Língua Nuu-chah-nulth

Língua uacaxã

A língua nuchanul (em nuchanul: nuučaan̓uɫ,[4] AFI: [nuːt͡ʃaːnˀuɬ]), ou, na forma mais fiel à escrita em inglês, nuu-chah-nulth, é uma língua uacaxã (wakashan no inglês) falada hoje em dia no Noroeste Pacífico, região norte do continente americano, na costa oeste da Ilha Vancouver, de Barkley Sound até Quatsino Sound, na Colúmbia Britânica, pelos povos nuchanul. A língua nuchanul é uma língua sul-uacaxã (ou nootka por ter se originado na Ilha Nootka) com parentesco às línguas ditidaht e makah. A língua se encontra atualmente em severo risco de extinção segundo o Livro Vermelho das Línguas Ameaçadas, pois conta com 635[5] falantes, dos quais 110[6] são falantes nativos.[7][8]

Nuchanul

nuučaan̓uɫ

Pronúncia:[nuːt͡ʃaːnˀuɬ]
Outros nomes:Nuu-chah-nulth, Nootka, Nuucaan’ul, Tahkaht
Falado(a) em:  Canadá
Região: Costa Oeste da Ilha de Vancouver, desde Barkley Sound até Quatsino Sound, na Colúmbia Britânica
Total de falantes: 635 (Censo de 2021)[1], 110 nativos (FPCC 2018)[2]
Família: Língua Uacaxã
 Uacaxã do Sul
  Nuchanul
Escrita: alfabeto latino, alfabeto nuchanul[3]
Códigos de língua
ISO 639-1: --
ISO 639-2: ---
ISO 639-3: nuk
Região onde a língua é falada

Nuchanul foi a primeira língua dos povos indígenas da costa do Noroeste Pacífico a ter documentos com suas características escritas. Em 1780, colonizadores e comerciantes europeus, incluindo George Vancouver e Juan Francisco Quadra, invadiram Nootka Sound e outras aldeias dos povos nuchanul, fazendo relatórios de suas viagens. De 1803 a 1805, John R. Jewitt, um ferreiro inglês, foi mantido em cativeiro pelo chefe nuchanul Maquinna em Nootka Sound. Ele aprendeu a língua nuchanul e, em 1815, publicou um memorando com um curto glossário de certos termos na língua.

Etimologia

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O nome de longa data "Nootka" ("passar em volta") foi dado pela primeira vez aos habitantes da costa pelo explorador James Cook . Ele aparentemente se perdeu no nevoeiro quando algum nuchanul gritou: “nook-sitl!" (“Você tem que dirigir em volta da ilha!”). Mas Cook e seus homens acreditaram que esse seria o nome da ilha. Logo o termo "Nootka" passou a se referir a todos os falantes da língua uacaxã e incluía as tribos Nuchanul, Ditidaht e Makah . Os próprios nuchanul não viram a necessidade de adotar um nome abrangente até o século XX. O termo escolhido foi "Nuchanul" ("tudo ao redor das montanhas e do mar"), pois expressa melhor a relação de cada uma das Primeiras Nações nuchanul com o mar e a terra que ocupam.[7][9][10]

História

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O primeiro contato europeu com a língua nuchanul foi com James Cook, no episódio em que erroneamente assimilou o termo "Nootka" aos povos que habitavam a região. No entanto o maior contato com a língua se deu no cativeiro de John R. Jewitt e seu relato sobre a experiência em seu livro[11].

No entanto com a diminuição da população desse povo, atualmente com apenas 7680 (FPCC 2014)[6] indivíduos que se reconhecem como parte da cultura nuchanul, e o aumento no uso do inglês como língua principal, a língua nuchanul se viu reservada apenas ao uso cerimonial, que também tem visto uma queda, com os únicos falantes fluntes possuindo mais de 30 anos[12].

Fonologia

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Nuchanul tem 35 consoantes:

Consoantes[13]
Bilabial Alveolar Lateral Velar Uvular Faringeal Glotal
modal africada palatal modal labializada modal labializada
Plosivas vozeada (b)[a] (d) ʔ[b]
desvozeada p t c č ƛ k q
ejetiva č̓ ƛ̓ k̓ʷ () (q̓ʷ)
Fricativas s š ł x x̣ʷ h
Nasal m n y (l) ŋ w ʕ
Nasal Glotalizada (l̓)


As vogais na língua nuchanul são influenciadas pelas consoantes que as circundam, com algumas consoantes frontais influenciando a língua a ter menos vogais alofônicas posteriores.

Vogais[14]
Frontal Central Posterior
longa curta longa curta longa curta
Fechada i u
Média e
Aberta a
  1. Todas os fonemas que aparecem entre parênteses são usados raramente ou para palavras estrangeiras
  2. A plosiva glotal "ʔ" também pode ser ocasionalmente representada com o uso do algarismo "7".

Próximas às ressonantes glotalizadas, assim como às ejetivas e faringeais, vogais podem ser laringealizadas.

Em geral, o peso fonético das sílabas em nuchanul determina aonde a tonicidade se encontra. Vogais curtas seguidas por consoantes que não são glotalizadas e vogais longas são pesadas. Quando não há sílabas pesadas ou são todas pesadas, a sílaba tônica é sempre a primeira.

Nuchanul tem vogais fonêmicas curtas e longas. Tradicionalmente, se reconhece uma terceira classe de vogais. Tais vogais são longas quando ficam nas duas primeiras sílabas de uma palavra. Em quaisquer outros locais, são curtas.

Ortografia

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Alfabeto Nuchanul[14]
a aa c č č̓ e ee h i ii k k̓ʷ ł ƛ ƛ̓ m n o oo p q s š t u uu w x x̣ʷ y ʔ ʕ

Todas as vogais duplicadas (como aa) podem também ser representadas com o uso de "ː" (como aː).

Gramática[14]

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Podem ser usadas abreviações para os principais grupos de dialetos: B (Barkley Sound[15], dialetos:Huuayaht, Hupacasath, Tseshaht, Uchucklesaht, Toquaht, Ucluelet), Q (Kyuquot Sound[16], dialetos: Ḵa:’yu:’k’t’h’-Che:ḵ’tles7et’h’ ), N (Região Norte, dialetos: Mowachaht-Muchalaht, Nuchatlaht, Ehattesaht-Chinehkint) e C (Região Central, dialetos: Tlaoquiaht, Ahousaht, Hesquiaht)

Nuchanul é uma língua polissintética, com suas frases ordenadas seguindo o padrão Predicado-Sujeito-Objeto.

As orações em nuchanul são constituídas de pelo menos um predicado. Os afixos são usados nessas orações em conjunto do predicado para dar sentido a frase por meio das características de aspecto e tempo. O modo é utilizado para indicar o propósito, fonte e veracidade do conteúdo da frase.

O aspecto em nuchanul é usado para definir a extensão de uma ação em um intervalo de tempo e sua relação com outros eventos. Podem ser considerados 7 aspectos:

Aspectos
Nome Prático Nome Técnico Afixo Significado
Completos Momentâneo –(C)iƛ, –uƛ Faça uma vez
Inicial –°ačiƛ, –iičiƛ Comece a fazer
Contínuos Duradouro –(ʔ)ak, –(ʔ)uk, –ḥiˑ Evento estático
Continuativo –(y)aˑ Evento dinâmico
Em Andamento Gradativo LS No meio do processo
Repetitivos Repetitivo RL–(ƛ)–, L–(y)a Repetido em intervalos regulares
Ocasionais iterativo R–š, –ł, –ḥ Repetido em intervalos irregulares
  • Em que cada (–) representa o radical da palavra.
  • Algumas análises separam os aspectos momentâneo e inicial, mas para a maioria dos propósitos, pode-se presumir que eles sejam um único aspecto, ou seja, completo. Da mesma forma, algumas separam o duradouro e o continuativo, mas ambos são tratados aqui como contínuos.
  • A letra "C" é usada para representar uma consoante qualquer.
  • As Letras L, S e R são utilizadas para representar alterações que alguns afixos fazem no radical em que são usados. Sendo L para "lengthening", S para "shortening" e R para "Reduplication", respectivamente do Inglês, Alongada, Encurtada e Duplicada.

Os tempos do passado e do futuro são expressados por suas terminações. As do futuro são: –w̓itas̓ *, –w̓its̓* e =ʔaqƛ*, =ʔaːqƛ*, mas possuem sentidos diferentes. Enquanto o =ʔaqƛ* se refere a um evento futuro, –w̓itas̓ * apresenta uma intenção ou expectativa de que algo irá acontecer.

Uma forma especial de futuro aparece em ʔam̓iiƛik* (amanhã) e tuupšiik* (uma tarde futura).

O clítico do tempo pretérito =mit se apresenta em diversas formas, dependendo do seu radical, de outras terminações que o antecedem e/ou o procedem e no dialeto em questão. Temos a seguir algumas formas do Pretérito em alguns dialetos: Central 1 (C1, característico de Ahousaht), o Central 2 (C2, característico de Tlaoquiaht e Hesquiaht), Mowachaht Muchalaht (MM), Ehattesaht-Nuchatlaht (EN), Kyuquot (Q) e o Barkley (B).

Diversas Formas do Pretérito
Após Barkley C1 C2 MM EN Q
Radical com CV =mit =mit =mit =mi(t) =mi(t) =nit
Vogal longa, "m" ou "n" =mit =mit =mit =mi(t) =mi(t) =nt
Vogal curta =imt =mit =mit =mi(t) =mi(t)

ou =um(t)

=int
Outras Consoantes =it =it =mit =mi(t) =in(t) =int
=!ap =!amit =!amit =mit =mi(t) =in(t) =int
=!at =!aːnit =!anit =mit =mi(t) =in(t) =int
  • EN e Q se diferenciam dos demias por apresentarem /n/ em algumas de suas formas.
  • MM e EN acabam por não utilizar o /t/ a depender de algumas terminações de modo.

Os modos podem ser divididos em dois principais: os que marcam a oração principal (OP) de uma sentença e aqueles que marcam orações subordinadas (OS).

Modos de OP
Modo Forma Significado
Neutro =∅ O falante não faz nenhuma afirmação
Verdadeiro =maˑ* A sentença é verdadeira
Forte =ʔiˑš* A sentença é verdadeira
Rumor =waˑʔiš* A sentença é baseada em informações reportadas por terceiros
Interrogativo =ḥaˑ* A sentença é uma pergunta
Imperativo =!iˑ A sentença é um comando/
Modos de OS
Modo Forma Significado
Fraco =(y)iː* O falante não faz nenhuma afirmação
Definida =ʔiˑtq* O sujeito ou objeto da oração é um específico
Artigo =ʔiˑ O sujeito ou objeto da oração é um específico
Artigo de Rumor =čaˑ Informações do sujeito ou objeto da oração são reportadas por terceiros
Integrante =qaˑ* A informação nela explica a da OP
Plausível =quː* A informação nela pode ser ou é verdadeira
Desconhecida =(w)uːsi* A informção é desconhecida

Pronomes são elementos que tomam o lugar ou se referem aos participantes de uma oração.

Pronomes
Pessoas Radical Objeto Sujeito Possessivo Curto
Eu si– siičił siy̓aaq siy̓aas siy̓a
Você sut– suutił suw̓aaq suw̓aas suw̓a
Nós (N,Q) nuḥ– nuuḥił* nuuw̓aaq nuuw̓aas nuuw̓a
Nós (B,C) niḥ– niiḥił* siiw̓aaq niiw̓aas niiw̓a
Vós siḥ– siiḥił siiw̓aaq siiw̓aas siiw̓a
  • Q não usa pronomes curtos, enquanto os outros (N, B e C) podem os usar como objetos ou como pronomes.
  • Um exemplo dos pronomes curtos sendo usados como pronomes é "siy̓a", que significa "quanto a mim".

Os pronomes demonstrativos em nuchanul são utilizados para 4 distâncias, da menor para a maior: aqui (este) < ao seu lado (esse) < ali(aquele) < ao longe.

Os seus usos são muito semelhantes aos da Língua Portuguesa, no entanto se limitam a apenas apresentar a distância do falante ou do interlocutor ao objeto ou a tópicos da conversa, não apresentando nenhum uso para tempo.

Pronomes Demonstrativos
Pronome Barkley Central e Norte Q
Longo Curto Longo Curto Longo Curto
Este ʔaḥkuu ʔaḥ ʔaḥkuu ʔaḥ ʔaḥkuu ʔaḥ
Este (Dinâmico) - - ḥiy̓aḥi ḥiy̓a ḥiy̓aḥ(a)* -
ḥay̓aḥ(a)*
Esse ʔaḥn̓ii - ʔaḥn̓ii - ʔaḥn̓ii -
Esse (Tópico) ʔaḥʔaa - ʔaḥʔaa - ʔaḥʔaa -
Aquele yaał yaa ḥaay̓aḥi* C, MM ḥaa ḥaaʔaḥ(a) -
ḥaaʔaḥi* EN
Aquele (Longe) yeeł yee ḥuuy̓aḥi* C, MM ḥuu ḥuuʔaḥ(a) -
ḥuuʔaḥi* EN
  • ḥiy̓aḥi* indica algo que acaba de aparecer ou um tópico que acabou de entrar na conversa.
  • ʔaḥʔaa se refere a algo que acaba de ser mencionado. As formas ʔaḥʔaaʔaƛ*, ʔaḥʔaaƛ* representam "e", "ou", "e então" e "além disso".

Os pronomes indefinidos podem ser separados em dois: os quantitativos (que estão relacionados a quantidades) e os interrogativos/afirmativos.

Quantitativos
Pronomes Radical Uso no Predicado Uso para Entidades Uso para Tempo
Todo(s)/Tudo hiš‑ hišuk hišuk taakšiƛ
Vários ʔaya ʔaya ʔaya ʔayap̓it*, ʔayap̓t*
Algum(ns) ʔuuš ʔuuš ʔuušḥ ʔuušyuuya*, ʔuušyuuy(a)*
Nenhum wik wik̓iit wikstup wiiy̓a
  • Os pronomes indefinidos "algum lugar" e "nenhum lugar" são expressos com, respectivamente, –saːcu, –saːc(a).
Pronomes Interrogativos Afirmativos
Quem ʔač– B, C: ʔačaq N, Q: ʔačaaq yaq yaqʷ–
O Que ʔaq– B, C: ʔaqaq N, Q: ʔaqaaq qʷiq qʷi–
Como ʔaaqin qʷaa
O Que (ação) B, C, N: ʔaaqinʔap Q: ʔaaqinp qʷaaʔap
O Que (acontecimento) ʔaqis qʷis
Por Que ʔaqisḥ ʔaaqinqḥ qʷaa qʷaaqḥin
Onde waas– B, C, N: waasi Q: waasa hił
Quando B, C, N: waasqʷii Q: waasaqʷii B, C, N: qʷiyu Q: qʷiya
Qual waayaq waayaq
Quanto ʔuna qum̓aa
  1. «Indigenous Languages across Canada». statcan. Consultado em 12 de março de 2024 
  2. «Nuu-chah-nulth». ethnologue. Consultado em 12 de março de 2024 
  3. «nuu-chah-nulth alphabet». tla-o-qui-aht.org. Consultado em 13 de março de 2024 
  4. «About the Language Program». Hupač̓asatḥ. Consultado em 8 de agosto de 2015 
  5. Government of Canada, Statistics Canada (29 de março de 2023). «Indigenous languages across Canada». www12.statcan.gc.ca. Consultado em 13 de março de 2024 
  6. a b «Nuu-chah-nulth | Ethnologue Free». Ethnologue (Free All) (em inglês). Consultado em 13 de março de 2024 
  7. a b «Wakashan Linguistics Page: Languages». depts.washington.edu. Consultado em 25 de março de 2024 
  8. «UNESCO's world Atlas of Languages». UNESCO. Consultado em 25 de março de 2024 
  9. «Nitinaht Region | Welcome to our world». nitinaht.com (em inglês). 21 de dezembro de 2016. Consultado em 25 de março de 2024 
  10. insideout. «Makah Tribal Info». Makah Tribe (em inglês). Consultado em 25 de março de 2024 
  11. Jewitt, John (1849). Narrative of the Adventures and Sufferings of John R. Jewitt, only survivor of the crew of the ship Boston, during a captivity of nearly three years among the savages of Nootka Sound: with an account of the manners, mode of living, and religious opinions of the natives. [S.l.: s.n.] 
  12. «Nuu-chah-nulth in the language cloud». Ethnologue. Consultado em 16 de março de 2024 
  13. «nuu-chah-nulth alphabet». languagegeek. Consultado em 14 de março de 2024 
  14. a b c Werle, Adam (2015). Refêrencia para Gramática Nuchanul (PDF). [S.l.: s.n.] 
  15. Charters, Alberni. «Map of Barkley Sound». Consultado em 25 de março de 2024 
  16. «Kyuquot BC – Ka:'yu:'k't'h' / Che:k'tles7et'h'» (em inglês). Consultado em 25 de março de 2024 

Bibliografia

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Em Inglês

  • Carlson, Barry F.; Esling, John H.; Fraser, Katie (2001), «Nuuchahnulth», Journal of the International Phonetic Association, 31 (2), pp. 275–279 
  • Kim, Eun-Sook. (2003). Theoretical issues in Nuu-chah-nulth phonology and morphology. (Doctoral dissertation, The University of British Columbia, Department of Linguistics).
  • Nakayama, Toshihide (2001). Nuuchahnulth (Nootka) morphosyntax. Berkeley: University of California Press. ISBN 0-520-09841-2
  • Sapir, Edward. (1938). Glottalized continuants in Navaho, Nootka, and Kwakiutl (with a note on Indo-European). Language, 14, 248–274.
  • Sapir, Edward; & Morris Swadesh. (1939). Nootka texts: Tales and ethnological narratives with grammatical notes and lexical materials. Philadelphia: Linguistic Society of America.
  • Sapir, Edward; & Swadesh, Morris. (1955). Native accounts of Nootka ethnography. Publication of the Indiana University Research Center in Anthropology, Folklore, and Linguistics (No. 1); International journal of American linguistics (Vol. 21, No. 4, Pt. 2). Bloomington: Indiana University, Research Center in Anthropology, Folklore, and Linguistics. (Reprinted 1978 in New York: AMS Press, ISBN).
  • Shank, Scott; & Wilson, Ian. (2000). Acoustic evidence for ʕ as a glottalized pharyngeal glide in Nuu-chah-nulth. In S. Gessner & S. Oh (Eds.), Proceedings of the 35th International Conference on Salish and Neighboring Languages (pp. 185–197). UBC working papers is linguistics (Vol. 3).