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Casa de Vidro
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Casa de Vidro
Informações gerais
Arquiteto Lina Bo Bardi
Construção 1951
Estado de conservação SP
Património nacional
Classificação CONDEPHAAT
Data 1987
Geografia
Cidade São Paulo, SP
 Brasil

A Casa de Vidro foi projetada pela arquiteta italiana Lina Bo Bardi, e construída entre os anos de 1950 e 1951, na região do Morumbi, na cidade de São Paulo. O lugar escolhido para abrigar o monumento foi um loteamento da Fazenda de Chá Muller Carioba[1]. Foi a primeira casa construída no chamado Jardim Morumby.[2]

Inicialmente, a casa foi construída para ser habitada por Lina e seu marido, o também italiano Pietro Maria Bardi. O casal residiu na Casa de Vidro por mais de 40 anos. A arquiteta faleceu em 1992, enquanto seu esposo morreu sete anos depois, em 1999.

A Casa de Vidro é um patrimônio tombado pelo Condephaat, desde 1987. Há 21 anos, o local é também a sede do Instituto Lina Bo e P.M Bardi, abrigando parte das obras e coleções do casal.[3].

História

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A Casa de Vidro, inicialmente, foi construída com intuito residencial. Lina e Pietro vieram ao Brasil após a Segunda Guerra Mundial, chegando ao país em 1946. A arquiteta teve como primeiro trabalho em terras brasileiras justamente o monumento histórico, em obra concluída em 1951. O endereço do local é a Rua General Almério de Moura, 200, no Morumbi.[1]

O nome Casa de Vidro foi dado por conta da grande fachada de vidro, facilmente observada por quem passa pelo local. Além da arquitetura imponente, o monumento abriga também um grande jardim, com cerca de 7.000m²[1]. Os elementos naturais sempre foram muito valorizados pelo casal. Inclusive, boa parte da vegetação foi plantada pela própria Lina Bo Bardi. Com o tempo, foi formada uma trilha no jardim da residência.

 
Escada que dá acesso ao monumento

Além do aspecto arquitetônico, a Casa de Vidro tornou-se também um ponto de encontro entre intelectuais, além do casal que a habitava. As discussões não eram apenas sobre arquitetura, mas ainda sobre temas relevantes da sociedade brasileira, como a cultura e as ideologias[1]. Um dos nomes que se reuniam na residência de Lina e Pietro era o cineasta Glauber Rocha.

Nos dias atuais, o local abriga a sede do Instituto Lina Bo e P.M Bardi, na busca por manter vivo o legado do casal, mesmo após 24 anos da morte da arquiteta e 17 do falecimento de Pietro.

Características Arquitetônicas

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A intenção inicial de Lina Bo Bardi foi respeitar as características naturais do terreno onde projetou a Casa. Assim, a parte de trás da construção ficou apoiada em muros de concreto. A localidade em que o monumento foi erguido é marcado por uma extensa área de Mata Atlântica[3].

Uma das influências da italiana no momento de projetar o local foi o arquiteto franco-suíço Le Corbusier. Misturas entre transparência e opacidade, por exemplo, são marcas que ligam a Casa de Vidro aos ideias de um dos principais nomes da arquitetura.[3]

Outra característica da Casa de Vidro é a ligação com a natureza. O vasto jardim, além do fato de a construção transparente permitir a observação do mundo externo. Lina e Pietro Bardi gostavam de ver o nascer e o pôr do sol, além de chuvas, a lua, e outros elementos naturais.[4]

Estado Atual

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A Casa de Vidro foi tombada em 1987, pelo Condephaat. O motivo de transformar o local em monumento histórico foi a singularidade do projeto, tanto no aspecto arquitetônico, como também paisagístico. Além disso, a existência de um vasto acervo de obras também contribuiu para a decisão de proteger a Casa[5].

Segundo a ficha de identificação, o uso atual da Casa de Vidro se dá para educação e pesquisa. O Instituto Lina Bo e P.M Bardi busca manter o acervo e a cultura promovidos pelo casal, no local, quando ainda eram vivos.[5]

 
Natureza e arquitetura se misturam na Casa de Vidro

O processo de tombamento do local tem 98 páginas digitalizadas e conta com diversos documentos. Na parte em que cita os motivos para transformar a Casa em um monumento tombado, são listados o fato de ter sido a primeira construção do Jardim Morumby, em uma área que abrigava uma grande variedade de fauna e flora[2].

Além disso, também é citado a beleza do local e a simbologia, por ser um exemplo de lembrança das características antigas da cidade de São Paulo, com muitas áreas verdes e variedade de fauna[2].

Galeria

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Ligações externas

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Ver Também

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Referências