Estação Ferroviária de São Mamede de Infesta

estação ferroviária em Portugal

A Estação Ferroviária de São Mamede de Infesta é uma interface ferroviária da Linha de Leixões, que serve a localidade de São Mamede de Infesta, no Município de Matosinhos, em Portugal. Efetua serviços de passageiros desde 9 de fevereiro de 2025[2].

São Mamede de Infesta
Identificação: 21048 SMI (S.Ma.Infesta)[1]
Denominação: Estação Satélite de São Mamede de Infesta
Classificação: ES (estação satélite)[1]
Linha(s): Linha de Leixões (PK 10,034)
Altitude: 90 m (a.n.m)
Coordenadas: 41°11′25.27″N × 8°36′47.87″W

(=+41.19035;−8.6133)

Mapa

(mais mapas: 41° 11′ 25,27″ N, 8° 36′ 47,87″ O; IGeoE)
Município: MatosinhosMatosinhos
Serviços:
Estação anterior Comboios de Portugal Comboios de Portugal Estação seguinte
Hosp. São Joãol
P-Campanhã
  LX   Arroteia
Leça do Balio

Coroa:  ZONA MAI1 
Conexões:
Ligação a autocarros
Ligação a autocarros
505 600
Equipamentos: Acesso para pessoas de mobilidade reduzida
Inauguração: 18 de setembro de 1938 (há 86 anos)
Website:
 Nota: Para outras interfaces ferroviárias com nomes semelhantes ou relacionados, veja Apeadeiro de São Mamede ou Apeadeiro de São Mamede do Tua.

Descrição

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Este interface tem acesso pela Rua da Estação, na localidade de São Mamede de Infesta;[3] o edifício de passageiros situa-se do lado norte da via (lado direito do sentido ascendente, a Leixões).[4] Está decorado com painéis de azulejos polícromos de temática campestre, produzidas pelas oficinas de Leopoldo Battistini, director artístico da Fábrica Constância, em Lisboa.[5] Em dados de 2010, apresentava duas vias de circulação, ambas com 513 m de comprimento; as duas gares tinham 68 e 70 m de extensão, e 70 m de altura.[6]

 
Obras de construção da Estação de São Mamede de Infesta.

História

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Planeamento e construção

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Um concurso público de 27 de janeiro de 1931 entregou uma empreitada, referente ao conjunto dos trabalhos complementares da Linha de Leixões, ao empresário Waldemar Jara d’Orey.[7] Estas obras incluíam a instalação da via férrea entre Contumil e Leixões, e a construção de todas as estações e apeadeiros, incluindo São Mamede.[7] Esta estação deveria ser servida por comunicações telefónicas, ter um edifício de passageiros, um cais coberto e outro descoberto, uma calçada à portuguesa, e uma estrada de acesso, prevendo-se, inicialmente, que a variante de São Mamede da Estrada Nacional n.º 3 fosse rebaixada para atravessar as vias.[7]

Em 1934, durante a construção da Linha de Leixões, verificaram-se alguns problemas no planeamento desta estação, relativas ao cruzamento com a estrada; com efeito, estava a ser pensada uma solução alternativa, através da construção de uma passagem superior.[8] Nesse ano, estavam quase concluídos os trabalhos no edifício da estação, e nos cais coberto e descoberto, mas ainda não tinham sido iniciadas as obras na passagem superior.[7]

 
A Estação Ferroviária de São Mamede de Infesta em 2020.

Entrada ao serviço

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O troço entre Contumil e Leixões foi aberto à exploração em 18 de setembro de 1938.[9]

CP Urbanos do Porto
(Serv. ferr. suburb. de passageiros no Grande Porto)
Serviços:   Aveiro  Braga
  Marco  Guimarães  Leixões
(b) Ferreiros   Braga (b)
(b) Mazagão 
       
 Guimarães (g)
(b) Aveleda 
       
 Covas (g)
(b) Tadim 
       
 Nespereira (g)
(b) Ruilhe 
       
 Vizela (g)
(b) Arentim 
       
 Pereirinhas (g)
(b) Cou.Cambeses 
       
 Cuca (g)
(m)(b) Nine 
       
 Lordelo (g)
(m) Louro 
       
 Giesteira (g)
(m) Mouquim 
       
 Vila das Aves (g)
(m) Famalicão 
       
 Caniços (g)
(m) Barrimau 
         
 Santo Tirso (g)
(m) Esmeriz 
 
 
   
 
 
 
     
 Cabeda (d)
(m)(g) Lousado 
               
 Suzão (d)
(m) Trofa 
               
 Valongo (d)
(m) Portela 
               
 S. Mart. Campo (d)
(m) São Romão 
               
 Terronhas (d)
(m) São Frutuoso 
               
 Trancoso (d)
(m) Leandro 
               
 Rec.-Sobreira (d)
(m) Travagem 
               
 Parada (d)
(m)(d) Ermesinde 
               
 Cête (d)
(m) Palmilheira 
 
 
 
 
       
 Irivo (d)
(m) Águas Santas 
 
 
 
 
         
 Oleiros (d)
(m) Rio Tinto 
               
 Paredes (d)
(ẍ) São Gemil 
 
 
 
 
 
     
 Penafiel (d)
(ẍ) Hosp. S. João   Contumil (m)(ẍ)
(ẍ) S. Ma. Infesta 
     
 
 
 
   
 P.-Campanhã (m)(n)
(ẍ) Arroteia 
       
 
 
 
 
 Bustelo (d)
(m) P.-São Bento   General Torres (n)
(ẍ) Leça do Balio 
       
 
 
 Meinedo (d)
(n) Gaia 
       
 
 
 Caíde (d)
(n) Coimbrões 
     
 
   
 Oliveira (d)
(n) Madalena 
 
 
       
 Vila Meã (d)
(n) Valadares 
           
 Recesinhos (d)
(n) Francelos 
           
 Livração (d)
(n) Miramar 
           
 M.Canaveses (d)
(n) Aguda 
       
 
(n) Granja 
       
 Aveiro (n)
(n) Espinho 
       
 Cacia (n)
(n) Silvalde 
       
 Canelas (n)
(n) Paramos 
       
 Salreu (n)
(n) Esmoriz 
       
 Estarreja (n)
(n) Cortegaça 
       
 Avanca (n)
(n) Carv.-Maceda 
       
 Válega (n)
   Ovar (n)

Serviço de passageiros em 2009-2011

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Todos os serviços ferroviários de passageiros na Linha de Leixões, que se tinham iniciado em 2009, foram suspensos em 1 de fevereiro de 2011 pela empresa Comboios de Portugal, que justificou esta medida alegando reduzida procura.[10]

Serviço de passageiros em 2025

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O serviço ferroviários de passageiros na Linha de Leixões foi reposto de Campanhã até Leça do Balio a 9 de fevereiro de 2025, resultando na reabertura deste interface[2].

Ver também

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Referências

  1. a b (I.E.T. 50/56) 56.º Aditamento à Instrução de Exploração Técnica N.º 50 : Rede Ferroviária Nacional. IMTT, 2011.10.20
  2. a b «CP reabre Linha de Leixões com novas paragens». RTP. 9 de fevereiro de 2025. Consultado em 9 de fevereiro de 2025 
  3. «São Mamede de Infesta - Linha de Leixões». Infraestruturas de Portugal. Consultado em 30 de Abril de 2016 
  4. (anónimo): Mapa 20 : Diagrama das Linhas Férreas Portuguesas com as estações (Edição de 1985), CP: Departamento de Transportes: Serviço de Estudos: Sala de Desenho / Fergráfica — Artes Gráficas L.da: Lisboa, 1985
  5. MARTINS, João; BRION, Madalena; SOUSA, Miguel; et al. (1996). O Caminho de Ferro Revisitado: O Caminho de Ferro em Portugal de 1856 a 1996. Lisboa: Caminhos de Ferro Portugueses. p. 41-43. 446 páginas 
  6. «Linhas de Circulação e Plataformas de Embarque». Directório da Rede 2011. Rede Ferroviária Nacional. 25 de Março de 2010. p. 67-89 
  7. a b c d «Construções Ferroviárias: A Linha de Cintura do Porto» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 46 (1112). 16 de Abril de 1934. p. 215-217. Consultado em 29 de Agosto de 2013 
  8. SOUSA, José Fernando de (1 de Janeiro de 1934). «Os Caminhos de Ferro em 1933» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 47 (1105). p. 5-8. Consultado em 29 de Agosto de 2013 
  9. «Troços de linhas férreas portuguesas abertas à exploração desde 1856, e a sua extensão» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 69 (1652). 16 de Outubro de 1956. p. 528-530. Consultado em 29 de Agosto de 2013 
  10. SIMÕES, Pedro Olavo (1 de Fevereiro de 2011). «Deixa de apitar o comboio fantasma». Jornal de Notícias. Consultado em 29 de Agosto de 2013 
 
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Ligações Externas

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