856-2006. Lisboa: CP-Comboios de Portugal e Público-Comunicação Social S. A. 238 páginas. ISBN 989-619-078-X
Ligações externas
editar- «Página com fotografias da Estação de Campolide, no sítio electrónico Railfaneurope» (em inglês)
- «Página com fotografias da Estação de Campolide, no sítio electrónico Railpictures» (em inglês)
- «Página sobre a Estação de Campolide, no sítio electrónico Wikimapia»
- Estação Ferroviária de Campolide na base de dados SIPA da Direção-Geral do Património Cultural